V. Guimarães frente ao Benfica: Férias mesmo a calhar

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www.record.pt
APRECIAÇÃO À EQUIPA V. Guimarães frente ao Benfica: Férias mesmo a calhar NUNO ASSIS - Deu um toque de classe a uma equipa cansada e a precisar de motivação. Alia como ninguém a técnica à velocidade, o que lhe permite protagonizar jogadas notáveis e assistir os companheiros, que ontem, no entanto, não deram o melhor seguimento ao futebol que produziu. Apesar de todos estes dotes também ele não teve a eficácia desejada logo na primeiro lance da partida, desperdiçando um golo feito, que poderia ter modificado o cariz do encontro. Uma falha de somenos para quem respira criatividade e inventa constantemente soluções para o conjunto. Os vimaranenses acabaram a época a implorar pelas férias. Com o quarto lugar assegurado, não encontraram motivação para vencer o cansaço e a expulsão madrugadora de Cléber ajudou ainda menos. Valeram alguns pormenores de Pedro Mendes e Hugo Cunha e um assomo de irreverência na segunda parte para que a produção escapasse ao nulo. PALATSI - Não teve quaisquer responsabilidades nos golos sofridos, nem patenteou insegurança, mas também não fez uma única defesa digna de registo. CLÉBER - Cometeu três faltas, duas das quais escusadas (ambas sobre Fehér) e foi mais cedo para o banho. Esta expulsão madrugadora deitou por terra todas as aspirações vimaranenses na partida de ontem. RICARDO SILVA - O facto de o único ponta-de-lança utilizado pelo Benfica ter marcado três golos não abona a favor dos centrais vimaranenses. O número três do Vitória de Guimarães esteve, aliás, lento e foi pouco rigoroso na marcação. MARCO - Teve falhas semelhantes às de Ricardo Silva, agravadas com a falta de certeza demonstrada no capítulo do passe. BESSA - Sentiu grandes dificuldades de início na luta directa com Simão. Após a meia hora, com a entrada de Abel, passou a alinhar no flanco esquerdo, subindo de produção. Coincidência ou não, a verdade é que o lado direito do ataque benfiquista deixou de revelar o mesmo fulgor. RUI FERREIRA - Uma vítima das circunstâncias. Lutou no miolo, mas, nomeadamente no último quarto de hora da primeira parte, pouco podia fazer perante o caudal ofensivo do Benfica. ROGÉRIO MATIAS - Geovanni e Armando coloram-lhe a cabeça em água. Foi substituído à passagem da meia hora. PEDRO MENDES - Bem nas compensações defensivas e no passe à distância. Protagonista de um ou outro pormenor técnico delicioso, foi um dos jogadores mais irreverentes do segundo tempo, mas o futebol produzido teve poucos resultados práticos. HUGO CUNHA - Foi o menos profícuo dos criativos vimaranenses. Assistiu de forma brilhante Bessa, logo aos 7 minutos, e apagou-se de seguida. ROMEU - Desacompanhado na frente de ataque, constituiu uma presa fácil para a defesa benfiquista. Fugiu à marcação por uma única vez, já no segundo tempo, mas Bossio negou-lhe o golo com uma intervenção de excelente categoria. ABEL - Substituiu Rogério Matias, pouco depois da expulsão de Cléber. Entrou para o lado direito da defesa, fazendo com que Bessa derivasse para a esquerda. Em relação à cobertura dos flancos, o V. Guimarães ficou claramente a ganhar com esta mudança. Abel mostrou outra segurança perante Simão e, mais tarde, Drulovic, enquanto a subida de produção de Bessa também se tornou notória. FANGUEIRO - A entrada do avançado coincide com o período de maior irreverência do Vitória de Guimarães, que procurou o tento de honra já perto do final da partida. Teve o golo nos pés, mas também ele não conseguiu bater Bossio. LAELSON - Não teve grande influência na manobra ofensiva da equipa. Efectuou um remate por cima da barra.