Hóquei em Patins Feminino 2018/2019

TeamRocket37

Citação de: Nate em 19 de Fevereiro de 2019, 16:15
os meus olhos não viram nada, mas com quem falei garantiu-me que o jogo foi um gamanço dos antigos...
agora digam-me... se não fosse esse gamanço o paulo almeida era assim tão contestado? a estrutura tão contestada?
nem parece o mesmo fórum que há uns meses organizou uma petição para as pequenas irem à argentina. agora já está tudo mal.

Nate as críticas ao Paulo Almeida já veem há muito tempo atrás, a equipa só rendeu quando o Toni dava os treinos isso foi há uns anos atrás.
Só que agora, as constantes derrotas lá fora veio acelerar ainda mais as criticas.

Nate

Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:20
Citação de: Nate em 19 de Fevereiro de 2019, 16:17
outra coisa, o campeonato para o ano deve passar a ser só uma série (está a ser estudado) acabando primeira e segunda fase e o sporting já tem apalavrado duas jogadoras que jogam no campeonato espanhol para reforçar a equipa, uma delas até jogou contra o Benfica no último fim-de-semana. isso é do conhecimento público de quem acompanha mais por dentro o feminino e aqui deve haver quem saiba de certeza.

Deste que não seja a Adriana Gutierrez, nenhuma do Voltregá me mete medo.

então prepara-te que está 90% certa nos lagartos, pensei que sabias isso

TeamRocket37

Citação de: Nate em 19 de Fevereiro de 2019, 16:22
Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:20
Citação de: Nate em 19 de Fevereiro de 2019, 16:17
outra coisa, o campeonato para o ano deve passar a ser só uma série (está a ser estudado) acabando primeira e segunda fase e o sporting já tem apalavrado duas jogadoras que jogam no campeonato espanhol para reforçar a equipa, uma delas até jogou contra o Benfica no último fim-de-semana. isso é do conhecimento público de quem acompanha mais por dentro o feminino e aqui deve haver quem saiba de certeza.

Deste que não seja a Adriana Gutierrez, nenhuma do Voltregá me mete medo.

então prepara-te que está 90% certa nos lagartos, pensei que sabias isso

Grande reforço para eles se confirmar.
Ela é uma aventureira, há uns tempos, disse que seria das poucas argentinas que aceitava uma proposta nossa, porque já jogou em vários países.

TeamRocket37

Citação de: Slb23 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:21
Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:18
23 eu contino na minha, que o Benfica deve ter 2 gr que sejam opções para entrar em qualquer encontro.
Tu imaginas uma lesão do Pedro numa final da liga europeia contra o Barcelona e entrar o Tuga Barros!? Nem quero pensar nisso sequer, que dá-me calafrios.

Em relação a essa jogador italiano que mencionas, é grande jogador, carregou a itália no europeu, o porto levou o jogador engando, apesar do Cocco ser um bom jogador.
Eu gosto do Marco, acho-o um bom GR. Se é excelente? Não, não é mas já viste os GR suplentes dos rivais? Só perdemos para o Porto e mesmo assim na próxima temporada será equilibrado...Para mim é um problema menor, preocupa-me muito mais a gestão dos jogadores de campo.

O Cocco é bom jogador mas não vale o que achavam que valia, eu na altura alertei para isso...

Claro que há problemas mais graves pra resolver, que o 2º gr.
Continuo achar que sacar o Diogo Alves era uma grande movimentação de mercado.

Em relação ao Cocco, acho que temos de esperar mais tempo, para ver o que vale, um pouco com ferran font.

Nate

vão fazer uma equipa a sério.
o Benfica que se ponha fino.

eu não sou amigo de "matar" o paulo almeida na internet porque não sei quem tem vontade e acima de tudo um sentido de compromisso tão grande para com o feminino como ele. qualquer treinador gostaria de treinar com o ambiente da final4 no ano passado ou no aldo cantoni este ano. mas quem gostaria de treinar a equipa contra o estremoz e o nafarros?

