U.D.LEIRIA

Submetida por Guerreiro em
Fonte
www.abola.pt
«Verdadeira» União de Leiria surpreende estéril Benfica A União de Leiria, aquela equipa que foi considerada de maior sensação durante a primeira volta do campeonato da Primeira Liga portuguesa de futebol «ressuscitou» nesta tarde-noite de hoje que atraiu ao «velho» estádio da Luz cerca de 25.000 espectadores. Diga-se desde já que esta vitória (2-0) dos leirienses que corresponde ao primeiro triunfo obtido, no historial da equipa da cidade do Lis, no recinto do Benfica, se assume como um desfecho perfeitamente certo e está de acordo, sem qualquer rebuço, com o que se passou em campo ao longo dos noventa minutos. O Benfica, que não pôde contar com o concurso do Mantorras, - sujeito, como se sabe, a uma intervenção cirúrgica -, cometeu demasiados erros culminados com um desaire que o poderá afastar do seu «segundo objectivo», que será no imediato, conseguir um terceiro lugar no actual campeonato, o que significará um mal menor e proporcionará aos «encarnados» a participação numa prova europeia nomeadamente a Taça UEFA. Jesualdo Ferreira não encontrou antídoto para um problema bicudo que foi apresentado por este «remoçado» conjunto de Leiria a surgir na Luz muitíssimo bem distribuído no terreno, mas acima de tudo com um meio campo deveras activo, a fazer da antecipação e da leitura dos lances duas armas que se haviam de revelar mortíferas para um Benfica que, valha a verdade, nunca se entregou. A derrota do Benfica começou a ser «escrita» exactamente no miolo do relvado onde, normalmente, se ganham e perdem os jogos. A supremacia aí evidenciada proporcionou à equipa visitante um forte e determinante apoio a três homens que, muito a propósito, se esgueiravam à defensiva «encarnada» onde Caneira foi uma verdadeira excepção, num sector que tarda a entender-se e se confirma perfeitamente vulnerável. A União de Leiria apresentou-se na Luz com algumas alterações, começando exactamente pelo técnico Vítor Pontes, um dos adjuntos de José Mourinho, «promovido» há escassos dias a treinador principal após a demissão de Mário Reis. Por sua iniciativa, Costinha esteve no «banco» sendo rendido por Batista enquanto Nuno Valente, lesionado, viu-se impedido de actuar. O primeiro golo da tarde surgiu à passagem dos 37 minutos através de Maciel. A bola viajou na pequena área, foi ao poste e, na recarga, o brasileiro inaugurava o marcador. Até ao intervalo o marcador não sofreu alteração. O Benfica, que entretanto se viu privado do concurso do ponta-de-lança Jankauskas, que se lesionou e deu o lugar a Pepa, continuou a revelar-se uma equipa estéril, infrutífera e, sobretudo, muito desligada só raramente logrando criar situações de apuro para as redes de Batista. Era de facto o Leiria a mandar no jogo não surpreendendo que, aos 63 minutos, Derlei, após a marcação de um «livre», e a culminar um lance estudado, ampliasse a vantagem para 2-0. Enganou-se quem esperava que a União de Leiria recuasse no relvado na tentativa de defender o resultado. De facto os visitantes continuaram tranquilos, personalizados, e mantiveram as três setas apontadas para a baliza de Enke de tal modo que esteve muito mais perto de surgir o 0-3 do que o 2-1. O trio constituído por Silas-Maciel-Derlei ditou a sua ordem. Está de regresso, pois, a «melhor União de Leiria». A equipa do Lis foi à Luz demonstrar que readquiriu todos os seus argumentos, revelando-se um conjunto em toda a acepção da palavra. Para mal «deste» Benfica… 02/03/2002 20:18