eis a verdade!!!!!!

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soccerage.com
25/07/2002. Quando Jardel deixou Portugal, ao final da última temporada, uma dúvida rondava a cabeça de dirigentes e adeptos do Sporting de Lisboa: será que ele volta a Alvalade? O mercado morno de transferências não ameaçou a permanência do goleador máximo da Europa em Lisboa, mas o craque brasileiro voltou vivendo a maior turbulência de sua vida: a separação de sua esposa Karen Ribeiro. A imprensa esportiva, principalmente a portuguesa, vem publicando várias notícias sobre o quão abatido está Jardel e ainda com referência às supostas tentativas dele de se reconciliar com Karen, motivo pelo qual conseguiu uma licença que o afastou por alguns dias da pré-temporada dos "Leões". No entanto, as coisas não parecem ser exatamente como têm sido mostradas. Segundo fontes ligadas ao casal Ribeiro, que preferiram ficar no anonimato, as desavenças não são recentes. Jardel e Karen não vinham gozando da mesma felicidade de conto de fadas dos tempos que o jogador - quando atuava pelo Grêmio - a conheceu em Porto Alegre, e nem dos anos seguintes, quando se casaram e tiveram dois filhos. A relação desgastada atingiu o ápice de sua crise durante as férias deste verão europeu. Em Porto Alegre, Jardel pouco dividia seu tempo com a família, preferindo sempre a noite da capital gaúcha em companhia de amigos e parentes. Cansada das brigas e do comportamento festeiro de Jardel, Karen colocou um ponto final na relação conjugal que já durava sete anos e o jogador do Sporting foi se exilar no sol de sua terra natal, o Ceará. Quando caiu em si e percebeu que realmente perdera a companheira de tantos anos e vários endereços diferentes, Jardel se abalou. Ele não queria nem voltar a Lisboa para se reapresentar ao Sporting. Foi Karen que teve que sair de São Paulo e ir até Fortaleza persuadir o ex-companheiro a subir no avião. Por sinal, de uma coisa Jardel nunca pôde se queixar: Karen sempre teve um comportamento extremamente zeloso e profissional com relação à carreira dele e, consequentemente, à manutenção e crescimento do patrimônio familiar. Sozinho, Jardel desembarcou na capital portuguesa apenas para pedir uma licença a fim de resolver o imbróglio matrimonial: ele dizia querer tentar uma reconciliação com Karen. Mais uma vez, o refúgio do exímio cabeceador foi a capital cearense. É aí que a história começa a tomar rumos paradoxais. Em primeiro lugar, Jardel alegara que queria se reconciliar com Karen, ou, na pior das hipóteses, chegar a um acordo com ela (ele mesmo fala isso numa declaração a seu site oficial na internet). Apesar disto, ele contratou os serviços do advogado Newton Padilha e, como sua esposa continua tendo seus direitos defendidos por uma firma de advocacia paulistana, tudo passa a indicar que a separação ocorra de maneira litigiosa. Neste período de ausência, que inclusive foi estendido em três dias por Jardel ter alegado estar compromissado na reconciliação, o que não era verdade, ele não procurou a esposa e nem os filhos em São Paulo. Mario Jardel Filho, 5, e Victoria, 3, sentem muito a falta do pai, que há dias só fala com eles via telefone. Mas Jardel não esteve em Fortaleza afundado em depressão, muito pelo contrário. No último domingo, por exemplo, ele promoveu uma mega-festa em sua mansão cearense para todo o elenco do Flamengo, que se encontrava na cidade nordestina para a disputa da Copa dos Campeões. A comida e bebida de primeira qualidade servidas em doses fartas custaram ao jogador alguns milhares de reais e serviram também hipoteticamente para que a luxúria apaziguasse seu coração tido por muitos como partido. Manhãs nas praias paradisíacas do local e visitas de amigos famosos também não faltaram durante a "reconciliação" de Jardel e Karen, que por sua vez, permaneceu em São Paulo cuidando dos filhos num apartamento alugado. Pelo que se pôde entender, Padilha e Jardel arquitetaram uma ação de separação litigiosa para que ele possa fazer uma oferta de pensão alimentícia aos filhos, e assim, fugir da praxe da Justiça brasileira de arbitrar 30% do valor dos rendimentos do pai e ex-marido como tal. O jogador, que tem rendimentos na astronômica casa dos 350 mil reais mensais, cerca de 120 mil dólares, não se mostra disposto a ver Karen e seus filhos ficarem com pouco mais de 100 mil reais desta bolada mensal. Em sua página oficial na internet, "Super Mário", como é carinhosamente chamado em Portugal, declara: "Decidimos então, em comum acordo, sem briga ou desentendimentos, nos separamos para que possamos analisar com tranqüilidade os aspectos que possam estar nos afastando como casal". O fato é que segundo o que se pôde apurar até agora realmente não há briga, mas sim a nítida indicação de que ela não deve tardar. Além disso, se há alguém desinteressado na reconciliação ou numa separação amigável, esta pessoa é Jardel. Recentemente, ele teria confessado a amigos próximos que Karen mudou muito depois que se apegou à religião. Outro fato curioso na história é que logo que chegou a Lisboa, bastante cansado e abatido depois de dias em sua mansão de cinema regados a churrascos para amigos, o jogador se reuniu com dirigentes do Sporting para definir um calendário de audiências da ação judicial, que Padilha chama de divórcio, mas não é, já que o artigo 40 da lei de divórcio diz o seguinte. "No caso de separação de fato, e desde que completados 2 (dois) anos consecutivos, poderá ser promovida ação de divórcio, na qual deverá ser comprovado decurso do tempo da separação.". Como o casal esteve junto até o mês passado, o divórcio não se aplica a este caso. Além disso, Padilha parece querer passar por cima da hierarquia judiciária, já que, normalmente não são as partes que determinam o dia da audiência e sim o juiz responsável pelo caso, autoridade máxima em qualquer processo judicial. Jardel, tido como um semi-deus em Portugal e também em algumas praças futebolísticas pelas quais passou no Brasil, está pronto para começar o embate mais árduo de sua vida. Este duelo, contudo, não terá como palco os gramados, ou relvados, com dizem em Portugal, pelos quais desfilou sua técnica afiada e incrível capacidade de fazer gols nos últimos anos, mas sim as salas de tribunal de Fortaleza, ou de São Paulo. O objeto da disputa? O bem-estar de duas crianças que nada tem a ver com isso tudo e, é claro, a divisão de um patrimônio bastante polpudo construído por mais um dos inúmeros casais que não conseguiram cumprir o juramento "até que a morte os separe". Alexandre Barros ([email protected])