A boa prestação do Benfica na última edição da Liga Europa garantiu a valorização do plantel, o que permitiu antever importantes encaixes financeiros durante o desfeso. Contra todas as expectativas, este cenário não se registou, e a SAD não conseguiu repetir as transferências milionárias que se haviam tornado habituais desde que Jorge Jesus assumiu o comando técnico.
Nos últimos meses chegaram algumas propostas à Luz, visando a compra do passe de alguns dos principais ativos. Contudo, todas as ofertas foram consideradas insuficientes por Luís Filipe Vieira que se recusou a vender abaixo das cláusulas de rescisão. Desta forma, o mercado fechou, e o maior encaixe financeiro resultou da venda de Melgarejo para o Kuban Krasnodar por cinco milhões de euros.
Melgarejo rumou ao Kuban Krasnodar.É certo que o negócio tem de ser considerado positivo, pois o internacional paraguaio foi comprado há três anos por 750 mil euros. No entanto, dadas as expectativas criadas na Luz, não deixa de parecer pouco o montante assegurado pelas águias, especialmente se compararmos com os principais rivais, FC Porto e Sporting.
Desde a chegada de Jorge Jesus ao Benfica que o investimento no reforço da equipa aumentou, mas, em contrapartida, a receita garantida pelas transferências também, e de forma muito significativa.
Não deixa de ser curioso sublinhar que o ano em que a SAD investiu mais na compra do passe de jogadores é também o segundo pior em termos de saídas. Até janeiro é este o cenário.
Recorde no ano passado
• Ao nível de tesouraria o Benfica alcançou, no verão passado, o seu melhor registo de sempre. Só a saída de Witsel para o Zenit pela cláusula de rescisão permitiu o encaixe de 40 milhões de euros, uma transferência milionária que já havia sido precedida pela venda do passe de Javi García para o City por 23 milhões. Refira-se que nos 71,5 milhões apresentados não está incluído o dinheiro ganho na transferência de Bruno César (5,5 milhões de euros) que só ocorreu em janeiro.