Slb23

Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:25
Citação de: Slb23 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:21
Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:18
23 eu contino na minha, que o Benfica deve ter 2 gr que sejam opções para entrar em qualquer encontro.
Tu imaginas uma lesão do Pedro numa final da liga europeia contra o Barcelona e entrar o Tuga Barros!? Nem quero pensar nisso sequer, que dá-me calafrios.

Em relação a essa jogador italiano que mencionas, é grande jogador, carregou a itália no europeu, o porto levou o jogador engando, apesar do Cocco ser um bom jogador.
Eu gosto do Marco, acho-o um bom GR. Se é excelente? Não, não é mas já viste os GR suplentes dos rivais? Só perdemos para o Porto e mesmo assim na próxima temporada será equilibrado...Para mim é um problema menor, preocupa-me muito mais a gestão dos jogadores de campo.

O Cocco é bom jogador mas não vale o que achavam que valia, eu na altura alertei para isso...

Claro que há problemas mais graves pra resolver, que o 2º gr.
Continuo achar que sacar o Diogo Alves era uma grande movimentação de mercado.

Em relação ao Cocco, acho que temos de esperar mais tempo, para ver o que vale, um pouco com ferran font.

O Font é outro nível claramente não desfazendo do Cocco.

O Diogo é bom GR, duvido que aceite regressar.

Bombastic

Citação de: FaithNoMore em 19 de Fevereiro de 2019, 16:19
E sinceramente existe outra grande questão senão a principal,estão aqui meia duzia de pessoas a falar e debater sobre hoquei feminino ou mesmo desporto feminino no Benfica,qual a média de espectadores no pavilhão?seja hoquei ou futsal?já nem vou ao basket porque aí não lutamos pelo titulo,mas uma equipa que foi campeã europeia quantos adeptos mete no pavilhão?os dirigentes vão fazer algum forcing junto de quem de direito para puxar uma suposta renovação para valores mais altos ou ir a algum país contratar jogadoras?numa modalidade com o pavilhao às moscas?não podemos esperar tambem esse esforço porque meia duzia falam disso neste forum,e contra mim falo porque não concebo o Benfica nalguma modalidade a não lutar pelo titulo mas depois vejo os pavilhoes e estão lá as miudas a jogar para cadeiras vazias,se calhar quem manda acha que os benfiquistas estao a borrifar-se se temos ou nao competitividade.

Poderia estar a falar, como muitos, da necessária reforma das competições em hóquei e futsal feminino (sinceramente, quem irá deslocar-se para um Benfica-Tojal às 22h?). O problema, amigo FNM, é que a deserção dos pavilhões também afecta as equipas masculinas. Basta ver o jogo contra o Belgorod, que, em termos de assistência, tem sido tão vergonhoso como o resultado tem sido histórico. O problema é transversal, com uma mistura de falta de comunicação em relação aos pavilhões, de falta de cultura desportiva e de muitas outras coisas. Mas tal como nos masculinos, a resposta não deve nem pode ser, "se isso não interessa ninguém, deixemos isso de lado". Tem o Benfica que assumir a tarefa de animar o pessoal a regressar aos pavilhões. Quer para as suas equipas masculinas, quer para as suas equipas femininas.

TeamRocket37

Citação de: Slb23 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:27
Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:25
Citação de: Slb23 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:21
Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:18
23 eu contino na minha, que o Benfica deve ter 2 gr que sejam opções para entrar em qualquer encontro.
Tu imaginas uma lesão do Pedro numa final da liga europeia contra o Barcelona e entrar o Tuga Barros!? Nem quero pensar nisso sequer, que dá-me calafrios.

Em relação a essa jogador italiano que mencionas, é grande jogador, carregou a itália no europeu, o porto levou o jogador engando, apesar do Cocco ser um bom jogador.
Eu gosto do Marco, acho-o um bom GR. Se é excelente? Não, não é mas já viste os GR suplentes dos rivais? Só perdemos para o Porto e mesmo assim na próxima temporada será equilibrado...Para mim é um problema menor, preocupa-me muito mais a gestão dos jogadores de campo.

O Cocco é bom jogador mas não vale o que achavam que valia, eu na altura alertei para isso...

