Jorge Ribeiro: «Até posso ficar, mas não renovo»

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O lateral-esquerdo queria rescindir com o Benfica, mas os responsáveis do clube garantiram-lhe que contam com o respectivo contributo na próxima época. Assim sendo, admite ficar. Mas só até final do contrato, que expira no final de 2002/03. Depois disso, não descarta a hipótese de seguir as pisadas do irmão, que já está no FC Porto – Pediu a rescisão do seu contrato com o Benfica. O clube atendeu a essa pretensão? – Não. Querem que integre o plantel principal da próxima temporada. Numa primeira fase, o meu empresário [Paulo Barbosa] reuniu-se com os responsáveis do clube, propondo a rescisão do meu vínculo, pois tenho ainda mais um ano de contrato. Revelaram-lhe que contavam comigo. Na quinta-feira, falei pessoalmente com o sr. António Simões e com o prof. Jesualdo Ferreira. Disseram-me que eu era uma peça fundamental na equipa e voltaram a manifestar o desejo da minha continuidade. – Isso quer dizer que vai ficar? – Se quiserem que eu continue, eu continuo. Fui criado no Benfica e gosto do clube, mas, se me deixassem sair já, não me sentiria minimamente aborrecido. – Ou seja, cumpre o contrato até final, e não admite sequer a hipótese de renovar? – Até posso ficar, mas não quero renovar. – Porquê? – Não foram correctos comigo. – Está zangado especificamente com quem? – Com a Direcção do Benfica. Não foi justa comigo. Estava a jogar bem na equipa principal e colocaram-me na formação B. – Devido a um problema disciplinar... – Sou um jovem de 20 anos e também cometo erros. Colocaram-me na equipa B e nem sequer falaram comigo. É através do diálogo que as pessoas se entendem... – E que problema disciplinar foi esse? – Não quero adiantar muito mais sobre isso. – Tem apenas mais um ano de contrato com o Benfica e fica livre para escolher o seu futuro no final da próxima época. Admite seguir as pisadas do seu irmão, Maniche, e transferir-se igualmente para o FC Porto? – O FC Porto é um bom clube, mas não quero falar dessa questão.