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A Polícia Judiciária emitiu um comunicado confirmando a Operação «Apito Dourado», nome dado à mega-investigação que abrange grande parte do país, de Bragança a Setúbal, com especial incidência na zona Norte, para verificar a «existência de comportamentos ilícitos susceptíveis de alterarem a verdade e lealdade na competição desportiva e seus resultados», nomeadamente no que diz respeito a arbitragens.
A PJ confirma 16 detenções, sem falar em nomes, embora se saiba que Valentim Loureiro é um deles, e anuncia que «os detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coacção que forem julgadas adequadas.»
Leia o comunicado:
«A Polícia Judiciária, através da Directoria do Porto, desencadeou a partir da madrugada de hoje uma vasta acção policial no âmbito de investigações em curso destinadas a verificar a existência de comportamentos ilícitos susceptíveis de alterarem a verdade e lealdade na competição desportiva e seus resultados.
No decurso da complexa operação, a Polícia Judiciária procedeu à detenção de 16 (dezasseis) pessoas, dirigentes desportivos e árbitros, com idades compreendidas entre 31 e 67 anos, por haver fortes indícios da prática de crimes de falsificação de documentos, corrupção no fenómeno desportivo e tráfico de influências, tendo realizado cerca de 60 (sessenta) buscas em domicílios e organismos desportivos e autárquicos, para detecção e apreensão de material probatório.
A intervenção policial abrangeu uma área geográfica que vai desde Bragança a Setúbal, com especial incidência na zona Norte, implicando centena e meia de investigadores e a permanente disponibilidade funcional das autoridades judiciárias envolvidas.
A extensa acção ora desencadeada é consequência de investigações há largo tempo iniciadas pela Polícia Judiciária visando apurar um conjunto de suspeitas suscitadas quanto ao falseamento de resultados desportivos obtidos através das arbitragens e vai prosseguir até à completa clarificação daquelas mesmas suspeitas.
Os detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coacção que forem julgadas adequadas.»