Simão diz...(2)

Jesualdo ganhou os jogadores Desde que o novo técnico assumiu o comando, a produção de Simão Sabrosa subiu em flecha. Coincidência ou talvez não. Há muitos anos que os dois se conhecem e trabalham juntos, pelo que uma das prioridades do professor centrou-se precisamente na recuperação do génio da camisola 20. O jogador agradece o apoio e insistência de quem soube ser amigo, além de treinador, realçando o mérito de Jesualdo Ferreira na forma como conquistou o grupo de trabalho, semeando a necessária coesão e união. Razões que o tornam num técnico de «presente e futuro» na Luz. — Relativamente à transição Toni/Jesualdo Ferreira, o que falhou no primeiro treinador? — Só posso dizer bem de Toni. Foi sempre uma pessoa espectacular que me incentivou muito, sobretudo no princípio. O problema é que a equipa ainda não se conhecia bem. — Seguiu-se Jesualdo Ferreira… — Já o conheço há muitos anos, devido às selecções, e dou-me muito bem com ele. Penso que tem feito um excelente trabalho e está a conseguir ter os jogadores do lado dele. Estamos todos juntos, o que não significa que com Toni isso não acontecesse. Se calhar os jogadores estavam mais distantes porque estavam há pouco tempo no clube. Isso agora não acontece, o grupo está muito forte e o Jesualdo tem mérito nisso, porque não é fácil garantir a união. — Concorda que a troca de treinador trouxe nova chama à equipa? — Sem dúvida. O facto de ter estado quatro meses como adjunto também o ajudou, pois teve oportunidade de conhecer bem os jogadores. Para além disso, já tinha trabalhado nas selecções com alguns, casos do Caneira, Tiago, Ednilson, Miguel e eu, por exemplo. «Ajudou-me muito» — O seu crescendo de forma coincidiu precisamente com a promoção de Jesualdo… — Ele ajudou-me muito. Nos primeiros jogos, por vezes, chegava ao fim e dizia-me: este não é o Simão que sempre conheci. No Barcelona, em três anos marquei dois golos e aqui já tenho sete. Nesse aspecto tenho de enaltecer o trabalho que o Jesualdo Ferreira tem feito comigo, pois tem-me apoiado e insistido muito, dizendo-me para ir para cima do adversário, arriscar no um contra um, e lembrando-me do valor que tenho. Alertou-me para nunca desistir porque, de um momento para o outro, não poderia ter perdido qualidades. É importante sentir que o treinador está do nosso lado. — É o homem certo no lugar certo, no presente e no futuro? — Tenho a certeza que sim, pelo trabalho que tem feito.