Os último dias têm sido particularmente férteis no capítulo da sucessão de pressões- não raras vezes, verdadeiras ingerências na vida do Benfica - tentando condicionar a Direcção a que presido. Que não há decisões. Que não há liderança. Que isto. Que aquilo.
De uma vez por toda, que fique bem claro:
O presidente da Direcção do Sport Lisboa e Benfica não despacha assuntos. Resolve problemas. E resolve problemas, sempre em consciência e no seu tempo e não no tempo dos outros. O tempo que tomar por certo, depois de estudados e reflectidos, adequadamente, cada dossier, cada matéria, cada passo a dar.
Não merece a pena, sinceramente, continuarem por todos os meios, em várias frentes e bastidores, a tentar indicar-me o caminho. Sei muito por onde e para onde vou. E procuro sempre ir com o máximo possível de segurança.
E como se não bastassem os lobbies . e com eles, acreditem, posso eu bem, agora também temos Sua Ex.a. o MInistro do Desporto a dizer, entre outras coisas: "Era bo,m que o presidente do Benfica falasse de uma vez por todas. E que só falasse ele para se saber que faça".
Está sua Ex.a. o ministro a convovcar-me para lhe responder da mesma moeda - por exemplo, que a organização do Euro 2004, melhor dizendo, O Estado, não tem dinheiro para tão grande projecto; e por que não o tem, anda agora numa autêntica roda-viva a pressionar os clubes, a começar pelo Benfica, para se endividarem até mais não, em nome da...Nação.
Enfim passemos à síntese dos dossiers principais.
Estádio da Luz
Neste momento, tudo quanto acabei de dizer a respeito do cortejo de pressões vem justamente a propósito do dossier Estádio da Luz. A dar ouvidos a certas vozes, já estaria, não tenham dúvida, garantida a hipoteca definitiva do futuro do Benfica.
Relativamente ao Estádio, convirá recapitular os vários cenários, todos eles, insisto, ainda em aberto.
Hipótese A)
Não participar no Euro 2004, pura e simplesmente, e por várias razões.
desde logo, não é admissível, sem dinheiro, seguir o mau exemplo dp Estado que espera convidar os clubes a transformarem-se numa espécie de mecenas obrigatórios do próximo campeonato europeu.
Meus senhores, que não tem dinheiro não tem vícios.
Está é, de resto, opinião partilhada por um largo conjunto de benfiquistas, pragmáticos e realistas, que defendem um ponto final definitivo no endividamento do clube. Justamente por isso, a ser esta a opção a tomar, o nosso investimento recairá, por inteiro, na segurança dos espectadores.
É possível que os defensores desta hipótese estejam certos. Sinceramente é possível.
Hipótese B)
O melhoramento do Estádio, mera operação de cosmética ou "face lifting" tão em voga nos dias que correm, só para cenário de circunstância numa anunciada feira de vaidades.
Por certo, naturalmente motivado pelo seu orgulho em ser Benfiquista, há quem queira assistir a um evento desta grandeza e projecção no seu Estádio, considerando merecer a pena este compromisso em nome do país, fazendo-se, assim, a vontade ao Governo.
Convirá uma vez mais ter presente que o financiamento é da nossa responsabilidade e, como se sabe, isso para o SL Benfica não é comportável, não é sustentável.
Ainda assim, é possível que os defensores desta hipótese estejam certos. Sinceramente é possível.
Hipótese C)
A construção de um novo Estádio.
Também - e acima de tudo pelo seu benfiquismo, há quem defenda advogue o investimento num Estádio Moderno, verdadeiro bastião de um futuro que, afinal, todos desejamos.
Apesar do projecto existir e de ter sido já publicamente apresentado, não decorreu ainda tempo bastante tempo para, de forma sustentada e inequívoca, obtermos a devida resposta a duas questões cruciais e definitivas: o financiamento e a rentabilização do novo Estádio.
A cedência às pressões poderá resultar, inevitavelmente, também neste cenário, no agravamento irreparável da dívida do Sport Lisboa e Benfica.
Mas a exemplo dos cenários anteriores, é igualmente possível que os defensores desta hipóteses estejam certos. Sinceramente é possível.
Hipótese D)
O Estádio Municipal.
Esta é a hipótese, este é o cenário, que a minha razão aceita sem objecções, mas que o meu coração tende a rejeitar.
Importará, no entanto reflectir sobre algumas questões.
A Inter de Milão e a A.C. Milan, jogando no mesmo estádio, estádio municipal, não mantém, intactas, a sua história, a sua identidade própria, a sua rivalidade?...
A Lazio e a Roma, jogando no mesmo estádio, estádio municipal, não continuam a deliciar o mundo do futebol, a começar pelos seus fervorosos e rivais adeptos, com o grande derby da cidade eterna?...
