O Benfica recusou uma proposta de última hora do Chelsea por Luisão na casa dos cinco milhões de euros, mas, tal como O JOGO adiantou na última edição, a mesma foi prontamente recusada, não só por falta de tempo para compensar uma saída mas, sobretudo, porque o capitão tem, na visão do presidente, lugar assegurado no futuro das águias, dentro de campo ou na estrutura.
Na visão de William, antigo central benfiquista, a nega de Luís Filipe Vieira foi, por tudo isto, uma decisão mais do que acertada. "Neste momento, temos um Benfica em profunda mudança. A saída de Jorge Jesus não foi um mera saída de um treinador. O que se passa é algo mais profundo. Há um novo Benfica, outro treinador e um afastamento do passado nos aspetos financeiros. O presidente entendeu, e bem, que o clube deve agora olhar para dentro e buscar na base os seus ativos de futuro para sobreviver, tentando manter a qualidade. E para que não se comece do zero, manter um jogador como Luisão é fundamental, porque ele é um pilar da transformação", sublinha a O JOGO o ex-defesa, agora também com nível IV de treinador.
A segurança com que William defende a tese não se fica por aqui. "A continuidade do Luisão é sempre excelente, não só por aquilo que representa para o clube e no balneário, mas também pelo que é necessário neste projeto: experiência", vinca, insistindo até no facto de o capitão ser insubstituível: "Pelo que ainda rende, é inquestionável. É um jogador que dá força e estabilidade aos colegas para que rendam mais. Com Luisão é uma coisa, sem ele é outra."