Vitórias e Património

Messi87



dfernandes



Vitórias e Património - Episódio 51: "Bayer Leverkusen 4 - Benfica 4" disponível para download AQUI.

poliban

Brutal, um dos melhores jogos que vi até hoje.

Jack Bauer

Estou a ver o programa. Estou quase a chorar.


Lembro-me disto como se fosse ontem.


Volta Benfica

dfernandes

Grande programa o desta semana.

Lembro-me como se fosse ontem desta partida.

A primeira parte foi pouco movimentada, com o Bayer sempre mais perigoso, e nós a jogar em contra ataque. Podíamos ter feito golos nesse período, mas também podíamos ter sofrido vários, com destaque para uma bola ao poste dos alemães quando já havia 1-0, depois de um nó cego a um dos centrais ou ao Abel Xavier (já não me recordo).

Na segunda parte, o Bayer começou melhor, fez o 2-0 com naturalidade, e a eliminatória parecia perdida. Até que...

Num ápice tudo mudou. O Benfica, que tinha sido incapaz de criar grande perigo durante cerca de 60 minutos marca 2 golos em 2 minutos. Para que vejam a rapidez com que tudo aconteceu, na transmissão da RTP tivemos o golo do Abel Xavier, várias repetições, e quando o directo recomeça é canto e golo de João Pinto, e empate, com vantagem nossa.

A seguir ao 2-2, o jogo continuou inconstante, com 2 equipas sem grandes cuidados defensivos. Aqui que ninguém nos houve, a defesa do Benfica nesse jogo foi um autêntico passador, Neno incluído.

Por isso, mesmo depois de Kulkov fazer o 2-3 numa jogada de puro contra ataque, o Benfica não tranquilizou, e continuou a somar erros defensivos e concedeu o 3-3 e o 4-3, em jogadas algo infantis e que hoje seriam bem mais destacadas e comentadas do que foram na altura.

Ainda assim, o Benfica tinha uma equipa repleta de experiência, e as carências que apresentava (e eram várias) eram superadas pela capacidade de esforço colectivo e bastante talento individual. E, por isso mesmo, a 7 ou 8 minutos do fim, Kulkov faz o seu 2º golo no jogo, mais uma vez em contra-ataque com excelente jogada de JVP, e decide a eliminatória a nosso favor.

Apesar de todos os erros que fui nomeando, assistimos a um jogo verdadeiramente épico, um verdadeiro hino ao futebol ofensivo, uma daquelas partidas que nos faz gostar ainda mais este desporto fascinante. Eu já era maluco pelo Benfica nessa altura, mas essa partida marcou-me muito enquanto adepto do "beautiful game".

Sem dúvida, uma noite para recordar durante séculos. Que venham muitas mais destas, e muitos "Vitórias e Património" para as imortalizar.

Shoky

Fabuloso jogo...podia ter sido o grande jogo da conquista da Taça das Taças...
Mas Neno abriu a capoeira em Parma e fodeu...

Incrivel como um equipão desses tinha um Neno na baliza.

dfernandes

#712
Citação de: Shoky em 13 de Outubro de 2011, 12:43
Fabuloso jogo...podia ter sido o grande jogo da conquista da Taça das Taças...
Mas Neno abriu a capoeira em Parma e fodeu...

Incrivel como um equipão desses tinha um Neno na baliza.

Mesmo. O Preud'homme chegou uns anos atrasado, claramente.

Dizes que o Neno abriu a capoeira em Parma, e de facto abriu, porque saiu mal ao cruzamento, e fez-me chorar durante meia hora seguida. O problema é que só da época 93/94, me lembro de mais disparates dele em jogos decisivos:

- Pelo menos 2 golos em Leverkusen são culpa dele. No 1º sai mal à bola e no 4º ajuda, porque não sai ao canto.

- Os 2 primeiros golos do Sporting no 6-3 (e nessa altura ficámos a perder, em ambos) são derivados a más intervenções dele, porque pura e simplesmente não se fazia aos cruzamentos. O golo do Figo então é demais. Vejam a imagem e como o Neno tenta defender:



Isto só para nomear asneiras em 2 partidas dessa temporada, porque houve muitas mais, em jogos menos destacados.



Carlos_Manuel

Tudo correcto o que dizem.
Mas no Ennio Tardini, o Mario Van Der Ende limpou o Mozer logo antes do intervalo....

dfernandes

Citação de: Carlos_Manuel em 13 de Outubro de 2011, 14:34
Tudo correcto o que dizem.
Mas no Ennio Tardini, o Mario Van Der Ende limpou o Mozer logo antes do intervalo....

Disso não tenho dúvidas, mas isso não desculpa o erro do Neno.

Carlos_Manuel

Citação de: dfernandes em 13 de Outubro de 2011, 15:48
Citação de: Carlos_Manuel em 13 de Outubro de 2011, 14:34
Tudo correcto o que dizem.
Mas no Ennio Tardini, o Mario Van Der Ende limpou o Mozer logo antes do intervalo....

Disso não tenho dúvidas, mas isso não desculpa o erro do Neno.
Sim, ainda agora repetiu o programa sobre o jogo em Leverkusen e de facto o homem enterrou. :P

Rui Ramone

o Neno era muito mau em cruzamentos, lembro-me tb dum CRAC SLB em que o folha cruzava e o NENO andou aos papeis o jogo todo nos cruzamentos

Joga Bonito

O Neno se fosse competente em cruzamentos (não precisava ser bom, só competente), era um guarda-redes de topo. Entre os postes e no 1x1 com o avançado era fortíssimo.

dfernandes

Citação de: Joga Bonito em 16 de Outubro de 2011, 00:39
O Neno se fosse competente em cruzamentos (não precisava ser bom, só competente), era um guarda-redes de topo. Entre os postes e no 1x1 com o avançado era fortíssimo.

Entre os postes, a maioria dos guarda redes são bons.

O que distingue um guarda redes mediano, como o Neno, dos grandes guarda redes, é tudo o resto.

dfernandes

Citação de: Rui Ramone em 15 de Outubro de 2011, 15:54
o Neno era muito mau em cruzamentos, lembro-me tb dum CRAC SLB em que o folha cruzava e o NENO andou aos papeis o jogo todo nos cruzamentos

A sorte do Neno é que tudo o que envolvia o futebol português era completamente diferente nessa época, nomeadamente a comunicação social e mesmo nós, os adeptos.

Antigamente, numa transmissão televisiva, não se esmiuçava tudo ao pormenor e os erros de um guarda redes, por exemplo, passavam muito mais despercebidos ou eram quase ignorados. Basta ir ver uma transmissão desse tempo, e reparar em quantas vezes um comentador se refere aos erros de um guarda redes, a foras de jogo mal marcados, e afins.

Mesmo nesse jogo de Leverkusen, apesar das várias asneiras graves que fez, o Neno foi eleito um dos melhores em campo, ou pelo menos foi-lhe dado destaque pela positiva, no jornal "A Bola". Hoje em dia seria absolutamente impensável, e o destaque seria dado ao que fez de mal e não ao que fez de bom.

Como mudam os tempos.