Interesses da equipa estão acima dos meus!

Submetida por Ciberdoido em
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www.abola.pt
Nova oportunidade, nova atitude, nova mentalidade, novo discurso e o talento de sempre. O menino do Rio voltou à Luz para vencer e deu conta disso numa entrevista ao site oficial do Benfica. Os erros cometidos deram-lhe maturidade para perceber que «o sucesso não cai do céu» e que «tudo deve girar em torno dos interesses do colectivo». Se a união prevalecer nos bons e maus momentos, acredita que «estão reunidas as condições para a conquista do título». «Uma pessoa que não sabe reconhecer as suas falhas ou que não tem vontade de aprender não pode fazer progressos. Para se crescer há que mudar o que não está bem. Estou mais maduro porque aprendi com os erros que cometi. Não adianta pensar que tenho talento para decidir uma ou outra partida, tenho de lutar para estar bem, porque o sucesso não cai do céu». É com estas palavras que o brasileiro recorda o passado e o «grupo heterogéneo» que encontrou. Para o presente e futuro a certeza é outra: «Pela minha parte posso garantir que o que então sucedeu não voltará a repetir-se. O grupo actual é totalmente diferente e busca um objectivo comum.» Salienta a forma como foi acolhido no seio do plantel e alerta para a necessidade de a união ser inabalável quando chegarem os momentos menos bons. «É importante que o espírito permaneça nas horas boas e nas ruins», diz. «Posso jogar com Zahovic» Para Roger «a abundância não é um problema, mas sim uma solução», desde que os protagonismos sejam colocados de parte: «Não podemos, individualmente, ter a vaidade de decidir um jogo para aparecermos nas capas dos jornais. Tudo deve girar em torno dos interesses do colectivo. As qualidades individuais devem sempre manifestar-se em benefício da equipa.» O mote para a eterna pergunta. «O Zahovic é um grande jogador. Podemos jogar juntos, como de facto tem vindo a acontecer. É lógico que tenho jogado fora da minha posição natural, isso todo o mundo sabe, mas não adianta ter grandes jogadores se estes não aceitam modelar-se em função dos interesses do grupo. Jesualdo pediu-me para ocupar outra posição, algo de novo para mim, mas eu tenho tido a preocupação e a vontade de colocar os interesses da equipa acima dos meus. Fiz cinco golos nos dois jogos em que alinhei na minha posição, mas neste momento o treinador acha que é na direita que devo ajudar a equipa e isso é o que vale. O mais importante para mim é o Benfica ganhar, sempre que possível com a minha contribuição, claro.» E nesse sentido acredita que, com humildade, «estão reunidas as condições para a conquista do título nacional e o regresso à Liga dos Campeões».