Fonte
www.abola.pt
Se o novo cartão de sócio for bem sucedido, o Benfica pode encaixar, por ano, 50 milhões de euros! O empréstimo obrigacionista é outro dos vértices do ambicioso projecto de Luís Filipe Vieira. A imagem será explorada à escala mundial. Se a resposta dos benfiquistas de todo o Mundo for positiva, o presidente garante um clube «demolidor». O sucesso do empréstimo e do novo cartão, a lançar em Maio, determinará o futuro do clube.
Quando disse que os próximos três meses serão decisivos para o Benfica, Luís Filipe Vieira não estava a fazer bluff. No périplo que o levou aos Estados Unidos, o presidente explicou o projecto encarnado e o que está em jogo é impressionante: a diferença entre uma gestão difícil e condicionada pela míngua de recursos ou o desafogo financeiro. Nestes três meses, duas operações são cruciais. A primeira é a subscrição do empréstimo obrigacionista de 15 milhões de euros, que permitirá reescalonar o passivo e libertar recursos para compromissos imediatos. A subscrição termina dia 26 do corrente mês.
Cartão revoluciona
O projecto mais ambicioso é o do novo cartão de sócio. O ponto de partida é simples: porque é que o clube só tem 80 mil sócios pagantes? O que ganham eles em ser sócios? O que fazer para atrair novos sócios? A resposta passa pela apresentação, em Maio, de um novo cartão. Estão em fase final as negociações com grandes empresas para que estas concedam descontos aos sócios do Benfica. A PT, a Vodafone, a Galp, a Sonae, a Toys r’ Us, entre outras, vão conceder descontos que, nas contas encarnadas, permitem a quem se tornar sócio recuperar no mínimo o investimento das quotas pagas, actualmente em cerca de 160 euros. Ou seja, ser sócio, nesta óptica, não custa nada e pode até ser rentável. Todos ganham. Outras benesses serão anunciadas, como receber grátis o jornal do clube. O novo cartão de sócio será lançado também em países de forte emigração portuguesa, com protocolos a assinar com grandes empresas locais. O valor anual das quotas anuais serão pagas no acto de subscrição do cartão, com possibilidade do banco facilitar, a taxas mínimas, o seu pagamento. A rondar os tais 160 euros. Luís Filipe Vieira, é sabido, aponta a meta ideal nos 500 mil sócios, menos de 10 por cento dos benfiquistas espalhados pelo Mundo. Mas os estudos feitos apontam para que cerca de 300 mil já seja uma fasquia de sucesso financeiro. As contas são fáceis de fazer: multiplicar cerca de 160 euros ou até relativamente menos, se verá na altura, por 300 mil sócios significa um encaixe entre os 45 e os 50 milhões de euros ano. Mas se forem apenas 200 mil, em todo o Mundo, a fasquia fixa-se perto dos 30 milhões. O que revolucionaria a vida do Benfica.
Apostar na marca
Outro anúncio do presidente: em parceria com a TBZ, o Benfica abrirá lojas nos Estados Unidos. O mesmo está pensado para outros países de forte implantação de portugueses. Aproxima-se a instituição dos benfiquistas espalhados pelo Mundo e promove-se a marca, numa operação de marketing que também trará grandes proveitos para o clube. No fundo, são milhões e o desafogo financeiro que estão em causa. O Benfica apresenta o projecto, os benfiquistas decidirão.