Fonte
www.record.pt
Durante largos minutos temeu-se o pior. Nuno Gomes, ainda na fase do aquecimento, chamou a atenção do corpo médico da selecção e abandonou o relvado. Foi assistido e passou para o balneário, não chegando a participar no treino que decorreu no Jamor.
Só uma hora e meia depois é que o médico Henrique Jones fez luz sobre a estranha lesão: Nuno fez uma ligeira torção no joelho direito e, à partida, não inspira grandes cuidados. “Segue viagem com a comitiva e se a evolução for positiva poderá defrontar a Inglaterra”, acrescentou o clínico, sublinhando, todavia, ser ainda cedo para um outro prognóstico. “As dores já diminuíram mas vai continuar a ser vigiado”, frisou.
Além de Nuno Gomes também Figo não participou nos trabalhos do colectivo, treinando à parte, mas hoje já estará em pleno, ainda segundo Henrique Jones. O outro caso prende-se com Beto, “com uma dor muscular de esforço na coxa direita”, que não acarreta qualquer tipo de problema. “Está perfeitamente apto.”
A sessão ficou então marcada pelo susto pregado por Nuno Gomes. De resto, Agostinho Oliveira dirigiu os trabalhos durante cerca de uma hora e vinte minutos, dividindo-o essencialmente em três partes: recreação com bola, ensaio defesa/ataque em meio-campo e um “jogo” de dez contra dez interrompido algumas vezes para a correcção de posições e para a marcação de livres. Neste aspecto, Pauleta, Rui Costa eSimão mostraram pontaria afinada.
A título de curiosidade, o seleccionador confirmou ter o onze praticamente definido, com Beto e Fernando Couto no eixo da defesa (aos quais se juntará por certo Fernando Meira, no tal esquema de três centrais), Sérgio Conceição e Rui Jorge mais adiantados nos flancos, Petit e Rui Costa com as despesas do meio-campo, e, no ataque, Simão, Pauleta e Figo (ou Capucho, que foi ontem o utilizado). Entre os postes actuou Vítor Baía nesta equipa supostamente titular para Birmingham.
Boa disposição, entrega ao trabalho e a presença de algumas centenas de adeptos marcaram também a sessão, com o pormenor do público não ter regateado palmas aos melhores lances e aos golos, bem como ter gritado pelos jogadores, sobretudo por Figo, que corria à volta do relvado do Jamor. A selecção, felizmente, continua querida e respeitada.