Analise ao jogo

Submetida por Guerreiro em
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APRECIAÇÃO À EQUIPA Benfica frente ao Gil Vicente: A vitória mais fácil da época SIMÃO - O espectáculo do costume É ele, quase invariavelmente, o melhor benfiquista em campo. Ontem, nem as novas funções que lhe foram confiadas o impediram de dar o espectáculo do costume. Actuou no centro do ataque, mas a sua mobilidade permitiu-lhe, sempre que se justificava, procurar outros espaços e criar desequilíbrios. Deixou a defesa gilista de cabeça em água e, mais uma vez, foi determinante nas jogadas de golo. No primeiro, centrou milimetricamente para a cabeça de Argel. No segundo, após excelente lance individual, ofereceu a bola a Drulovic, que se limitou a empurrá-la para o fundo da baliza. De assinalar ainda um cabeceamento (!) por cima da barra, um remate para defesa difícil de Paulo Jorge e um passe genial para Zahovic. Sem problemas. Uma primeira meia hora de muito bom nível permitiu aos encarnados adiantarem-se muito cedo no marcador e gerirem tranquilamente a vantagem até ao final da partida. Os encarnados já venceram, esta época, por números mais dilatados, é certo, mas, desta feita, depararam-se com um adversário que em momento algum do jogo colocou em causa a sua supremacia. Sem avançado de raiz, Jesualdo Ferreira apostou num futebol apoiado que, pelo menos ontem, deu frutos. MOREIRA – Uma defesa corajosa, aos pés de Sérgio Gameiro, demonstrou que o novo titular da baliza do Benfica merece a confiança que a equipa técnica nele depositou. O jovem guarda-redes não teve muitas oportunidades de se mostrar, pois não foi submetido a grande trabalho. De qualquer forma, aparentou sempre segurança e tranquilidade, nomeadamente ao segurar uma bola rematada, de cabeça, por Paulo Alves, logo no início da partida. ARMANDO – Revelou menor audácia em termos ofensivos, mas muito maior rigor defensivo, em comparação com os primeiros jogos efectuados pelo Benfica. ARGEL – Um regresso em grande. Marcou o primeiro golo, pleno de oportunidade, e esteve quase irrepreensível nas dobras aos companheiros. Uma falha de marcação, que permitiu um cabeceamento perigoso de Paulo Alves, constituiu, talvez, o único erro que se lhe pode apontar. JOÃO MANUEL PINTO – Bem no jogo aéreo, o central benfiquista raramente comprometeu, embora tivesse sentido dificuldades em alguns momentos da segunda parte, em períodos de maior assédio do Gil Vicente. CANEIRA – O facto de ter forçado a substituição prematura de Ricardo Fernandes é o maior elogio que se lhe pode fazer. Depois disso, não sentiu grandes dificuldades para deter Douala, nem os adversários que lhe surgiram pela frente. FERNANDO AGUIAR – Destruiu o jogo do adversário, poupando muito trabalho aos centrais benfiquistas. TIAGO – De extrema utilidade. Ajudou na recuperação da bola e no lançamento das jogadas de ataque. O reforço benfiquista demonstra boa cultura táctica e muita certeza no passe. MIGUEL – Assinou duas jogadas individuais de fino recorte técnico, que quase deram golo. O extremo dos encarnados, que actuou recentemente pela equipa B, justificou a oportunidade concedida, contribuindo para o futebol apoiado que a equipa patenteou, nomeadamente na primeira parte. ZAHOVIC – Nota-se-lhe uma maior apetência para o trabalho em prol do colectivo, o que, por vezes, o impede de ter um maior protagonismo. De qualquer forma, ficou na retina um passe para Drulovic, que o jugoslavo não deu a melhor sequência. DRULOVIC – Uma primeira meia hora de grande fulgor. Marcou um golo, foi dos elementos mais em destaque no futebol envolvente então praticado, e ajudou Armando na cobertura do flanco direito. Na segunda parte, contudo, baixou claramente de produção. CARLITOS – Não teve tempo de se mostrar. ANDERSSON – Substituiu Drulovic no final da partida. ANDRADE – Rendeu Tiago, quando o árbitro se preparava para dar o encontro por terminado. Autor: LUÍS PEDRO SOUSA Data: Domingo, 10 de Marco de 2002 02:47:00