Velhas glórias iniciaram a tarde na Luz…
A tarde prometia ser de festa e para animar os muitos adeptos que se deslocaram ao Estádio da Luz, as velhas glórias começaram por mostrar um pouco do futebol que em tempos praticaram neste mesmo estádio e com o mesmo ambiente. Sem dúvida que é sempre bom recordar. A partida teve apenas um golo – marcado por Chalana – mas muitos outros nomes sonantes marcaram presença na despedida à Luz. Bento, Veloso, Pietra, Bastos Lopes, Dimas, Néné, Shéu, José Henriques, Jaime Graça e José Augusto, foram apenas alguns dos presentes.
Imprensa em peso na Luz
Foram muitos os jornalistas que acompanharam de perto o encontro entre o Benfica e o Santa Clara. Dos jornais às televisões, passando pelas rádios, foram muitos os profissionais da Comunicação Social a marcarem presença no “Adeus” à Luz. A Tribuna de Imprensa estava repleta de jornalistas. Sem dúvida uma grande despedida...
Benfica, na terra e no céu…
Ainda o jogo vinha longe, quando na Luz caíam pára-quedistas, que do céu traziam bandeiras do Benfica e de Portugal. Foram cinco os homens que aterraram no relvado da Luz para assistirem também ao último jogo no Estádio da Luz.
Adeptos homenagearam a «velha Catedral»
De pé! Foi desta forma que os 60 mil adeptos presentes no “Inferno da Luz” prestaram uma última homenagem ao velho amigo Estádio da Luz. Depois de, quase 50 anos de vida, aquele que é apelidado ainda hoje de «Catedral» despede-se da família benfiquista. Sem dúvida que a moldura humana verificada esta tarde também ficará na história do Sport Lisboa e Benfica. Obrigado Estádio da Luz…
«Cai um templo, mas a fé continua… A nossa Luz será eterna.»
Como já foi referido anteriormente, o Estádio da Luz ficará para sempre na memória dos benfiquistas. Muitas foram as glórias vividas naquele que até hoje era o maior estádio português {mostrarimagem("ultimoeusebio.jpg","right","")} um dos mais referenciados em todo o Mundo. Os Diabos Vermelhos fizeram também questão de se despedir da velha Catedral com uma mensagem: «Cai um templo, mas a fé continua… A nossa Luz será eterna».
Chalana e Eusébio homenageados pela Direcção do Santa Clara…
Ainda antes do início da partida entre o Benfica e o Santa Clara, a Direcção do Santa Clara homenageou duas velhas glórias. Chalana e Eusébio receberam pela mão de responsáveis da equipa açoriana duas salvas de prata. Um gesto bonito…
Simão fez ressuscitar o vulcão da Luz…
Após o intervalo a equipa do Benfica regressou já com Sokota e Armando que entraram para os lugares de Zahovic e Ricardo Rocha, respectivamente. Com a entrada do croata, aumentaram as situações de ataque benfiquistas e o clube da Luz acabaria por chegar ao golo, por intermédio de Simão Sabrosa, após a marcação de uma grande penalidade. O vulcão da Luz ressuscitou e a onda rolou nas bancadas. Palavras para descrever… não há!
Da Luz para todo o lado...
No final da partida, entrou em campo uma «brigada anti-relva» que se encarregou de retirar o tapete verde do Estádio da Luz, para ser comercializada com a edição de Domingo, de «Record». Mas os adeptos que acabaram por entrar no relvado também não perderam a oportunidade e colocaram mãos à relva para levar uma recordação do emblemático Estádio da Luz. O Destino da relva era então, as bancas de jornais, quintas, jardins, vasos, etc...