Claro que há problemas mais graves pra resolver, que o 2º gr.
Continuo achar que sacar o Diogo Alves era uma grande movimentação de mercado.

Em relação ao Cocco, acho que temos de esperar mais tempo, para ver o que vale, um pouco com ferran font.

O Font é outro nível claramente não desfazendo do Cocco.

O Diogo é bom GR, duvido que aceite regressar.

Font é de outro nível.
Mas antes de vir, o Cocco tinha mais impacto no Lodi e na selecção do que Font.
Era nesse sentido as minhas palavras.

Diogo não aceita vir apenas para limpar capacetes, teria de ter utilização em vários jogos.

Nate

os defeitos da equipa são evidentes, não temos uma atleta que remate de longe, a rita podia ser essa jogadora mas mal sai da área e isso acredito que seja uma indicação que vem do banco. tb me parece estar mais pesada que há alguns anos atrás, mas isso acontece ainda para mais não sendo atletas profissionais.
como já disseram o plano de jogo é a Marlene a fazer de messi e que resolva.
disseram-me que a arxé quase não jogou em espanha mas isso talvez tenha a ver com a lesão dela, mas do outro lado tb estava uma atleta que aparentemente estava lesionada, as nossas jogadoras sabiam disso, e jogou o jogo quase todo pelo voltrega.


e carlsberg tens razao, quando o toni dava os treinos as coisas acabavam por ser diferentes, mas infelizmente é o que temos e n acredito que seja alteravel nos proximos tempos até o sporting começar a ganhar

TeamRocket37

#3429
http://hoqueipt.com/artigo.aspx?id=2690&fbclid=IwAR1ITR-920Y_cGVR4L2crGkgsIBMxNOJb2n4B9gUE4A-8BRogiL2qQGoGqk

Ainda nós nos queixamos...

Arranca este fim-de-semana o campeonato italiano feminino... com apenas quatro equipas.

Longe das 14 equipas da OK Liga Feminina ou das 14 que disputam a primeira fase em Portugal e, certamente, a invejar as oito equipas da Bundesliga (Alemanha) ou as sete da N1 Féminines (França), a federação italiana organiza o campeonato italiano com quatro equipas, já depois de alargar o prazo de inscrições e de permitir que pudesse ser disputado por atletas com apenas 13 anos feitos.

Inscritas para a disputa do "scudetto" estão as equipas de Montebello, Pesaro e duas de Matera, o Falchi Matera e o Hockey Pista Matera, esta a defender o título conquistado em 2018.

A prova "sui generis" será disputada em duas fases. Numa primeira fase, haverá quatro "concentrações", com cada uma das quatro equipas como anfitriãs, sendo disputado, em cada uma das concentrações, um "mini-campeonato" a uma volta, de seis jogos, entre as participantes.

A segunda fase, que decide o título, será uma Final Four – a 8 e 9 de Junho – com as quatro equipas, sendo que a classificação geral das quatro concentrações determinará os confrontos das meias-finais.

A primeira "concentração" do campeonato tem lugar este fim-de-semana, em Pesaro, e define o ordenamento para a Coppa Italia, que se disputa a 2 e 3 de Março, em Trissino, a par das masculinas Coppa Italia e Coppa Italia A2. As outras três "concentrações" desta primeira fase do campeonato ainda não estão agendadas.

No histórico do campeonato italiano, destacam-se duas equipas de Molfetta: as Skaters, com sete títulos, e as Ragazze, com quatro. O Estrelas Molfetta foi a última equipa italiana nas competições europeias (em 2017/18).

A competição feminina arrancou em Itália em 1986 e em 2002, 2007 e 2008 realizaram-se apenas torneios promocionais, prenúncio do que estaria para acontecer. Entre 2008 e 2012 não houve competição, regressando com seis equipas e com dificuldades em ganhar fulgor.

