"Cortez ainda pode dar muitas alegrias ao Benfica"

Fonte
rr

O São Paulo está concentrado na fuga à zona de descida no Brasileirão, mas continua atento à evolução de Bruno Cortez no Benfica.

E o "feedback" quanto à ausência do lateral-esquerdo da lista de inscritos dos encarnados na Liga dos Campeões provoca surpresa no seio do emblema "tricolor". Mesmo sabendo-se que Guilherme Siqueira chegou à Luz para, aparentemente, tomar como seu o posto de lateral-esquerdo na equipa de Jorge Jesus.

"Fico surpreendido [por Bruno Cortez não ter sido inscrito na Liga dos Campeões], até porque ele foi contratado agora. Se o treinador não o inscreveu é porque deve ter outros jogadores para jogar nessa posição. Quando se inscreve jogadores, é habitual colocar dois por cada posição", sustenta Milton Cruz, coordenador técnico do São Paulo, em entrevista a Bola Branca.

Apesar de preterido, Bruno Cortez continua a ser encarado, no Brasil como um jogador que pode dar ainda muito ao Benfica e que se mostra entusiasmado por poder representar os vicecampeões nacionais. Mas o responsável paulista apela à tolerância da crítica quanto à evolução de um jogador que, recorda, realiza a primeira experiência da carreira na Europa, aos 27 anos.

"É uma pessoa muito boa. Alguns jogadores do São Paulo falam muito com ele e ele elogia muito o Benfica, o treinador [Jorge Jesus] e a cidade de Lisboa. Mas é preciso paciência com ele, devido ao período de adaptação. É um excelente profissional e pode ainda dar muitas alegrias ao Benfica", crê Milton Cruz.

Cortez à imagem do perfil de lateral brasileiro
É defesa lateral, mas não capricha particularmente no aspecto da marcação, preferindo participar activamente na manobra ofensiva das equipas que representa.

O coordenador técnico do São Paulo reconhece que o "calcanhar de Aquiles" de Bruno Cortez impede uma afirmação mais sustentada e célere, mas sustenta que o estilo de jogo do canhoto é condizente com o perfil de laterais-esquerdos formados no Brasil.

"A marcação não é o seu forte, mas dá muito apoio ofensivo. Os laterais brasileiros são assim, como é o caso de Daniel Alves ou Marcelo, que são jogadores que são fortes no apoio, mas no poder de marcação, deixam a desejar. O Cortez sabe marcar, mas não é o seu ponto forte. Mas é um jogador que tem muita qualidade técnica", completa.

About player