Moreira: «Orgulho em estar presente e não sofrer golos»
No final da partida, o guarda-redes do Benfica, Moreira deslocou-se à sala de imprensa do Estádio da Luz, onde contou aos jornalistas presentes, o que sentiu na primeira vez em que entrou na Luz e claro está, fez o rescaldo da partida que ditou o adeus à velha «Catedral». Moreira começou por reconhecer que «foi uma tarde com trabalho mas toda a equipa trabalhou para conseguir a vitória {mostrarimagem("ultimorelva2.jpg","left","")}e dar alegria as muitos benfiquistas que se deslocaram ao estádio e aos que estavam em casa a ver o jogo. É um motivo de orgulho estar presente, ainda para mais por termos marcado e não ter sofrido golos. Vamos com calma e sem olhar para trás e vencer os oito jogos que faltam.A primeira vez que estive na Luz foi para ver o jogo de apresentação Benfica-Bayern de Munique. O estádio estava cheio e foi uma sensação incrível mas é diferente da sensação que se tem quando se está em campo», disse.
Simão: «Quero agradecer a todos os que vieram ao estádio»
O autor do único golo da partida, também esteve presente na sala de imprensa do Estádio da Luz, para abordar a partida em que assegurou o seu nome na história do Benfica. Simão Sabrosa era um homem feliz e satisfeito pelo ambiente que presenciou no Estádio da Luz, naquele que foi a sua última noite, após quase 50 anos de vida. Simão respondeu às questões dos jornalistas portuguêses, espanhois e em jeito de brincadeira, até falou japonês. «Aqueles momentos são difíceis e hoje em dia não é fácil marcar um penalti. Mas, tenho tido a sorte. Estava confiante e foi com essa confiança com que parti para a bola. Fico feliz por estar na história do Benfica mas gostaria de ficar na história de outra maneira. Quero agradecer a todos os que vieram ao estádio e nos apoiaram nesta vitória. Sabíamos que o Sporting tinha perdido e seria importante ganhar para continuar a lutar pelo nosso objectivo que depende somente de nós. Agora fica mais fácil mas não vamos ficar tranquilos e vamos querer vencer os jogos que faltam pois só assim conseguiremos os nossos objectivos», disse o extremo benfiquista.
Camacho: «Uma vitória do Estádio»
O treinador do Benfica reconheceu que a exibição da equipa esteve aquém daquilo que o público pedia e merecia. Sem tecer grandes comentários sobre as incidências do jogo, José Antonio Camacho enalteceu os adeptos, salientando que os jogadores acabaram por {mostrarimagem("ultimoplantel.jpg","right","")}ser envolvidos pelo ambiente de grande festa, impulso suficiente para os levar à vitória. Sofrida, é certo, ficando, porém, para a história o resultado no dia em que a velha Luz disse adeus ao futebol.
Na véspera do jogo com o Santa Clara, José Antonio Camacho lançara um pedido aos jogadores: «Honrem a história do Benfica.» Era obrigatório vencer na despedida. Por isso, bancadas repletas, a Luz a arder, a pedir uma exibição à moda antiga, daquelas que fizeram do estádio a catedral. Mas assim não aconteceu. «Não jogámos muito bem», observou José Antonio Camacho, reconhecendo que a equipa esteve longe daquilo que pode e sabe fazer, destacando, então, a importância das bancadas apinhadas no desfecho final. «O público foi espectacular, apoiou-nos muito. O estádio disse que não podíamos perder o último jogo. Foi, também, uma vitória do estádio», afirmou José Antonio Camacho, numa muito curta abordagem à partida frente aos açorianos — o treinador do Benfica tinha pressa em falar e fê-lo num ápice, pois outros compromissos relacionados com as festividades não podiam esperar.
Homem do futebol, Camacho recordará para sempre o dia de ontem. Fez-se história e ele ficará para sempre ligado à do Benfica. «Foi uma emoção tremenda também para aqueles que vivem o futebol. Tratou-se de algo histórico, para recordar para sempre», afirmou Camacho, de expressão algo fechada, contrastando com o ambiente festivo vivido entre os encarnados. «Sou o último treinador do Benfica que está aqui sentado perante vós e isso também é histórico», apontou o técnico, antes de remeter os louros do êxito para os intérpretes. «A festa é dos jogadores», disse, ele que durante toda a partida não se cansou de gesticular com os jogadores — raramente se sentou no banco —, procurando inverter a tendência daquilo que ameaçava estragar a festa ao Benfica. Valeu o penalty de Simão. O Benfica ganhou e a festa continuou noite fora.
