João"Vale-Tudo"

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Juíza rejeita ouvir Ovchinnikov Os pedidos de acareação de algumas testemunhas e de audição do guarda-redes russo Ovchinnikov foram ontem, segundo a agência Lusa, recusados pelo colectivo de juízes, presidido por Anabela Marques, que julga João Vale e Azevedo, ex-presidente do Benfica. O tribunal discordou da pretensão por entender que o pedido não é essencial para produção da prova, considerando que o empresário Paulo Barbosa, uma das testemunhas que se pretendiam acarear, já esclareceu tudo, corroborando a tese da acusação. Refira-se que o intuito do advogado Pereira da Silva, representante do Benfica, assistente no processo e responsável pelos pedidos, era precisamente aclarar algumas situações que no seu entender não tinham ficado devidamente escalpelizadas. Para atingir tal desiderato, propôs a acareação de Jorge Menezes (ex-director administrativo da área do futebol), Rafael Rovisco (ex-chefe de contabilidade) e António Leitão (director financeiro na presidência de Vale e Azevedo) e a audição de Ovchinnikov. Desta forma, fica sem efeito a sessão agendada para amanhã, que estava dependente da aceitação dos pedidos formulados pelo advogado do Benfica, prosseguindo o julgamento na próxima segunda-feira, dia 18, com as alegações finais. Nestas será concedida a palavra, sucessivamente, ao Ministério Público (MP), aos advogados dos assistentes (Pereira da Silva e Eusébio Gouveia) e ao advogado de defesa (José António Barreiros), por forma a exporem as conclusões de facto e de direito. Encerradas as alegações, o arguido terá uma última oportunidade de usar da palavra, antes da marcação da data para a leitura do acórdão. Recorde-se que Vale e Azevedo está a ser julgado pelos crimes de peculato (apropriação indevida de dinheiros do Benfica) e branqueamento de capitais (compra do iate "Lucky Me"), sendo este o primeiro de muitos processos-crimes em que é arguido e se aproximam da fase de julgamento. 13-03-2002