Apreciação

Submetida por Guerreiro em
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APRECIAÇÃO À EQUIPA Benfica frente ao V. Guimarães: Classe encontrada na hora certa A categoria de Simão, Miguel, Zahovic e Drulovic disfarçaram os erros cometidos no início do segundo tempo. Em vantagem no marcador e actuar frente a um adversário reduzido a dez elementos, os encarnados tiveram um período de inexplicável apatia e desconcentração colectiva e o V. Guimarães chegou com toda a justiça ao empate. As principais individualidades do ataque benfiquista puxaram, então, dos galões, construíndo um dos triunfos mais folgados da temporada MOREIRA – Sofreu o primeiro golo pela equipa principal num lance em que não teve responsabilidades. Acusou o infortúnio e, pouco depois, saiu a um cruzamento de forma desastrosa. Recuperou, todavia, a concentração, readquiriu a confiança perdida, pelo que, já perto do final, pôde opor-se de forma irrepreensível a um cabeceamento perigosíssimo de Cléber. ARMANDO – Realizou uma primeira parte aceitável, mas, inexplicavelmente, desceu muito de produção no segundo tempo, revelando-se demasiado permissivo na cobertura ao flanco direito. ARGEL – Sentiu naturais dificuldades na marcação a Romeu, especialmente em lances de bola pelo ar. Mais alto, o vimaranense galhou-lhe uma série de lances, que, todavia, não causaram perigo. Após a expulsão do adversário directo, o brasileiro continuou também com muito trabalho, que realizou quase sempre bem. JOÃO MANUEL PINTO – Foi um dos jogadores mais em foco nos dois períodos em que o V. Guimarães tentou chegar ao empate. Esteve, no entanto, demasiado infeliz nos passes em profundidade. Quase tudo lhe saiu mal neste capítulo. CANEIRA – Para infelicidade do lateral-esquerdo, o único erro grave cometido (falta sobre Romeu, depois de ter sido ultrapassado pelo vimaranense) esteve na base dos incidentes que obrigaram à interrupção da partida por duas vezes. De qualquer forma, revelou-se o mesmo lutador de sempre, mais preocupado com o rigor defensivo do que em aventuras no ataque. Esta forma de estar valeu-lhe uma reprimenda de Zahovic em pleno relvado, que o jovem internacional sub-21 não merecia ouvir. FERNANDO AGUIAR – Errou passes e exagerou nas faltas desnecessárias. O golo do V. Guimarães antecipou-lhe a substituição. TIAGO – Embora sem a combatividade que é exigível na hora de defender, demonstra grande discernimento na organização do jogo a partir do miolo. Toma decisões acertadas e não erra passes. DRULOVIC – Assinou lances de classe, como a assistência para Miguel, da qual resultou o primeiro golo, e um passe perfeito a desmarcar Armando, a que o lateral não deu o melhor seguimento. Teve um remate de meia distância que quase deu golo. ZAHOVIC – Marcou um golo de excelente execução técnica e dos seus pés saíram passes de que resultaram contra-ataques perigosos. Um “3” quase “4”. SIMÃO - É invariavelmente ele que está na base das vitórias do Benfica. Já cansa. Simão teve participação determinante em três golos dos encarnados na noite de ontem. No primeiro, ganhou “na raça” uma bola a meio campo e serviu Drulovic para o passe mortal destinado a Miguel. Foi também o responsável pelo lance que deitou por terra as ambições vimaranenses, ao “conseguir” um “penalty”, que ele próprio converteu. Após muitos passes para golo efectuados e de ter levado o caos à defesa minhota, viu, já ao cair do pano, Miguel dar a melhor sequência a uma jogada por si criada. Simão não está, contudo, isento de culpas no episódio que espoletou os incidentes no Estádio D. Afonso Henriques, pois provocou Romeu sem que nada o justificasse. MIGUEL – Não é só ao Farense que obtém golos... Ontem, apontou dois, ao corresponder da melhor forma a ofertas de Drulovic e Simão. Prémios merecidos, pois esforçou-se por mostrar serviço. CARLITOS – Deu velocidade à equipa, que se revelou de grande importância na última meia hora. EDNILSON – Cumpriu a missão de ajudar o meio-campo a segurar a vantagem. Autor: LUÍS PEDRO SOUSA Data: Domingo, 24 de Marco de 2002 02:38:00