Fonte
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O Benfica fez história no futsal português ao vencer o vice-campeão europeu, Action 21 Charleroi, por 5-4, numa exibição brilhante.
A presença na grande final dos campeões é um feito só ultrapassável pela medalnha de bronze no Mundial da Guatemala.
Agora, todos os sonhos são possíveis, mesmo que o adversário seja o Boomerang Interviu ou o Playas de Castellon.
O Benfica alinhou com: Zé Carlos, Zé Maria, Pedro Costa, André Lima e Arnaldo.
Jogaram ainda: Bruno Tavares, Ricardinho, Miguel Almeida, Lukaian, Chico, Ruizinho e Majó.
O Action 21 Charleroi alinhou com: Luca Gragnez, Leo, Lúcio, Leandro e André.
Jogaram ainda: Dupont, Marcelo, Pedro Medina, Eli, Aranha, Eder e Jerry.
Golos: Lukaian (2), André Lima (2) e Arnaldo; Eli (2), Leo e Eder.
O jogo começou com ambas as equipas a pressionarem fortemente em todo o campo, numa tentativa digna de realce, pois demonstra atitude e vontade de vencer.
O Benfica apareceu então a valorizar muito bem a posse de bola, num 4:0 muito dinâmico e, aos 2 minutos, Pedro Costa fez um maravilhoso passe para Arnaldo que, numa paralela supersónica, inaugurou o marcador para gáudio dos adeptos encarnados.
O Action 21 Charleroi reagia com uma salutar agressividade, pressionando forte na linha 1, e Alípio Matos lançou em campo Lukaian, para meter o adversário em sentido.
O pivot brasileiro não demorou muito a mostrar serviço, pois aos 7 minutos desferiu uma bomba de meia-distância e o GR Luca Gragnez nem teve tempo para esboçar qualquer movimento. 2-0 para o Benfica.
A nossa equipa exibia-se a grande nível, com uma dinâmica de jogo impressionante e o brasileiro Sérgio Benatti viu-se mesmo obrigado a pedir o seu minuto de desconto.
Aos 10 minutos, mais uma excelente movimentação dos encarnados, com Arnaldo a fugir pela ala direita mas a rematar às malhas laterais.
pouco depois, o intratável Lukaian imitou o seu colega.
Os belgas bem tentavam contrariar o ascendente luso, mas não havia forma de chegarem com perigo à baliza de Zé Carlos, dada a forma irrepreensível como os locais defendiam.
Aos 12 minutos, num contra-ataque muito rápido, André Lima demonstrou toda a sua classe, finalizando de forma superior com o seu pior pé.
Na resposta, Leo rematou fortíssimo de meia-distância e reduziu para 3-1.
Aos 15 minutos, Jerry rematou de forma surpreendente e a bola embateu no poste. O Charleroi revelava-se perigoso nos remates de meia-distância.
Até ao intervalo, os comandados de Alípio Matos tentaram quebrar o ímpeto contrário, valorizando bem a posse de bola.
Aos 19 minutos, André Lima apareceu isolado frente ao GR Luca Gragnez, mas hesitou na hora de rematar à baliza.
Na resposta, Lúcio rematou para golo mas Zé Carlos esteve imponente.
O 3-1 ao intervalo marcava a excelência da exibição encarnada.
O início da 2ª parte, trouxe um Action 21 Charleroi a tentar anular a desvantagem de 2 golos, o que acabou por acontecer quando Eli, rodou bem a pivot, ludibriou Pedro Costa e rematou para o fundo da baliza.
Alípio Matos respondeu de imediato com as entradas de Chico, Arnaldo e Lukaian e conseguiu afastar a pressão contrária.
Aos 5 minutos, Lukaian rematou fortíssimo para a defesa de Luca Gragnez, a bola ressaltou para os pés de Eder que contra-atacou de imediato e rematou para o empate, ante a impotência de Zé Carlos.
Aos 6 minutos, depois de Alípio ter gasto o seu minuto, Lukaian simulou na área, apareceu de imediato ao 1º poste e respondeu afirmativamente ao canto apontado por Arnaldo. 4-3 para o Benfica, que voltava à mó de cima, num empolgante jogo de futsal.
O jogo estava aberto, a emoção em crescendo, com os 1.500 espectadores a vibrarem intensamente.
Aos 9 minutos, a agressividade belga trouxe a outra cara da moeda, pois o Charleroi atingiu a 5ª falta.
Aos 10 minutos, André Lima foi para a marca dos 10 metros, mas fê-lo de forma deficiente, permitindo a defesa a Luca Gragnez.
1 minuto depois, André Lima redimiu-se e aumentou para 5-3, numa excelente assistência de Arnaldo.
O Benfica voltava a ficar muito perto da final, o treinador do Charleroi pressentiu isso e pediu de imediato o seu “time-out”.
Aos 14 minutos, o Charleroi esteve muito perto de reduzir, mas Jerry, com tudo para facturar, acertou no abençoado poste direito da baliza de Zé Carlos.
No minuto 16, Arnaldo apareceu no seu melhor, criando grandes desequilíbrios, mas a finalização não rimou com todo o seu esforço.
Na resposta, depois duma falta não assinalada a favor do Benfica, Pedro Costa salvou miraculosamente e, na recarga, Eli acertou na trave.
A 2 minutos do fim, Sérgio Benatti colocou Marcelo como GR avançado, jogando no desespero, mas o Benfica defendia a preciosa vantagem com unhas e dentes.
A 39 segundos do fim, num lance com alguma infelicidade, Eli reduziu para 5-4, mas os encarnados não desanimaram, pois ainda podiam permitir o empate.
No entanto, o Benfica ainda deu mais brilho à sua conquista, vencendo o jogo e não deixando dúvidas a ninguém.
Vitória justíssima do Benfica.