Reportagem na Luz de: Rafael Santos
Fotos: Hugo Manita
A tarde prometia ser de festa e para animar os muitos adeptos que se deslocaram ao Estádio da Luz, as velhas glórias começaram por mostrar um pouco do futebol que em tempos praticaram neste mesmo estádio e com o mesmo ambiente. Sem dúvida que é sempre bom recordar. A partida teve apenas um golo – marcado por Chalana – mas muitos outros nomes sonantes marcaram presença na despedida à Luz. Bento, Veloso, Pietra, Bastos Lopes, Dimas, Néné, Shéu, José Henriques, Jaime Graça e José Augusto, foram apenas alguns dos presentes.
Imprensa em peso na Luz
Foram muitos os jornalistas que acompanharam de perto o encontro entre o Benfica e o Santa Clara. Dos jornais às televisões, passando pelas rádios, foram muitos os profissionais da Comunicação Social a marcarem presença no “Adeus” à Luz. A Tribuna de Imprensa estava repleta de jornalistas. Sem dúvida uma grande despedida...
Benfica, na terra e no céu…
Ainda o jogo vinha longe, quando na Luz caíam pára-quedistas, que do céu traziam bandeiras do Benfica e de Portugal. Foram cinco os homens que aterraram no relvado da Luz para assistirem também ao último jogo no Estádio da Luz.
Adeptos homenagearam a «velha Catedral»
De pé! Foi desta forma que os 60 mil adeptos presentes no “Inferno da Luz” prestaram uma última homenagem ao velho amigo Estádio da Luz. Depois de, quase 50 anos de vida, aquele que é apelidado ainda hoje de «Catedral» despede-se da família benfiquista. Sem dúvida que a moldura humana verificada esta tarde também ficará na história do Sport Lisboa e Benfica. Obrigado Estádio da Luz…
«Cai um templo, mas a fé continua… A nossa Luz será eterna.»
Como já foi referido anteriormente, o Estádio da Luz ficará para sempre na memória dos benfiquistas. Muitas foram as glórias vividas naquele que até hoje era o maior estádio português {mostrarimagem("ultimoeusebio.jpg","right","")} um dos mais referenciados em todo o Mundo. Os Diabos Vermelhos fizeram também questão de se despedir da velha Catedral com uma mensagem: «Cai um templo, mas a fé continua… A nossa Luz será eterna».
Chalana e Eusébio homenageados pela Direcção do Santa Clara…
Ainda antes do início da partida entre o Benfica e o Santa Clara, a Direcção do Santa Clara homenageou duas velhas glórias. Chalana e Eusébio receberam pela mão de responsáveis da equipa açoriana duas salvas de prata. Um gesto bonito…
Simão fez ressuscitar o vulcão da Luz…
Após o intervalo a equipa do Benfica regressou já com Sokota e Armando que entraram para os lugares de Zahovic e Ricardo Rocha, respectivamente. Com a entrada do croata, aumentaram as situações de ataque benfiquistas e o clube da Luz acabaria por chegar ao golo, por intermédio de Simão Sabrosa, após a marcação de uma grande penalidade. O vulcão da Luz ressuscitou e a onda rolou nas bancadas. Palavras para descrever… não há!
Da Luz para todo o lado...
No final da partida, entrou em campo uma «brigada anti-relva» que se encarregou de retirar o tapete verde do Estádio da Luz, para ser comercializada com a edição de Domingo, de «Record». Mas os adeptos que acabaram por entrar no relvado também não perderam a oportunidade e colocaram mãos à relva para levar uma recordação do emblemático Estádio da Luz. O Destino da relva era então, as bancas de jornais, quintas, jardins, vasos, etc...
