Presidente em entrevista ao “Expresso”
“Bom para o Benfica, NOS e Futebol português”
O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, concedeu uma entrevista que marca presença nesta edição do semanário “Expresso”. Na conversa, o líder das “águias” aborda vários temas, nomeadamente a aposta na Formação, a centralização dos direitos televisivos e o acordo celebrado com a NOS.
Uma vez mais o Benfica mostrou estar na vanguarda ao conseguir um acordo para a venda dos direitos televisivos dos seus jogos, com valores impressionantes. O negócio foi transversalmente elogiado, pois comporta números que aproximam o Futebol português de colossos como as ligas inglesa, espanhola ou italiana.
“A grande diferença entre os clubes de Inglaterra, Espanha, França ou Itália e os clubes portugueses tem que ver precisamente com o desvio colossal que existe nas receitas provenientes dos direitos televisivos que são geradas nesses países em comparação com o nosso”, começou por explicar Luís Filipe Vieira.
À primeira vista, o valor de 400 milhões de euros por 10 anos é um bom negócio para o Benfica. O presidente “encarnado” explicou na entrevista ao “Expresso” por que razão o acordo é bom, igualmente, para a NOS e para o Futebol luso. “É bom para o Benfica porque se traduz num incremento significativo de receitas, já a partir do próximo ano. É bom para a NOS porque consegue estabelecer uma parceria de enorme alcance com a maior massa adepta de Portugal. É bom para o Futebol português e para os restantes clubes porque estabelece um novo referencial de valores que será certamente interessante para todos”, esclareceu.
Clubes como “donos da bola”
Na entrevista ao semanário, Luís Filipe Vieira frisou que “os donos da bola serão sempre os clubes e nunca os operadores”, e deixou críticas à postura da Liga Portuguesa de Futebol Profissional no dossier centralização dos direitos televisivos.
“Não foi só o Benfica que passou a encarar a centralização como um processo quase impossível. A própria Liga assumiu recentemente essa impossibilidade em documentos que foram partilhados com todos os clubes”, revelou.
Foco no Caixa Futebol Campus
Entre o mercado de Inverno – abre no mês de janeiro – e reforços sonantes na próxima época por via dos valores a receber da NOS, o líder Benfiquista apontou baterias a outros focos. “Reforços em janeiro não têm nada a ver com este acordo. Parte substancial será para reduzir o passivo. Vamos reforçar a nossa aposta no Caixa Futebol Campus: na Formação”, afirmou de forma esclarecida.
Presidente do Benfica desde 2003, Luís Filipe Vieira sabe, que mais dia, menos dia, terá de deixar a presidência do Clube. A quem o suceder garante deixar um Clube muito melhor do que encontrou.
“Os presidentes que me sucederem vão herdar um Benfica credível, mais português e sem dívida, ou com dívida residual. Gostava de ter encontrado este Benfica quando assumi funções de presidente”, sublinhou.