O desaparecimento de Eusébio marcará, inevitavelmente, o clássico entre Benfica e FC Porto, do próximo domingo. Um factor que na opinião de Argel, antigo jogador dos dois clubes, "poderá, de alguma forma, motivar os jogadores do Benfica". Em entrevista a Bola Branca, Argel explica que uma vitória dos encarnados será "uma forma de agradecer tudo o que Eusébio fez pelo Benfica". O antigo jogador sente que nesta fase e perante um jogo tão difícil o plantel benfiquista quererá "oferecer a vitória a Eusébio, para que possa descansar em paz".
Argel recorda que em véspera de jogos importantes, "o King chegava e era um factor de alegria, de esperança, de experiência e passava toda a força que tinha". O brasileiro concorda que o desaparecimento de Eusébio deixará um sentimento de vazio na equipa, porque "quando morre um ídolo, a equipa sente a sua falta".
Argel jogou no FC Porto em 1999/2000 e no Benfica entre 2001 e 2005 e foi na Luz que conheceu o pantera negra. Recorda o brasileiro que foi Eusébio que o recebeu: "Foi ele que me apresentou à comunicação social e que me entregou a camisola do clube". "Ele era muito querido pelos jogadores e por todos", completa, revelando um sentimento de enorme tristeza.
Outros factores a condicionar o clássico
A motivação proveniente da vontade de dedicar o triunfo a Eusébio e o factor casa são pontos que, na opinião de Argel, jogam a favor da equipa de Jorge Jesus. No entanto, o brasileiro destaca outras duas situações que vão marcar o jogo de domingo: a ausência de Oscar Cardozo e a presença de Ricardo Quaresma.
O Xerife, como era conhecido, entende que sem o paraguaio o Benfica "perde um jogador de área, um jogador grande, forte, uma preocupação constante e que segura os dois centrais". Já sobre o Mustang, recorda que "é um jogador de qualidade e que encaixa perfeitamente no FC Porto, onde já teve uma passagem muito boa".