Fonte
www.record.pt
Caso alinhe, domingo, frente ao Marítimo, o sérvio completará três centenas de jogos no escalão principal do futebol português. Um percurso iniciado em Agosto de 1992, em Aveiro, com a camisola do Gil Vicente. Contudo, o clube gilista não conseguiu segurar o avançado que conheceu a glória no FC Porto. Agora, de águia ao peito, Drulo torna-se “tricentenário”
LJUBINKO Drulovic atingirá a meta dos trezentos jogos no escalão principal, caso alinhe, domingo à tarde, frente ao Marítimo. O sérvio nascido em Nova Varos, há 33 anos, chegou a Portugal em 1992 proveniente do RAD Belgrado, clube onde o Gil Vicente o descobriu. E o avançado não perdeu tempo para justificar a contratação, pois, logo na estreia, deu nas vistas. “Drulovic, o sérvio, um Mark Hughes de Barcelos”, escreveu Record na apreciação individual do jogador cujo estilo fazia lembrar o galês.
Assumindo funções de avançado-centro, Drulovic destacou-se na formação orientada por Vítor Oliveira e começou cedo a marcar golos. Logo no segundo jogo pelos gilistas, com o Sp. Espinho, obteve o primeiro tento na marcação de um livre directo demonstrando mais uma das suas especialidades. A sucessão de grandes exibições despertou o interesse de clubes de maior dimensão, mas acabou por ser o FC Porto a garantir os serviços do sérvio. A 16 de Dezembro de 1993, os portistas anunciaram de forma fria a contratação, provocando uma reacção enérgica dos gilistas.
Iniciou-se, então, a fase mais gloriosa da carreira de Drulovic. Nas sete épocas e meia em que representou os portistas, o jogador ganhou tudo o que havia para ganhar em termos internos e assumiu-se como uma das principais armas dos dragões já que foi o rei das assistências (Jardel que o diga). Em final de contrato, o sérvio não chegou a acordo com Pinto da Costa tendo em vista a renovação e abandonou o clube. Acabou por reforçar o Benfica, sendo mais um dos trunfos da “equipa maravilha” que atacou esta temporada com o firme propósito de ser campeã. O objectivo não foi alcançado, restando ao sérvio, promovido a capitão logo na época de estreia, a luta por um lugar na UEFA. Entrar para o restrito lote dos jogadores com 300 jogos no escalão principal é um fraco consolo para quem, tirando a época 1992/93 no Gil Vicente, venceu sempre um troféu por época.