Na pretérita temporada, a prova foi delineada com cinco equipas inscritas, mas Molfetta, Breganze e HC Matera retiraram-se ainda antes do arranque e, das 10 jornadas previstas, disputar-se-iam apenas um jogo da 5ª jornada e um jogo da 10ª jornada. O Hockey Pista Matera venceu as duas partidas frente ao Pesaro, por 4-0 e 2-9, e sagrou-se campeão.

A falta de competição dificultará de sobremaneira a tarefa de Massimo Giudice, seleccionador italiano. Apurada para a disputa do título mundial em Barcelona, nos World Roller Games do próximo mês de Julho, a Itália dificilmente estará à altura das selecções vice-campeãs do Mundo em 1992 e 1996 ou campeãs da Europa em 1991 e 1993.

Erika Ghirardello, Pamela Lapolla e Giulia Galeassi, todas do Las Rozas, da OK Liga Feminina, serão as mais valias das "Azzurre", sendo que Galeassi, melhor marcadora transalpina no Europeu da Mealhada, esteve em foco no início do mês... mas não por bons motivos.

Frente ao Voltregà, num jogo em que até assinou dois golos (é a quinta melhor marcadora em Espanha com 19), Galeassi embateu – num lance casual - com a face contra a tabela, tendo de ser suturada com 40 pontos, o que relançou o debate sobre o uso de capacete.


FaithNoMore

Citação de: Carlsberg87 em 19 de Fevereiro de 2019, 16:32
http://hoqueipt.com/artigo.aspx?id=2690&fbclid=IwAR1ITR-920Y_cGVR4L2crGkgsIBMxNOJb2n4B9gUE4A-8BRogiL2qQGoGqk

Ainda nós nos queixamos...

Arranca este fim-de-semana o campeonato italiano feminino... com apenas quatro equipas.

Longe das 14 equipas da OK Liga Feminina ou das 14 que disputam a primeira fase em Portugal e, certamente, a invejar as oito equipas da Bundesliga (Alemanha) ou as sete da N1 Féminines (França), a federação italiana organiza o campeonato italiano com quatro equipas, já depois de alargar o prazo de inscrições e de permitir que pudesse ser disputado por atletas com apenas 13 anos feitos.

Inscritas para a disputa do "scudetto" estão as equipas de Montebello, Pesaro e duas de Matera, o Falchi Matera e o Hockey Pista Matera, esta a defender o título conquistado em 2018.

A prova "sui generis" será disputada em duas fases. Numa primeira fase, haverá quatro "concentrações", com cada uma das quatro equipas como anfitriãs, sendo disputado, em cada uma das concentrações, um "mini-campeonato" a uma volta, de seis jogos, entre as participantes.

A segunda fase, que decide o título, será uma Final Four – a 8 e 9 de Junho – com as quatro equipas, sendo que a classificação geral das quatro concentrações determinará os confrontos das meias-finais.

A primeira "concentração" do campeonato tem lugar este fim-de-semana, em Pesaro, e define o ordenamento para a Coppa Italia, que se disputa a 2 e 3 de Março, em Trissino, a par das masculinas Coppa Italia e Coppa Italia A2. As outras três "concentrações" desta primeira fase do campeonato ainda não estão agendadas.

No histórico do campeonato italiano, destacam-se duas equipas de Molfetta: as Skaters, com sete títulos, e as Ragazze, com quatro. O Estrelas Molfetta foi a última equipa italiana nas competições europeias (em 2017/18).

A competição feminina arrancou em Itália em 1986 e em 2002, 2007 e 2008 realizaram-se apenas torneios promocionais, prenúncio do que estaria para acontecer. Entre 2008 e 2012 não houve competição, regressando com seis equipas e com dificuldades em ganhar fulgor.

Na pretérita temporada, a prova foi delineada com cinco equipas inscritas, mas Molfetta, Breganze e HC Matera retiraram-se ainda antes do arranque e, das 10 jornadas previstas, disputar-se-iam apenas um jogo da 5ª jornada e um jogo da 10ª jornada. O Hockey Pista Matera venceu as duas partidas frente ao Pesaro, por 4-0 e 2-9, e sagrou-se campeão.