E, tanto num caso noutro, cada um dos clubes, muito também pelo facto de estar aliviado de despesas relativas à manutenção dos respectivos estádios, não continua a apresentar equipas de futebol de primeiríssimo plano a nível mundial?...
Honestamente, estou convencido de que o Estádio Municipal constitui, por todas as razões aduzidas, a melhor opção para o futuro do Sport Lisboa e Benfica.
Mas se por falta de apoios não nos restar alternativas, cumpriremos o compromisso assumido com a UEFA de partir para a construção de um novo Estádio.
Sobre este assunto, uma última nota, só para dizer:
. O Município conhece a nossa posição;
. O Governo também;
. Os lobbies sabem que, connosco, não vale a pena insistir.
Relativamente ao novo Estádio, tenho dito:
E nem mais uma palavra a não ser, é obvio, aos sócios, em Assembleia Geral.
Dossier tão ou mais importante que o Estádio é o da Organização do Futebol.
Após a excelente operação financeira de aumento de capital da Benfica SAD, cabe agora nomear um Conselho de Administração, sem grandes alterações de fundo face à composição actual, mas que traduza, tão fielmente quanto possível, a expressão das várias representatividades em termos de distribuição do capital subscrito.
Para além do Clube Sport Lisboa e Benfica, accionistas maior da SAD, temos uma largada parceria, na qual contamos com os nossos sócios e simpatizantes e com inúmeros investidores que, numa natural e legítima perspectiva de valorização da sua carteira de investimentos, viram no Benfica uma excelente oportunidade.
Assim, no sentido de ajustar a composição do Conselho de Administração, face aos desenvolvimentos decorrentes do aumento de capital da Benfica SAD, foi dirigido o convite a Armando Vara, convite já aceite, para integrar a nova equipa gestora.
Para além deste e após a necessária ratificação em Assembleia Geral da SAD, eu próprio, como já disse repetidas vezes, assumirei a presidência do Conselho de Administração da SAD, e serei acompanhado pelos senhores DR. Tinoco de Faria, DR. Mário Negrão e António da Silva Gomes que desempenharão os seus cargos sem remuneração.
Finalmente, e para área do futebol, o Conselho de Administração da Benfica SAD ponderou e decidiu confiar a respectiva gestão do Sr. Luís Filipe Vieira, com plena autonomia de actuação (que não se confunda, como é costume com independência) e que trabalhará em estreita colaboração comigo próprio.
De uma vez por toda, que fique bem claro:
O presidente da Direcção do Sport Lisboa e Benfica não despacha assuntos. Resolve problemas. E resolve problemas, sempre em consciência e no seu tempo e não no tempo dos outros. O tempo que tomar por certo, depois de estudados e reflectidos, adequadamente, cada dossier, cada matéria, cada passo a dar.
Não merece a pena, sinceramente, continuarem por todos os meios, em várias frentes e bastidores, a tentar indicar-me o caminho. Sei muito por onde e para onde vou. E procuro sempre ir com o máximo possível de segurança.
E como se não bastassem os lobbies . e com eles, acreditem, posso eu bem, agora também temos Sua Ex.a. o MInistro do Desporto a dizer, entre outras coisas: "Era bo,m que o presidente do Benfica falasse de uma vez por todas. E que só falasse ele para se saber que faça".
Está sua Ex.a. o ministro a convovcar-me para lhe responder da mesma moeda - por exemplo, que a organização do Euro 2004, melhor dizendo, O Estado, não tem dinheiro para tão grande projecto; e por que não o tem, anda agora numa autêntica roda-viva a pressionar os clubes, a começar pelo Benfica, para se endividarem até mais não, em nome da...Nação.
Enfim passemos à síntese dos dossiers principais.
Estádio da Luz
Neste momento, tudo quanto acabei de dizer a respeito do cortejo de pressões vem justamente a propósito do dossier Estádio da Luz. A dar ouvidos a certas vozes, já estaria, não tenham dúvida, garantida a hipoteca definitiva do futuro do Benfica.
Relativamente ao Estádio, convirá recapitular os vários cenários, todos eles, insisto, ainda em aberto.
Hipótese A)
Não participar no Euro 2004, pura e simplesmente, e por várias razões.
desde logo, não é admissível, sem dinheiro, seguir o mau exemplo dp Estado que espera convidar os clubes a transformarem-se numa espécie de mecenas obrigatórios do próximo campeonato europeu.
Meus senhores, que não tem dinheiro não tem vícios.
Está é, de resto, opinião partilhada por um largo conjunto de benfiquistas, pragmáticos e realistas, que defendem um ponto final definitivo no endividamento do clube. Justamente por isso, a ser esta a opção a tomar, o nosso investimento recairá, por inteiro, na segurança dos espectadores.
