Yaya Touré, estrela do Manchester City , fala ao DN sobre a hipótese de encontrar as águias nos quartos de final
Se perguntarem a todos os apurados para os quartos-de-final da Liga dos Campeões (o sorteio é amanhã) quais os adversários que gostariam agora de defrontar certamente que o Benfica será uma resposta óbvia, tal como o Wolfsburgo da Alemanha. Aliás, alguns jogadores e ex-futebolistas ligados a clubes como o Real Madrid, Atlético de Madrid ou PSG têm-no feito. Não é o caso de Yaya Touré, médio do Manchester City, outro dos apurados, que não desvaloriza as qualidades da equipa de Rui Vitória.
"É normal pensar-se que esta ou aquela equipa teoricamente será mais fácil, isso acontece quando não se está habituado a vê-las nestas fases. Se saísse o Benfica não iríamos ficar tristes, mas também não sorriria. Normalmente quando não se valoriza uma equipa o resultado final nunca é positivo. Nesta fase já não se pode escolher, não se pode ter preferências por esta ou aquela. Se queremos ganhar temos de vencer qualquer equipa. E seja o Benfica ou o Real Madrid, o Manchester City vai preparar o jogo com o mesmo profissionalismo", começou por dizer o médio ao DN na zona mista de imprensa após o empate (0-0, depois da vitória por 3-1 na Ucrânia) de terça-feira com o Dínamo de Kiev, para a Liga milionária, elogiando a formação das águias.
"Ninguém chega aos quartos-de-final de uma prova como a Liga dos Campeões apenas por sorte. São muitos jogos para ser apenas sorte. O Benfica, como todas as outras equipas que aqui chegaram, são muito fortes. Ainda recentemente chegaram a finais da Liga Europa, isso é sinal de quê? Sorte? Eliminaram agora uma equipa forte, como o Zenit, com duas vitórias. Chegaram a esta fase com todo o mérito e podem sonhar como qualquer outra equipa. Poderão não ser considerados favoritos, porque, como já referi, há outras equipas mais habituadas a estarem nestas fases, mas isso não quer dizer nada. De um momento para o outro qualquer equipa pode surpreender", referiu o internacional pela Costa do Marfim.
Questionado sobre os jogadores que mais admira na Luz, o africano relembra "os internacionais brasileiros Júlio César e Luisão", curiosamente ambos lesionados e em dúvida para os confrontos dos quartos-de-final. Não menciona à primeira a nova coqueluche do clube português, Renato Sanches, mas confrontado com o nome do médio, Yaya Touré refere que já ouviu falar bem do jovem de 18 anos.
Não o conheço bem, mas o nome dele tem sido bastante falado em Inglaterra. Portugal tem sempre jovens talentos, será certamente um dos jogadores mais perigosos, ainda que a equipa seja o mais importante, um jogador não faz nada sozinho", disse o médio de 32 anos, um dos futebolistas mais utilizados pelo treinador chileno Manuel Pellegrini no onze do Manchester City.
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