A falta de competição dificultará de sobremaneira a tarefa de Massimo Giudice, seleccionador italiano. Apurada para a disputa do título mundial em Barcelona, nos World Roller Games do próximo mês de Julho, a Itália dificilmente estará à altura das selecções vice-campeãs do Mundo em 1992 e 1996 ou campeãs da Europa em 1991 e 1993.

Erika Ghirardello, Pamela Lapolla e Giulia Galeassi, todas do Las Rozas, da OK Liga Feminina, serão as mais valias das "Azzurre", sendo que Galeassi, melhor marcadora transalpina no Europeu da Mealhada, esteve em foco no início do mês... mas não por bons motivos.

Frente ao Voltregà, num jogo em que até assinou dois golos (é a quinta melhor marcadora em Espanha com 19), Galeassi embateu – num lance casual - com a face contra a tabela, tendo de ser suturada com 40 pontos, o que relançou o debate sobre o uso de capacete.

Tristeza

Dr.Lecter

Citação de: Bombastic em 19 de Fevereiro de 2019, 16:28
Citação de: FaithNoMore em 19 de Fevereiro de 2019, 16:19
E sinceramente existe outra grande questão senão a principal,estão aqui meia duzia de pessoas a falar e debater sobre hoquei feminino ou mesmo desporto feminino no Benfica,qual a média de espectadores no pavilhão?seja hoquei ou futsal?já nem vou ao basket porque aí não lutamos pelo titulo,mas uma equipa que foi campeã europeia quantos adeptos mete no pavilhão?os dirigentes vão fazer algum forcing junto de quem de direito para puxar uma suposta renovação para valores mais altos ou ir a algum país contratar jogadoras?numa modalidade com o pavilhao às moscas?não podemos esperar tambem esse esforço porque meia duzia falam disso neste forum,e contra mim falo porque não concebo o Benfica nalguma modalidade a não lutar pelo titulo mas depois vejo os pavilhoes e estão lá as miudas a jogar para cadeiras vazias,se calhar quem manda acha que os benfiquistas estao a borrifar-se se temos ou nao competitividade.

Poderia estar a falar, como muitos, da necessária reforma das competições em hóquei e futsal feminino (sinceramente, quem irá deslocar-se para um Benfica-Tojal às 22h?). O problema, amigo FNM, é que a deserção dos pavilhões também afecta as equipas masculinas. Basta ver o jogo contra o Belgorod, que, em termos de assistência, tem sido tão vergonhoso como o resultado tem sido histórico. O problema é transversal, com uma mistura de falta de comunicação em relação aos pavilhões, de falta de cultura desportiva e de muitas outras coisas. Mas tal como nos masculinos, a resposta não deve nem pode ser, "se isso não interessa ninguém, deixemos isso de lado". Tem o Benfica que assumir a tarefa de animar o pessoal a regressar aos pavilhões. Quer para as suas equipas masculinas, quer para as suas equipas femininas.

A presença de espectadores é um problema de mentalidade e resolve-se na base. Nas crianças, nas escolas. Há 20 anos ninguém fazia reciclagem. Hoje, a mensagem começa na escola e são os próprios miúdos a consciencializar os pais para essa necessidade.

Aqui é igual. O Benfica só se pode desenvolver e ser competitivo à sua dimensão se o contexto onde se insere também for forte. E se quem de direito (Governo, AR, Federações e demais clubes) não se mexe, então o Benfica, antes de se lançar a investir, deve ser o agente impulsionador dessa mudança.

A (des)organização do desporto escolar e universitário é confrangedora. Falo por mim, que abandonei a modalidade que praticava aos 21 anos porque me fartei de me fazer 120kms duas ou três vezes durante a semana para vir treinar a casa e voltar para a faculdade. Se tivesse desporto universitário como deve ser se calhar podia substituir uma dessas viagens por um treino ou dois na cidade onde estudei.

E desporto escolar? Quando andei na escola havia ténis de mesa. Os professores de educação física não percebiam ponta daquilo, mas como era só montar as mesas e estar ali sentados a ver passar comboios à espera que tocasse era fácil. E o clube onde jogava tinha dificuldade extrema em captar miúdos para o andebol, sendo que o pavilhão onde treinava e jogava era..o mesmo (!!!). Isto é inconcebível num país que se preocupe com o desporto e até com a saúde dos miúdos.

