Mais uma janela de transferências que se fecha nas grandes ligas europeias e, apesar de ainda existirem mercados abertos, Gaitán fica no Benfica. Pelomenos até janeiro. E com a permanência na Luz a traduzir-se numa espécie de reforço interno para Rui Vitória – o técnico respira finalmente de alívio por não perder uma das peças-chave –, o camisola 10 fica agora à espera de um aumento sala- rial, como forma de compensação pelo facto de uma vez mais não ter rumado a outras paragens.Ao que OJOGO apurou, o internacional argentino tem a expectativa de veroseu contrato melhorado, ainda que tal possa não significar mais anos de vínculo para lá do atual, válido até final de junho de 2018.
O JOGO sabe que o presidente Luís Filipe Vieira não prometeu diretamenteao jogador qualquer aumento, mas, com o gradual fechar de portas, foi ficando implícito que, se o canhoto não saísse agora, a sua situação seria analisada e revista. Vieira está firme na política de rigor salarial – Gaitán já está um pouco acima do novo teto, estipuladonum mi--
Posição: presidente mostra-se sensível à situação do argentino também por este nunca ter forçado a saída
Adiamento: Luís Filipe Vieira não prometeu a Gaitán que facilitará a saída em janeiro, mas o tema pode voltar à mesa
lhão de euros líquidos –, mas não deixa de ser sensível à posição do fantasista, que em nenhum momento forçou a saída para outro emblema que lhe oferecesse melhores condições, ainda que, do ponto de vista da SAD, as ofertas não fossem satisfatórias.
O inverso aconteceu, porém, com a disposição do Al-Ahli Dubai, noticiada em primeira mão pelo nosso jornal. O emblema dos Emirados Árabes Unidos colocou em cima da mesa das águias os 35 milhões de euros da cláusula de rescisão do jogador, mas este não quis mudar-se para um campeonato bem menos competitivo nesta altura da sua carreira. Acreditando que tem qualidade e pode vir a atuar numa liga mais atrativa do que a portuguesa, Gaitán declinou os cerca de 3,5 milhões de euros líquidos/ano propostos pelo Al-Ahli Dubai, que, depois de já ter pago sete milhões de eu- ros para levar Lima, chegou a vir a Lisboa para uma última tentativa de resgatar o criativo benfiquista.
E se clubes como Manchester United, Atlético de Madrid ou Valência nunca chegaram a uma plataforma de entendimento total e formalcom os bicampeões nacionais, sobrou a continuidade ao internacional argentino, que, por sinal, até está de volta à representação das cores do seu país.
Na prática, nem o facto de, em novembro do ano passado, a renovação contratual ter servido para baixar a cláusula de rescisão acabou por resultar na venda. Mandatado para negociar Gaitán, o empresário Jorge Mendes também não conseguiu captar ofertas que satisfizessem todas as partes eo cenário promete voltar a fazer correr tinta dentro de meses, admitindo-se que em janeiro a saída torne a ser tema. Para já, Gaitán espera um aumento.