Taça: Cinfães-Benfica, 0-1 (crónica)

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Ola (John) e adeus. O Benfica B passou em Cinfães. Entre suplentes e jovens da formação secundária, Jorge Jesus conseguiu o objetivo principal e segue em frente na Taça de Portugal. Porém, perante um adversário do Campeonato Nacional de Seniores, tirou poucas notas positivas sobre a segunda linha encarnada.

O Benfica apareceu em Cinfães sem grande vontade. Verdade seja dita. Viajou de comboio pela linha do Douro, ficou a algumas curvas do recinto mas chegou apenas a 57 minutos do apito inicial. Jorge Jesus deu uma vista de olhos ao relvado, voltou para dentro, os jogadores só conheceram o palco no aquecimento.

Serviços mínimos após um percurso sinuoso. Alguns jogadores terão enjoado pelo caminho, fazendo uma primeira parte sem qualidade, sem rasgo, sem ponta de entusiasmo. O Cinfães, motivado, conquistou dois cantos consecutivos e começou a acreditar.

A equipa de João Manuel Pinto corria mais que o adversário, como prometido, embora fosse notória a falta de capacidade física para aguentar 90 minutos de um duelo com esta dimensão. Seria uma questão de tempo, pensou-se, e essa ideia passou para a formação encarnada.

Ivan Cavaleiro e Djuricic criavam alguns lances, embora o principal foco de perigo fosse Ola John. Pela esquerda, naquele ritmo pausado que pode enervar o mais paciente adepto do Benfica, o holandês lá ia conquistando espaços, tirando cruzamentos e ganhando alguns cantos.

Num desses lances, Ola John bateu o pontapé de canto e Steven Vitória marcou. Contudo, o lance foi bem anulado por carga do defesa sobre o seu opositor direto, antes do cabeceamento. Nessa altura, de qualquer forma, os homens de Jorge Jesus não mereciam a vantagem.

O treinador encarnado poupou o onze titular e deu a oportunidade a outros. Segundas linhas, até terceiras. A mensagem não terá passado da melhor forma. Era uma montra, porventura única, para nomes como Oblak, Steven Vitória, Lindelof e Ivan Cavaleiro.

O guarda-redes cumpriu, o extremo deixou promessas de forma esporádica mas o sueco, por exemplo, mostrou muito pouco para merecer uma chamada à equipa principal. Não haverá talento com maior qualidade para a posição? Ruben Amorim foi apagando os fogos, sabendo que Lindelof não subia e Djuricic não descia.

Perante cerca de sete mil espectadores e focos de chuva intensa, o Cinfães aproveitou o relaxamento do adversário para entusiasmar os adeptos locais. Poucos remates de perigo na etapa inicial mas uma demonstração permanente de inconformismo.

A equipa da casa voltou a entrar bem mas seria o Benfica, sem forçar muito, a chegar à vantagem. Ivan Cavaleiro tirou dois cruzamentos pela direita e, à segunda, apareceu Ola John para inaugurou a marcador. Nos dois lances, Funes Mori não conseguiu finalizar. Esforçado mas inconsequente.

Jorge Jesus, mais ativo na linha lateral que alguns dos seus jogadores lá dentro, via agora o Benfica a gerir a vantagem. O Cinfães criou um lance de verdadeiro perigo ao minuto 64, quando Hélio apareceu solto na área, na sequência de um canto, mas rematou por cima da trave.

Steven Vitória, que sentiu dificuldades para travar as unidades ofensivas dos locais, viria o amarelo logo depois, para anular mais uma tentativa da equipa de João Manuel Pinto.

Do outro lado do terreno de jogo, alguns apontamentos de Ola John e Ivan Cavaleiro. O jovem português, bem desmarcado por Djuricic, podia ter marcado a um quarto-de-hora do final mas deslumbrou-se, quis fintar o adversário e acabou por rematar por cima, em jeito. Um Benfica medíocre a vencer em Cinfães.

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