Estatísticas revelam um Rafa em grande forma

Fonte
ojogo.pt

As estatísticas dos jogos em que o camisola 27 das águias foi titular, no lugar do argentino, mostram que o português tem rematado, em média, mais do que o colega e que tem um drible mais eficaz.

 

Após seis jogos consecutivos a titular, Rafa tem somado pontos e exibições consistentes, apertando caminho numa altura em que o seu maior rival, Salvio, se prepara para voltar ao lote de disponíveis. Tanto o português como o argentino correm ombro a ombro na luta pela titularidade na Luz e, também, por uma vaga nas respetivas seleções que estarão no Mundial, mas é neste cenário que o camisola 27 tem vindo a cimentar exibições e números que o aproximam do habitual titular encarnado na ala direita.

 

Operado ao menisco do joelho direito no início de fevereiro, Salvio já corre na expectativa de poder ser opção para a receção ao Vitória de Guimarães, na próxima jornada na liga. Mas a sombra de Rafa tem vindo a crescer nas costas do argentino, estando o internacional luso a encurtar distâncias, no que a rendimento diz respeito, para o favorito ao lugar na extrema direita da equipa de Rui Vitória. Há em particular dois aspetos que, desde logo, distinguem Rafa do colega, os remates e os dribles efetuados com sucesso. O português, nos seis jogos em que foi dono de um lugar no onze inicial, superou a média de remates à baliza que Salvio teve nas suas partidas desta época, no campeonato, enquanto titular: 2,5 tiros por jogo para o primeiro, apenas dois para o segundo. Já quanto aos dribles bem sucedidos, também Rafa bate Salvio, com uma média de 2,8 contra 1,4 do companheiro e rival. Este último aspeto, recolhido do sítio de estatísticas "Sofascore", acaba por traduzir as características próprias de ambos os atletas, com o lusitano a procurar mais os lances individuais do que o sul-americano, que sobressai na eficácia de passe (78 por cento contra 74,6), fruto de um estilo de jogo mais apoiado. Ainda na questão dos golos, a análise do aproveitamento perante os guarda-redes vem revelar que a distância entre os atletas referidos está a ser mínima. Rafa, autor de dois golos nas últimas seis partidas na liga, precisou de 7,5 finalizações para faturar cada tento; já Salvio tem uma média de cinco remates por cada um dos seus sete golos.

 

A interpretação dos números estatísticos individuais de Rafa desde a 22.ª jornada (Portimonense) à 27.ª (Feirense) mostra um extremo a crescer e com um "andamento" cada vez maior. Por exemplo, na Feira, o jogador de 24 anos foi o mais rematador da equipa, com cinco disparos, igualando o recorde de um extremo do Benfica, esta época, na Liga: Salvio era o único que fizera o mesmo, na visita ao Marítimo da oitava ronda. Antes, com Aves e Paços de Ferreira, tentara faturar em quatro ocasiões. Quanto a dribles, dez dos quinze desde que substituiu Salvio foram nas últimas duas partidas. Outro exemplo do "aperto" de Rafa ao camisola 18 das águias tem reflexo nas notas atribuídas por O JOGO nas quatro partidas anteriores, onde o português mereceu sempre nota 7, das mais elevadas atribuídas aos jogadores encarnados.

 

No Benfica, Rafa nunca fora mais do que cinco jogos consecutivos titular e, mesmo quando isso aconteceu ainda na temporada passada, não foi capaz de dar continuidade. Agora, em ano de Mundial, o extremo português entra na fase final da época sendo primeira opção de Rui Vitória e, talvez fator de relevo extra, com um andamento competitivo que poderá pesar muito quando Salvio voltar a estar fisicamente disponível, após a lesão sofrida pelo alviceleste frente ao Rio Ave. A intervenção subsequente ao menisco direito, que levou o argentino à mesa de operações na Clínica Villa Stuart, em Itália, já não impede o atacante de se treinar no Seixal, mas apanhar o ritmo mais acelerado do campeonato, em fase de decisões e erro zero permitido, pode obrigar a cautelas na sua utilização imediata.

 

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