12 testemunhas

Fonte
www.record.pt
PRESIDENTE ENCARNADO REFORÇA A EXISTÊNCIA DE UM ACORDO VERBAL COM A CÂMARA Manuel Vilarinho: «João Soares fez promessa na presença de 12 pessoas» O presidente da Somague, Diogo Vaz Guedes, confirma que ficou definida a participação da edilidade lisboeta como parceiro estratégico na construção do novo estádio da Luz, bem como o aumento da volumetria de construção MANUEL Vilarinho reforçou ontem a existência de um acordo verbal entre o Benfica e o anterior presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Soares, tendo em vista a cedência de terrenos para a construção de uma bomba de gasolina, a participação da edilidade lisboeta como parceiro estratégico, condição que implicaria um investimento de 12,5 milhões de euros, e o aumento da volumetria de construção. O presidente dos encarnados diz que estas condições ficaram acertadas logo no primeiro encontro entre as partes. “João Soares fez a promessa na presença de 12 pessoas logo na primeira reunião que houve”, afirmou o líder dos encarnados, sustentando: “Nesse encontro, além de quatro pessoas do Benfica [Manuel Vilarinho, Luís Filipe Vieira, Mário Dias e Tinoco de Faria] estiveram presentes três elementos da Câmara, três da Somague e dois da Euroárea.” Segundo o presidente do clube da Luz, mais tarde, após a reunião, o assunto foi exposto à Comissão Parlamentar de Acompanhamento do Euro-2004, onde terá ficado clara a posição dos encarnados. “Quando fui à Comissão Parlamentar disse que tinha aquelas garantias do presidente da Câmara e que sem aqueles pressupostos não poderíamos avançar com o novo estádio.” Diogo Vaz Guedes, presidente da Somague e um dos tais 12 elementos que esteve presente na reunião com a edilidade lisboeta, confirma as declarações de Vilarinho. “Confirmo tudo o que o presidente do Benfica disse em relação ao acordo verbal. E chamo a atenção para um facto que considero relevante: se não existisse a base de um acordo com a Câmara para uma parceria estratégica, no caso de 2,5 milhões contos, alguma vez o Benfica poderia apresentar o projecto em AG e nós avançaríamos com a demolição?” Concretamente em relação à questão da volumetria, Vaz Guedes esclareceu: “João Soares deu-nos a garantia que poderíamos ir até aos 100 mil metros quadrados e que seria intenção da Câmara ressarcir os restantes 60 mil através da doação de terrenos noutro ponto da cidade.” Autor: ANTÓNIO JOSÉ OLIVEIRA Data: Quarta-Feira, 30 de Janeiro de 2002 01:45:00