Moreira: «Orgulho em estar presente e não sofrer golos»
No final da partida, o guarda-redes do Benfica, Moreira deslocou-se à sala de imprensa do Estádio da Luz, onde contou aos jornalistas presentes, o que sentiu na primeira vez em que entrou na Luz e claro está, fez o rescaldo da partida que ditou o adeus à velha «Catedral». Moreira começou por reconhecer que «foi uma tarde com trabalho mas toda a equipa trabalhou para conseguir a vitória {mostrarimagem("ultimorelva2.jpg","left","")}e dar alegria as muitos benfiquistas que se deslocaram ao estádio e aos que estavam em casa a ver o jogo. É um motivo de orgulho estar presente, ainda para mais por termos marcado e não ter sofrido golos. Vamos com calma e sem olhar para trás e vencer os oito jogos que faltam.A primeira vez que estive na Luz foi para ver o jogo de apresentação Benfica-Bayern de Munique. O estádio estava cheio e foi uma sensação incrível mas é diferente da sensação que se tem quando se está em campo», disse.
Simão: «Quero agradecer a todos os que vieram ao estádio»
O autor do único golo da partida, também esteve presente na sala de imprensa do Estádio da Luz, para abordar a partida em que assegurou o seu nome na história do Benfica. Simão Sabrosa era um homem feliz e satisfeito pelo ambiente que presenciou no Estádio da Luz, naquele que foi a sua última noite, após quase 50 anos de vida. Simão respondeu às questões dos jornalistas portuguêses, espanhois e em jeito de brincadeira, até falou japonês. «Aqueles momentos são difíceis e hoje em dia não é fácil marcar um penalti. Mas, tenho tido a sorte. Estava confiante e foi com essa confiança com que parti para a bola. Fico feliz por estar na história do Benfica mas gostaria de ficar na história de outra maneira. Quero agradecer a todos os que vieram ao estádio e nos apoiaram nesta vitória. Sabíamos que o Sporting tinha perdido e seria importante ganhar para continuar a lutar pelo nosso objectivo que depende somente de nós. Agora fica mais fácil mas não vamos ficar tranquilos e vamos querer vencer os jogos que faltam pois só assim conseguiremos os nossos objectivos», disse o extremo benfiquista.
Camacho: «Uma vitória do Estádio»
O treinador do Benfica reconheceu que a exibição da equipa esteve aquém daquilo que o público pedia e merecia. Sem tecer grandes comentários sobre as incidências do jogo, José Antonio Camacho enalteceu os adeptos, salientando que os jogadores acabaram por {mostrarimagem("ultimoplantel.jpg","right","")}ser envolvidos pelo ambiente de grande festa, impulso suficiente para os levar à vitória. Sofrida, é certo, ficando, porém, para a história o resultado no dia em que a velha Luz disse adeus ao futebol.
Na véspera do jogo com o Santa Clara, José Antonio Camacho lançara um pedido aos jogadores: «Honrem a história do Benfica.» Era obrigatório vencer na despedida. Por isso, bancadas repletas, a Luz a arder, a pedir uma exibição à moda antiga, daquelas que fizeram do estádio a catedral. Mas assim não aconteceu. «Não jogámos muito bem», observou José Antonio Camacho, reconhecendo que a equipa esteve longe daquilo que pode e sabe fazer, destacando, então, a importância das bancadas apinhadas no desfecho final. «O público foi espectacular, apoiou-nos muito. O estádio disse que não podíamos perder o último jogo. Foi, também, uma vitória do estádio», afirmou José Antonio Camacho, numa muito curta abordagem à partida frente aos açorianos — o treinador do Benfica tinha pressa em falar e fê-lo num ápice, pois outros compromissos relacionados com as festividades não podiam esperar.
Homem do futebol, Camacho recordará para sempre o dia de ontem. Fez-se história e ele ficará para sempre ligado à do Benfica. «Foi uma emoção tremenda também para aqueles que vivem o futebol. Tratou-se de algo histórico, para recordar para sempre», afirmou Camacho, de expressão algo fechada, contrastando com o ambiente festivo vivido entre os encarnados. «Sou o último treinador do Benfica que está aqui sentado perante vós e isso também é histórico», apontou o técnico, antes de remeter os louros do êxito para os intérpretes. «A festa é dos jogadores», disse, ele que durante toda a partida não se cansou de gesticular com os jogadores — raramente se sentou no banco —, procurando inverter a tendência daquilo que ameaçava estragar a festa ao Benfica. Valeu o penalty de Simão. O Benfica ganhou e a festa continuou noite fora.
Reportagem na Luz de: Rafael Santos
Fotos: Hugo Manita