“Vi tudo negro durante um ou dois segundos. Temi que a pancada colocasse em risco a minha carreira. Esse foi o meu primeiro pensamento...” Estas foram as palavras encontradas por Sulejmani para descrever o momento em que foi atingido na perna direita por Josip Simunic, durante a segunda parte do jogo entre a Sérvia e a Croácia, realizado anteontem em Belgrado.
Entrada de Simunic deixou marcas visíveis na perna direita.Punida com um cartão vermelho, a duríssima entrada do futebolista croata deitou Sulejmani por terra, deixando-o com a perna direita em muito mau estado. Atordoado pela forte pancada que acabara de sofrer, o internacional sérvio levantou-se e, com as pernas a tremer, olhou para os colegas. Conta quem estava no banco da seleção da Sérvia que o extremo se limitou a balbuciar algumas palavras impercetíveis. No fundo, ninguém percebeu na altura se ele estava ou não em condições de prosseguir em campo. Muito provavelmente, nem o próprio jogador o sabia. Estava zonzo...
“Verifiquei que conseguia mexer e dobrar a perna. No entanto, passados uns quantos minutos, senti que não conseguia correr”, contou Sulejmani, que apesar das dores se manteve em campo até ao derradeiro apito: “No final do encontro disseram-me que a partir do incidente não mais parara de tremer, como sucede quando estamos com frio. Não me lembro de ter tremido daquela maneira, mas toda a gente me garante que sim.”
Fejsa e o número de águias
O pivô defensivo contratado pelo Benfica ao Olympiacos não se pronunciou sobre o lance que envolveu Sulejmani, mas saiu a terreiro para defender Matic, expulso devido a acumulação de amarelos. “Ele não merecia ter sido admoestado duas vezes. Estava perto do lance e vi bem aquilo que se passou”, referiu Fejsa, bastante satisfeito por existir uma extensa comitiva do Benfica – Markovic, Matic, Djuricic, Sulejmani e ele próprio – na seleção da Sérvia: “Para os clubes é importante ter o maior número possível de jogadores nas seleções. Ora, o Benfica não constitui exceção. Este facto demonstra que os seus jogadores têm qualidade suficiente para jogarem ao mais alto nível. Julgo que a situação favorece o clube e a equipa nacional.”