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Miguel está plenamente convencido que vai estar operacional no início da próxima época. Submetido a uma intervenção cirúrgica ao quinto metatársico do pé direito a 27 de Maio, o jogador prepara-se, depois de um período de repouso absoluto, para efectuar o plano de recuperação que lhe será fornecido ainda hoje pelo fisioterapeuta encarnado, António Gaspar.
O extremo espera inclusivamente que a próxima época seja melhor em termos pessoais do que a anterior. Para isso contribui o facto de se ter apresentado em grande forma na parte final da temporada de 2001/02. Só precisa de confiança, como faz questão de referir.
"Vou integrar os trabalhos da pré-época e devo começar por correr, mas espero iniciar a temporada oficial em pleno", começa por frisar o jogador encarnado, que diz já não sentir dores no pé direito. "Parto todos os anos com uma enorme vontade de fazer uma grande campanha e se sentir confiança da parte do técnico, confio que vou dar sequência às boas prestações que consegui no final do ano transacto." Miguel é igualmente o primeiro a reconhecer que o estatuto de titular apareceu, "devido a lesões de colegas", mas frisa: "surgiu-me a oportunidade e penso que a agarrei. Foi pena ter-me lesionado, mas estou, agora, mais animado e tenho sentido bastante apoio dos mais próximos."
No que se refere à recuperação, Miguel vai deslocar-se hoje ao departamento médico do Benfica para saber qual a terapia adequada a partir deste momento. O jogador deverá começar por fazer exercícios de ginásio, para posteriormente iniciar corrida de campo.
Terminar como titular absoluto
Começar e acabar como titular. Foi isso que aconteceu com Miguel na equipa do Benfica. O extremo acabou por ser um dos jogadores mais utilizados ao longo da temporada, tendo participado em vinte e sete partidas.
Primeiro com Toni e depois com Jesualdo Ferreira, Miguel foi sempre uma opção a ter em conta, mas o estatuto de titular indiscutível só foi adquirido a partir da 26ª jornada. Para isso, contribuiu a lesão de Simão, é verdade, mas também as boas exibições do extremo, que se apresentou em grande forma numa altura em que os encarnados lutavam desesperadamente por um lugar na próxima edição da Taça UEFA.
Não sendo um finalizador nato, Miguel destacou-se ainda ao conseguir seis golos, feito superado apenas por Mantorras, Simão e Jankauskas num total de 1626 minutos dentro do terreno de jogo. O jogador pretende continuar a ser opção e sente ter argumentos para tal.