É possível que os defensores desta hipótese estejam certos. Sinceramente é possível.
Hipótese B)
O melhoramento do Estádio, mera operação de cosmética ou "face lifting" tão em voga nos dias que correm, só para cenário de circunstância numa anunciada feira de vaidades.
Por certo, naturalmente motivado pelo seu orgulho em ser Benfiquista, há quem queira assistir a um evento desta grandeza e projecção no seu Estádio, considerando merecer a pena este compromisso em nome do país, fazendo-se, assim, a vontade ao Governo.
Convirá uma vez mais ter presente que o financiamento é da nossa responsabilidade e, como se sabe, isso para o SL Benfica não é comportável, não é sustentável.
Ainda assim, é possível que os defensores desta hipótese estejam certos. Sinceramente é possível.
Hipótese C)
A construção de um novo Estádio.
Também - e acima de tudo pelo seu benfiquismo, há quem defenda advogue o investimento num Estádio Moderno, verdadeiro bastião de um futuro que, afinal, todos desejamos.
Apesar do projecto existir e de ter sido já publicamente apresentado, não decorreu ainda tempo bastante tempo para, de forma sustentada e inequívoca, obtermos a devida resposta a duas questões cruciais e definitivas: o financiamento e a rentabilização do novo Estádio.
A cedência às pressões poderá resultar, inevitavelmente, também neste cenário, no agravamento irreparável da dívida do Sport Lisboa e Benfica.
Mas a exemplo dos cenários anteriores, é igualmente possível que os defensores desta hipóteses estejam certos. Sinceramente é possível.
Hipótese D)
O Estádio Municipal.
Esta é a hipótese, este é o cenário, que a minha razão aceita sem objecções, mas que o meu coração tende a rejeitar.
Importará, no entanto reflectir sobre algumas questões.
A Inter de Milão e a A.C. Milan, jogando no mesmo estádio, estádio municipal, não mantém, intactas, a sua história, a sua identidade própria, a sua rivalidade?...
A Lazio e a Roma, jogando no mesmo estádio, estádio municipal, não continuam a deliciar o mundo do futebol, a começar pelos seus fervorosos e rivais adeptos, com o grande derby da cidade eterna?...
E, tanto num caso noutro, cada um dos clubes, muito também pelo facto de estar aliviado de despesas relativas à manutenção dos respectivos estádios, não continua a apresentar equipas de futebol de primeiríssimo plano a nível mundial?...
Honestamente, estou convencido de que o Estádio Municipal constitui, por todas as razões aduzidas, a melhor opção para o futuro do Sport Lisboa e Benfica.
Mas se por falta de apoios não nos restar alternativas, cumpriremos o compromisso assumido com a UEFA de partir para a construção de um novo Estádio.
Sobre este assunto, uma última nota, só para dizer:
. O Município conhece a nossa posição;
. O Governo também;
. Os lobbies sabem que, connosco, não vale a pena insistir.
Relativamente ao novo Estádio, tenho dito:
E nem mais uma palavra a não ser, é obvio, aos sócios, em Assembleia Geral.
Dossier tão ou mais importante que o Estádio é o da Organização do Futebol.
Após a excelente operação financeira de aumento de capital da Benfica SAD, cabe agora nomear um Conselho de Administração, sem grandes alterações de fundo face à composição actual, mas que traduza, tão fielmente quanto possível, a expressão das várias representatividades em termos de distribuição do capital subscrito.
Para além do Clube Sport Lisboa e Benfica, accionistas maior da SAD, temos uma largada parceria, na qual contamos com os nossos sócios e simpatizantes e com inúmeros investidores que, numa natural e legítima perspectiva de valorização da sua carteira de investimentos, viram no Benfica uma excelente oportunidade.
Assim, no sentido de ajustar a composição do Conselho de Administração, face aos desenvolvimentos decorrentes do aumento de capital da Benfica SAD, foi dirigido o convite a Armando Vara, convite já aceite, para integrar a nova equipa gestora.
Para além deste e após a necessária ratificação em Assembleia Geral da SAD, eu próprio, como já disse repetidas vezes, assumirei a presidência do Conselho de Administração da SAD, e serei acompanhado pelos senhores DR. Tinoco de Faria, DR. Mário Negrão e António da Silva Gomes que desempenharão os seus cargos sem remuneração.
Finalmente, e para área do futebol, o Conselho de Administração da Benfica SAD ponderou e decidiu confiar a respectiva gestão do Sr. Luís Filipe Vieira, com plena autonomia de actuação (que não se confunda, como é costume com independência) e que trabalhará em estreita colaboração comigo próprio.