BENFICA_CÂMARA

Fonte
www.maisfutebol.iol.pt
Tudo começou com uma inconfidência Benfica-Câmara: memória de uma história mal contada A participação da Câmara de Municipal de Lisboa na sociedade construtora do Estádio da Luz foi revelada a 30 de Outubro do ano passado, por um deputado do PSD, figura muito próxima de Pedro Santana Lopes. O segredo foi descoberto depois de uma audiência parlamentar. Um dia depois, um vereador do município lisboeta desmentiu. A inconfidência de Rui Gomes a Silva, antigo candidato à direcção do Benfica na lista de Luís Tadeu, aconteceu à saída de uma audiência da Comissão Parlamentar de Acompanhamento do Euro-2004. Até aí ninguém ouvira falar no possível envolvimento do município no novo estádio. No final da audiência com Manuel Vilarinho, o deputado considerou «absolutamente fundamentados os financiamentos para a construção», mas constatou que não existia um protocolo assinado com o Estado e que o município passava a ser um dos promotores. A revelação deixou incomodados o presidente do Benfica e João Soares, na altura líder da CML. No dia seguinte, Vasco Franco, vereador, considerou que o presidente da Câmara não tinha «competência para autorizar a atribuição de dois milhões e meio de contos». Nesse mesmo dia, João Soares falava em «manobra político-partidária», mas nada desmentia. Uns dias depois, a 6 de Novembro, Manuel Vilarinho deu extensa entrevista ao jornal do clube. Sobre a CML nem uma palavra. Mas revelou como seria financiado o novo estádio: 2,5 milhões de contos através de um parceiro estratégico; 9,6 milhões provenientes de capitais alheios (bombas e subsídios do Estado), 8 milhões de vendas de terrenos e 8,4 de financiamento bancário. Já em Janeiro, no passado dia 12, a CML declarou em tribunal que não existe qualquer «acordo, protocolo ou documento assinado com o Sport Lisboa e Benfica». A informação foi prestada no âmbito de um processo de julgamento da referida providência cautelar.