Fonte
www.record.pt
O médicodo Benfica,Bernardo Vasconcelos, defende que não há base científica para um valor superior a 2 nanogramas/mililitro ser “doping”. E garante que “Ronaldo nunca tomou qualquer substância”
BERNARDO Vasconcelos revelou, ontem, que não há nenhum jogador do Benfica inserido no lote dos 27 casos suspeitos de jogadores com valores de nandrolona entre 0,5 e 2 nandrolonas/mililitro. “Já me garantiram que nenhum é do Benfica”, afirmou, peremptoriamente, a Record, o médico do clube da Luz.
O responsável pelo departamento médico dos encarnados não poupou críticas ao Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), cuja decisão de recusar a realização de exames médicos complementares aos quatro jogadores apanhados a época passada com níveis de nandrolona proibidos, entre os quais está o ex-benfiquista Ronaldo, poderá levar à suspensão dos atletas por um período entre os 6 meses e 2 anos.
“Custa-me muito aceitar que o Ronaldo seja penalizado por apresentar 2,8 nanogramas/mililitro quando toda a gente, até elementos do próprio CNAD, tomaram medidas diferentes em outros casos que acusaram valores muito superiores”, referiu, numa alusão a Fernando Couto.
Bernardo Vasconcelos justificou a sua discordância com a atitude do CNAD. “Não está cientificamente provado que esse valor possa ser considerado “doping”. Quer-se fazer passar a mensagem que isto está ligado a suplementos alimentares contaminados usados para dopar os jogadores. Isto não é verdade. O Ronaldo nunca tomou qualquer substância e esta posição não é aceitável”, acusou, recordando “um parecer do director técnico do laboratório, De Boer, que foi ignorado pelo presidente do CNAD”.