Isto para dizer que quantos mais miúdos praticarem desporto, mais pais vais ter a assistir, mais a comunidade se vai ligar com os clubes e por aí em diante. É uma questão de mudança de mentalidades que tem de se trabalhar de base. E depois, nas escolas, tem de se dizer aos paizinhos que sim, DEVEM acompanhar os filhos e vê-los jogar. Havia montes de colegas meus que nunca tiveram ninguém a ver os jogos nas bancadas. Nem pai, nem mãe, nem tio, nem o cão. Durante anos a fio.

Mas novamente para dizer que o Benfica, por si ou em conjunto com outros clubes/federações, pelo peso que tem na sociedade e a influência que gera quando toma posições de fundo, pode (e deve, creio) apresentar propostas, impulsionar, liderar um processo de mudança que só o irá beneficiar no futuro.

Bombastic

#3433
Citação de: Dr.Lecter em 19 de Fevereiro de 2019, 16:54
Citação de: Bombastic em 19 de Fevereiro de 2019, 16:28
Citação de: FaithNoMore em 19 de Fevereiro de 2019, 16:19
E sinceramente existe outra grande questão senão a principal,estão aqui meia duzia de pessoas a falar e debater sobre hoquei feminino ou mesmo desporto feminino no Benfica,qual a média de espectadores no pavilhão?seja hoquei ou futsal?já nem vou ao basket porque aí não lutamos pelo titulo,mas uma equipa que foi campeã europeia quantos adeptos mete no pavilhão?os dirigentes vão fazer algum forcing junto de quem de direito para puxar uma suposta renovação para valores mais altos ou ir a algum país contratar jogadoras?numa modalidade com o pavilhao às moscas?não podemos esperar tambem esse esforço porque meia duzia falam disso neste forum,e contra mim falo porque não concebo o Benfica nalguma modalidade a não lutar pelo titulo mas depois vejo os pavilhoes e estão lá as miudas a jogar para cadeiras vazias,se calhar quem manda acha que os benfiquistas estao a borrifar-se se temos ou nao competitividade.

Poderia estar a falar, como muitos, da necessária reforma das competições em hóquei e futsal feminino (sinceramente, quem irá deslocar-se para um Benfica-Tojal às 22h?). O problema, amigo FNM, é que a deserção dos pavilhões também afecta as equipas masculinas. Basta ver o jogo contra o Belgorod, que, em termos de assistência, tem sido tão vergonhoso como o resultado tem sido histórico. O problema é transversal, com uma mistura de falta de comunicação em relação aos pavilhões, de falta de cultura desportiva e de muitas outras coisas. Mas tal como nos masculinos, a resposta não deve nem pode ser, "se isso não interessa ninguém, deixemos isso de lado". Tem o Benfica que assumir a tarefa de animar o pessoal a regressar aos pavilhões. Quer para as suas equipas masculinas, quer para as suas equipas femininas.

A presença de espectadores é um problema de mentalidade e resolve-se na base. Nas crianças, nas escolas. Há 20 anos ninguém fazia reciclagem. Hoje, a mensagem começa na escola e são os próprios miúdos a consciencializar os pais para essa necessidade.

Aqui é igual. O Benfica só se pode desenvolver e ser competitivo à sua dimensão se o contexto onde se insere também for forte. E se quem de direito (Governo, AR, Federações e demais clubes) não se mexe, então o Benfica, antes de se lançar a investir, deve ser o agente impulsionador dessa mudança.

A (des)organização do desporto escolar e universitário é confrangedora. Falo por mim, que abandonei a modalidade que praticava aos 21 anos porque me fartei de me fazer 120kms duas ou três vezes durante a semana para vir treinar a casa e voltar para a faculdade. Se tivesse desporto universitário como deve ser se calhar podia substituir uma dessas viagens por um treino ou dois na cidade onde estudei.

