ZAHOVIC:"Jesualdo Ferreira agrada-me muito"

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O Jogo
De regresso a Portugal após uma passagem inglória por terras do Oriente, Zahovic vai procurar esquecer a má experiência do Mundial e o desentendimento com Katanec, e só pensa em ver o Benfica campeão. Incrédulo com a saída de Jankauskas, o esloveno mantém intacta a confiança nos responsáveis encarnados, elogiando a permanência de... Jesualdo Não foi feliz a estreia de Zahovic num Campeonato do Mundo. O camisola 10 foi substituído logo na primeira partida que a sua selecção disputou; envolveu-se num conflito com o seleccionador, Srecko Katanec, e foi afastado da formação eslovena. Para o médio-ofensivo, estas são águas passadas e o tempo é de descanso, sempre a pensar na próxima época e no emblema da águia. Surpreendido pela transferência de Jankauskas para o FC Porto (coube a O JOGO dar-lhe essa notícia em primeira mão), o ânimo do jogador não esmorece por isso, fruto da confiança que deposita no gestor para o futebol e nos demais responsáveis do clube. "Isso é mesmo verdade?! Fico muito surpreendido. Não tenho estado cá e não tenho conhecimento de nada, no entanto, confio totalmente nos responsáveis do clube. Acredito completamente em Luís Filipe Vieira e estou cem por cento do seu lado", asseverou, após se ter convencido de que a saída do ponta-de-lança lituano era mesmo uma realidade. Cinco passos em frente Aliás, o optimismo parece ser a palavra de ordem, sentimento justificado pela política que tem vindo ser adoptada pelo elenco gestor, no sentido de procurar manter a estrutura e a liderança do grupo. Segundo o "maestro" esloveno, estes são factores da maior importância, principalmente para premiar o bom trabalho reconhecido: "Agrada-me muito que Jesualdo Ferreira se mantenha como treinador. É fundamental dar valor a quem trabalha bem e tem qualidade." O atleta vai ainda mais longe, considerando que o clube da Luz se prepara para se adiantar à concorrência, dando um significativo salto no que ao nosso burgo diz respeito: "Ao manterem o plantel e o treinador os dirigentes do Benfica não estão a dar um, mas sim cinco passos em frente. Com o trabalho que os responsáveis têm feito, este é um avanço enorme para o clube no panorama do futebol português." O espírito demonstrado por Zahovic neste seu regresso a solo luso está patenteado na forma como encara a convivência com o brasileiro Roger: "Não o conheço, nem como pessoa nem como jogador, mas garanto que não vai haver concorrência e sim uma competitividade que é saudável para a equipa. Não interessa se joga o Roger, o Zahovic ou outro qualquer, o importante é pensarmos em ganhar o Campeonato." Continuando com o título como mote, o talentoso centrocampista assegura que as lesões que o impediram, na temporada recém-terminada, de dar o seu melhor contributo à equipa fazem parte do passado: "Nunca tinha tido tantos problemas físicos na minha carreira como tive esta época. Agora esses problemas estão completamente ultrapassados e a minha grande motivação é fazer uma grande época para poder ajudar o Benfica." Concentração precisa-se para derrotar a Coreia Interessado na evolução do Mundial, Zahovic não perdeu nenhum dos encontros da equipa das quinas. Desvalorizando a má prestação portuguesa na partida frente aos EUA, o jogador esloveno elogia a exibição de ontem com a Polónia e alerta para as dificuldades que a Coreia do Sul poderá criar. "A primeira derrota foi a consequência de um dia mau. Isso pode acontecer a qualquer um. Com a Polónia fizeram um grande jogo e mostraram aquilo que podem fazer. Portugal tem muito carácter e pode ganhar a qualquer equipa do Mundo. Para vencer a Coreia do Sul vão ter de jogar muito concentrados, pois eles jogam em casa e precisam apenas de empatar." No que concerne à sua selecção, o esloveno mantém o silêncio, esperando pela altura mais "oportuna" para relatar integralmente a sua versão dos acontecimentos que o opuseram ao seleccionador Srecko Katanec, um episódio que, à semelhança do ocorrido entre Roy Keane e Mick McCarthy, assinala, pela negativa, a prova mais importante do calendário mundial com a saída de duas estrelas da competição. No caso de Zahovic, já algo de semelhante se passara no Olympiakos, depois de Dusan Bajevic o ter substituído num jogo com o PAOK de Salónica. O treinador acabaria por abandonar o emblema helénico. Como defendeu Drulovic, "é tudo porque Zahovic gosta muito de jogar"...