Paulo Fonseca: "Benfica? Li e registei"

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dn

Técnico do FC Porto recusa responder ao comunicado do Benfica, justificando que não vê o futebol como uma "guerra". Técnico desvenda o "mistério Izmailov" e responde às críticas sobre o futebol portista.

Paulo Fonseca recusou alimentar a polémica com o Benfica, que através de um comunicado disse que o técnico do FC Porto "deve ter mudado de oftalmologista", depois de o treinador dos dragões se ter queixado da arbitragem no Estoril. "Não faço leitura nenhuma especial. Li e registei. Uma coisa lhe garanto que não vivo minimamente afetado com o que dizem as pessoas fora do FC Porto. O meu foco está na equipa", vincou, na conferência de imprensa de antevisão à receção ao Vit. Guimarães (sexta-feira, 20.00).

Depois de ter "cedido" os primeiros pontos da época, e após ter faltado o resultado para "disfarçar" mais uma exibição cinzenta do FC Porto, Paulo Fonseca defendeu-se das críticas com os números. "É um facto que estamos em primeiro lugar. Nós estamos em primeiro lugar. Temos seis vitórias e um empate. E não são estes dois últimos jogos, que foram extrapolados de uma maneira que não foi a devida, que vão pôr em causa o que tem sido o nosso percurso", frisou.

Na semana em que o FC Porto festeja o seu 120.º aniversário, Paulo Fonseca realçou a necessidade de regressar às vitórias no Dragão, no jogo da 6.ª jornada, antes de uma importante receção ao Atlético Madrid na Liga dos Campeões. "Queremos vencer para reforçar a nossa posição no campeonato, que é o primeiro lugar, queremos também neste momento importante da vida do clube oferecer uma prenda aos associados e à administração. O FC Porto faz 120 anos, é uma data memorável. E existe também a questão da inauguração do museu. Queremos de todas as formas contribuir para que sábado seja um dia de grande alegria para os adeptos do FC Porto", realçou.

O técnico dos tricampeões aproveitou, ainda, para justificar a ausência de Izmailov da última lista de convocados e dos últimos treinos no Olival. "Fui criticado por não o ter convocado. Seria mau da minha parte que, após o Marat ter feito o que fez em Viena, não o levasse à convocatória seguinte. Isso era incompreensível. Até o elogiei e acredito que pode ser muito útil para a equipa. A verdade é que no momento que antecede a convocatória me pediu para não ser convocado porque tem um problema pessoal e familiar. Eu acedi. Tão simples quanto isso. Tanto é que ele não tem estado presente. Demos-lhe alguns dias, algum tempo, para ele resolver essa questão. Até pensei nele para jogar de início", revelou.

Instado a comentar as polémicas que têm dominado os últimos dias no futebol nacional, Paulo Fonseca deixou apenas uma garantia: quando falar será sempre em defesa do FC Porto. "Não vejo o futebol como uma guerra. Vejo-o como um desporto envolvente, que se joga debaixo de grande tensão e que gera reações, umas vezes mais positivas, outras menos. Não vejo o futebol como uma guerra. Estou preparado para tudo o que for para defender os interesses do FC Porto e da minha equipa", vincou.