E desporto escolar? Quando andei na escola havia ténis de mesa. Os professores de educação física não percebiam ponta daquilo, mas como era só montar as mesas e estar ali sentados a ver passar comboios à espera que tocasse era fácil. E o clube onde jogava tinha dificuldade extrema em captar miúdos para o andebol, sendo que o pavilhão onde treinava e jogava era..o mesmo (!!!). Isto é inconcebível num país que se preocupe com o desporto e até com a saúde dos miúdos.

Isto para dizer que quantos mais miúdos praticarem desporto, mais pais vais ter a assistir, mais a comunidade se vai ligar com os clubes e por aí em diante. É uma questão de mudança de mentalidades que tem de se trabalhar de base. E depois, nas escolas, tem de se dizer aos paizinhos que sim, DEVEM acompanhar os filhos e vê-los jogar. Havia montes de colegas meus que nunca tiveram ninguém a ver os jogos nas bancadas. Nem pai, nem mãe, nem tio, nem o cão. Durante anos a fio.

Mas novamente para dizer que o Benfica, por si ou em conjunto com outros clubes/federações, pelo peso que tem na sociedade e a influência que gera quando toma posições de fundo, pode (e deve, creio) apresentar propostas, impulsionar, liderar um processo de mudança que só o irá beneficiar no futuro.

Concordo totalmente com este aspecto fundamental, embora não esgote os restantes (entre outros, a valorização das ditas "modalidades", não só no seio do Benfica, mas também fora, na CS e nas instituições desportivas).

O facto é que um dos problemas centrais de Portugal em relação ao desporto, que não deixa de ser paradoxal num país de futebol como o nosso, é que temos o mais baixo nível de prática desportiva a nível de escolares na Europa.

E apesar da febre que existe acerca do fitness e das corridas, imagino que também estaremos no fundo da tabela em relação à prática desportiva nas faixas etárias mais elevadas.

Promover o desporto como uma actividade central nas nossas vidas, importante tanto a nível de saúde como de relações sociais e comunitárias, seria um passo importante tanto para o desenvolvimento do desporto em geral como enquanto actividade profissional reconhecida como tal, com os seus correspondentes percursos de profissionalização.

本菲卡

#3434
Sinceramente, acho que nunca vamos resolver esse problema da militância nas modalidades. Aliás, acho que a tendência é cada vez piorar mais.

Basta olhar para as bancadas no pavilhão que, tirando algumas excepções, são compostas por gente de uma faixa etária elevada, quando o que se devia ver mais era miúdos praticantes e apaixonados pelas diferentes modalidades. É preciso todo um trabalho de base (a começar nas escolas), que não tem sido feito, para incentivar os miúdos à prática de desporto e consequente aumento de cultura desportiva.

E eu próprio sinto muito isso. Cada vez que tento levar um amigo às modalidades, é raro aquele que quer ir ou que expressa um mínimo de interesse. Se for para o futebol, lá vai o pessoal para o estádio todo contente demonstrar a sua clubite. E digo clubite porque são poucos os que gostam do desporto em si (seja futebol, andebol, basket...), eles gostam é do mediatismo que o futebol dá e que não existe num pavilhão de 1500 pessoas.

Perante esta situação, a questão que se coloca é: quem é que convence um miúdo de 16 ou 17 anos, com 0 de cultura desportiva, numa quarta-feira à tarde, a sair de casa, apanhar frio, largar o computador ou outra coisa qualquer e ir ver um Benfica-Belgorod em voleibol? Infelizmente, ninguém.

Eu por acaso tive a sorte de ter um pai que me começou a levar às modalidades desde os 7 ou 8 anos e que me fez apaixonar desde cedo pelo Benfica e ter vontade de seguir as modalidades de perto, mas isso pode não acontecer com toda a gente, pelo que é preciso que alguém eduque os jovens desportivamente.

Mas atenção, porque este problema estende-se a outras áreas: os portugueses são, em geral, um povo com pouca cultura. Seja ela literária, musical, desportiva ou de outro tipo qualquer. Depois tem-se exposições de arte vazias e pavilhões às moscas.