FALTAM 210 DIAS PARA O MUNDIAL
Federação negoceia patrocínios para a selecção
A SELECÇÃO nacional não terá patrocinadores especiais para a sua participação na fase final do Campeonato do Mundo de 2002, na Coreia e Japão, apesar de ninguém negar que tal presença obrigará a um investimento bastante volumoso, principalmente se Portugal calhar num grupo sediado no Japão.
Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), garantiu ao nosso jornal que está a ser empreendida uma remodelação na política de patrocínios da entidade máxima do futebol nacional, mas que continua a contar com a fidelidade das actuais patrocinadores.
Para o líder federativo, não é concebível realizar contratos de "sponsorização" tendo em vista apenas o Mundial, pois seria um grave erro de gestão. De acordo com Madaíl, os contratos serão sempre feitos com a Federação e não apenas para a selecção principal, e por períodos nunca inferiores a três ou quatro anos.
Empresas interessadas
Madaíl confirmou que nos últimos meses já realizou mais de uma dúzia de reuniões com empresas interessadas em assinar contratos de patrocínio com a FPF, a maioria, assume, devem-se aos êxitos da equipa nacional. Mal-grado o processo decorrer há meses, não existe qualquer novo contrato firmado, simplesmente porque Madaíl acreditou sempre que, com o apuramento para o Mundial, o "produto" Federação/selecção passaria a ser mais valioso, dando à FPF um maior poder negocial.
Uma verdadeira mais-valia, se tivermos em conta, como sublinha o mesmo responsável, que a FPF e a selecção possuem um calendário de actividades de visibilidade nacional e internacional, o qual se prolongará, para já, até 2004, com a realização do Campeonato da Europa no nosso país, já para não falar da organização portuguesa de um outro Campeonato Europeu, o de sub-17, em 2003.
Nesta conjuntura, o presidente federativo não se mostra muito preocupado com a questão dos patrocínios, apesar de ter consciência que, na sequência da crise financeira mundial causada pelos acontecimentos de 11 de Setembro nos Estados Unidos, o mercado, nesta altura, não é o melhor. Ainda assim, garante que as negociações serão retomadas em breve e que, até final deste ano, concluirá o processo, e conseguirá granjear "bons negócios" para a instituição.
Gilberto Madaíl lembrou ainda que nestas negociações contratuais não estão em causa apenas verbas que possam ser contabilizadas directamente nos cofres da Federação, mas também bens e serviços, muitos deles imprescindíveis ao funcionamento de muitos sectores de actividade da FPF, nomeadamente das próprias selecções e em particular da equipa principal.