Artur Moraes e Rui Patrício chegam ao "derby" em contextos bem diferentes. O guarda-redes do Benfica vive um período de alguma contestação e já tem arquivo de nomes apontados à baliza encarnada, como Júlio César, Carrasso e Forster. Já Rui Patrício gera unanimidade em Alvalade. A esperança dos adeptos é que o titular da selecção portuguesa permaneça no Sporting.
Tendo em conta este cenário, Nuno Santos, em entrevista à Renascença, considera que Patrício vai entrar bem mais tranquilo no clássico de sábado, apesar de estar convencido de que : "O Artur está sob pressão, devido aos resultados recentes e ao que aconteceu na época passada, já o Rui Patrício tem menos pressão e está mais calmo".
O guarda-redes formado no Sporting, e que esteve ligado ao clube durante 16 anos, pensa, no entanto, que "ambos vão mostrar as qualidades que possuem", no próximo "derby". Um jogo em que, na sua opinião, "o Sporting parte em vantagem, pelos resultados que tem obtido, pelo factor casa e também pelo facto do Benfica estar numa fase de transição".
A importância de manter Patrício
Nuno Santos estava no Sporting quando Rui Patrício fazia o caminho para a equipa principal e recorda quando "ele ia pedir luvas à Academia", não escondendo a felicidade pelo percurso que o "miúdo" acabou por fazer.
O dono da baliza do Sporting e da selecção nacional tem sido cobiçado por alguns clubes europeus, mas os dirigentes leoninos têm resistido às propostas. Nuno Santos confessa que gostaria que Rui Patrício continuasse, "porque é um homem da casa e tem a mística do Sporting". No entanto, reconhece que "se a venda fosse para encher os cofres seria bem-vinda".
O sonho de regressar
Aos 35 anos, Nuno Santos continua a sentir condições para prosseguir no activo, mas assume o sonho de "voltar ao Sporting, noutras funções". "Estive lá desde os 12 anos e gostaria de retribuir numa função diferente, integrando o staff ou nalguma função na Academia".
O guarda-redes está no Penafiel, onde é suplente de Coelho. Reconhece que, "em termos individuais [a experiência] não está a correr como esperava", mas continuar a "lutar diariamente para jogar".
Natural de Coimbra, Nuno Santos cedo se mudou para Alvalade. Além de ter integrado o plantel da equipa principal do Sporting foi, sucessivamente, emprestado a Lourinhanense, Estrela da Amadora, Penafiel e Vitória de Guimarães. Em 2007/08 rompeu uma ligação de 16 anos com os leões e vinculou-se, em definitivo, aos minhotos. Passou, depois, por Setúbal, Portimonense, Gil Vicente, Sporting da Covilhã e, na época passada, regressou a Penafiel.