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o Jogo
"Denúncias sim, mas dentro de casa"
Cunha Vaz, director de comunicação do Benfica, reagiu ontem à entrevista de Fonseca Santos, na qual o ex-administrador da SAD insistiu na existência de ilicitudes. O porta-voz encarnado aceita que Fonseca Santos discorde, mas realçou que qualquer denúncia tem de ser feita a nível interno: "Assiste a Fonseca Santos o direito de discordar e o dever de denunciar as irregularidades com que se depara, e qualquer irregularidade que seja detectada deve ser imediatamente denunciada, mas dentro de casa. Há o sigilo profissional a que todos os administradores de empresas estão sujeitos e o mais importante de todos os deveres, o de proteger o Benfica na praça pública."
Sobre a situação actual do Benfica, Cunha Vaz garantiu que tudo é claro. "Não há ilicitudes de gestão. Como há muitas sociedades no Benfica, por vezes não há uma reunião formal da Benfica.Estádio mas sim de Direcção onde se faz uma reunião geral. Com certeza que há situações a melhorar ", reconheceu. Antevendo o Plenário dos órgãos sociais, Cunha Vaz referiu que todos os desfechos são possíveis: "Fonseca Santos e os outros membros dos órgãos sociais sentar-se-ão à mesa, conversarão e tomarão as decisões que entenderem tomar. Tenho a certeza que seguirá o caminho que qualquer pessoa que tem uma discordância profunda com a equipa de gestão que está a integrar seguiria, que é não integrar mais a equipa."
Quanto ao facto de o ex-administrador alegar haver sportinguistas e portistas nas empresas do Benfica, Cunha Vaz apresentou o seu próprio exemplo e garantiu que isso não afecta o profissionalismo. "Sou sportinguista de simpatia, mas não sou da Direcção nem da administração. Dou um exemplo: quem era o administrador delegado do Manchester United até há pouco tempo? Era um sócio do clube? Não me parece... Não acho que as escolhas da Direcção, sugeridas pelo presidente para profissionalizar o clube, e se forem profissionais competentes, devam ser condicionadas pelo facto de serem do clube A, B, ou C."