«Derrota em Bruxelas foi mãe de muitas vitórias» - Álvaro Magalhães

Submetida por Andris em
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Álvaro Magalhães lembra-se bem do último jogo do Benfica com o Anderlecht, na Bélgica - pelas piores razões, porque a derrota atirou a equipa para fora da Champions e a equipa foi alvo de forte contestação, e pelas melhores, porque o fracasso contribuiu para fortalecer o grupo que viria a sagrar-se campeão nacional. Há nove anos, na segunda mão da terceira pré-eliminatória da competição, o Benfica perdeu por 0-3 e poucos anteciparam, então, que a época dos encarnados seria coroada de glória. O atual treinador do Tondela, adjunto de Giovanni Trapattoni na época 2004/05, puxa o filme atrás e fala a A BOLA de um «jogo difícil que estava controlado na primeira parte». Lembra que o central Argel sofreu um «golpe profundo na cabeça e teve de ser suturado com 16 pontos» e isso «afetou emocionalmente a equipa». O brasileiro «foi um campeão», mas não chegou para travar os três golos dos belgas. «Pagámos caro pelos erros. Mas o Anderlecht tinha uma equipa superior à atual e a nossa tinha grandes desequilíbrios», assinala. As consequências, curiosamente, acabaram por ser benéficas para o Benfica, depois de um período de turbulência. «Tentaram complicar a vida ao nosso treinador, mas não conheciam as pessoas que estavam ao lado dele. A estrutura não abanou. Houve duas reuniões e tive de intervir numa delas. A verdade é que o que se passou deu-nos alento, motivação e uniu o grupo. Uma derrota, às vezes, é a mãe de muitas vitórias. E essa contribuiu para a coesão da equipa e para a boa relação entre todos», argumenta Álvaro Magalhães.

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