Katsouranis já jogou pelos encarnados em Nápoles e reconhece dificuldades. Ainda assim acredita que as águias podem vencer
O Benfica regressa amanhã a um palco onde perdeu na única vez que ali disputou uma partida, em 2008, por 3-2, apesar de ter eliminado o Nápoles da Liga Europa ( 2-0 na Luz). O San Paolo é um dos estádios mais míticos do mundo e onde se a tradição mostra ser muito complicado vencer, sobretudo por todo o ambiente que envolve os jogos da equipa italiana. Kostas Katsouranis foi um dos jogadores que na temporada 2008/2009 subiu ao relvado com a camisola do Benfica e, em conversa com o DN, admite que não será fácil para as águias, embora defenda que a vitória não é um sonho impossível para a equipa de Rui Vitória.
"Gosto muito da equipa do Benfica. Vi alguns jogos na temporada passada e este ano também já vi outros. Tem uma equipa jovem, mas com grandes talentos. Não será fácil jogar em Nápoles, mas o Benfica tem equipa para vencer em Itália", revelou Katsouranis, recordando depois o ambiente do San Paolo.
"Joguei com o Benfica, mas também já tive oporunidade de defrontar o Nápoles em outras ocasiões. É um dos melhores ambientes do mundo para jogar futebol, mas também assim é no estádio do Benfica, quando está cheio. Por isso acredito que os jogadores já estejam habituados. Importante é começar bem, depois o ambiente fica para um segundo plano", referiu o internacional grego, que pendurou as chuteiras no final da última temporada.
Determinante para o sucesso do Benfica em Nápoles, até devido à ausência por lesão de Jonas, poderá ser Mitroglou. Katsouranis elogia o compatriota e lembra que ele está acostumado a marcar em grandes palcos.
"É um grande avançado e muito experiente. Fico contente por ter voltado a fazer muitos golos no Benfica. E contra o Nápoles continuará a marcar, está habituado a fazer golos a todas as equipas. Passou por um período complicado em Inglaterra, mas agora está contente em Lisboa e isso ajuda-o bastante. Poderá ser muito importante neste jogo, desejo que sim", disse o jogador, não esquecendo também Samaris: "É outro grande futebolista. Não está a jogar agora? Mas a qualquer minuto é chamado e cumpre, tem grande potencial e é uma pessoa fantástica."
Refira-se que, da eliminatória de 2008, só Luisão permanece no Benfica, além de Maggio e Hamsik no Nápoles. Katsouranis elogia o capitão dos encarnados. "É um líder, dentro e fora do campo. E é muito importante mesmo não jogando. Será essencial também nesta partida", referiu o antigo campeão europeu pela sua seleção, que agora gere a sua escola de futebol.
Alemão de má memória apita
Entretanto, a UEFA nomeou ontem o alemão Felix Brych para dirigir o encontro de amanhã em Nápoles, marcado para as 19.45 no Estádio San Paolo. Este juiz, refira-se, é de má memória para a turma portuguesa.
De facto Brych dirigiu a final da Liga Europa que o Benfica perdeu em 2013 para o Sevilha, na lotaria das grandes penalidades (2-4), isto após um empate sem golos durante o tempo regulamentar. Nesse confronto as águias queixaram-se de dois penáltis por marcar durante a partida e ainda do adiantamento do guarda-redes português Beto na marcação dos castigos máximos após o tempo regulamentar.
Além deste confronto, o alemão já arbitrou outros dois jogos das águias, nomeadamente frente ao Marselha na temporada 2010/2011, a contar para a Liga Europa (1-1) e com o Twente, na época seguinte, em jogo da Liga dos Campeões (3-1).
http://www.dn.pt/desporto/benfica/interior/san-paolo-e-um-dos-melhores-ambientes-do-mundo-como-a-luz-5410454.html