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Uf!, acabou. Acabou? Não, apenas foi ultrapassada uma das primeiras etapas. Jesualdo Ferreira deverá ter no treino de hoje todos os jogadores disponíveis, depois de quase uma semana sem dez atletas. Acabou a primeira travessia do deserto, mas outras se seguirão. É sinal, pelo menos, que o actual plantel do Benfica tem qualidade superior aos anteriores e que, por via disso, muitos jogadores estarão ao serviço das respectivas selecções.
Onze indisponíveis — Todos os grandes clubes passam, ciclicamente, pelo mesmo: em semana de jogos de selecções, Benfica, Sporting e F. C. Porto sofrem enorme sangria e os respectivos treinadores sentem dificuldades em organizar os treinos. Nada de estranho haveria se não se desse o caso de, desta vez, o treinador encarnado, Jesualdo Ferreira, ter ficado sem onze jogadores: Moreira, Armando (embora lesionado, estava convocado para comparecer nos trabalhos da selecção moçambicana), João Manuel Pinto, Zahovic, Ednilson, Petit, Tiago, Mantorras, Simão, Nuno Gomes e Fehér. Quase todos jogaram durante o fim-de-semana, hoje deverão regressar à Luz para reiniciar os treinos, depois de alguns dias de ausência.
Regresso ao topo — Vejamos as coisas por outro lado, o positivo. Jesualdo Ferreira ficou, temporariamente, sem 11 jogadores para trabalhar, o que significa que o plantel que tem à disposição tem qualidade suficiente para aspirar a altos voos no campeonato português. Há uns anos, não muitos, eram raros os jogadores encarnados integrados nos trabalhos das diversas selecções. No Mundial-2002, por exemplo, o Benfica tinha apenas um atleta: Caneira. O qual, porém, pertencia ao Inter. Agora, não, tudo é diferente. João Manuel Pinto, Petit, Simão e Nuno Gomes foram convocados por Agostinho Oliveira para o jogo particular com a Inglaterra. E todos jogaram. Há quanto tempo isso não acontecia? Há mais de quatro anos. Bom sinal, pois, para o plantel encarnado.