Béla Guttmann, o Feiticeiro Húngaro

Treinador, (1910-03-12 - 1981-08-28),
Hungria
Equipa Principal: 4 épocas (1959-1962, 1965-1966), 165 jogos (115 vitórias, 26 empates, 24 derrotas)

Títulos: Campeonato Nacional (2), Taça de Portugal (1), Taça dos Campeões Europeus (2)

RedVC

#540
A vida Paulista de Bella Guttman

No início:

Contrato:

Liderando:


Morumbi, o palco em construção, "no meio do nada":

Inovando:

Pensador:

"Sempre me interessou que o ataque fizesse mais gols do que obrigar a defesa a não os sofrer. Não me desgosta nada que o adversário marque três ou quatro gols, desde que a minha equipe marque quatro ou cinco...", declarou Guttmann, em 1962, durante entrevista ao jornal português A Bola. Algo que já era possível de notar desde os tempos de São Paulo: "Cada equipe precisa de ter um sistema próprio, adaptado às características dos jogadores. E assim como um alfaiate não faz o mesmo feitio para um corcunda ou para um homem normal, do mesmo modo um treinador não pode dar a todas as equipes o mesmo figurino de jogo".


Exigente, pedagogo:

Com inovações nos treinos, principalmente nos fundamentos, Guttmann ensinou a todos os jogadores do time paulista como cobrar faltas, chutar bem uma bola no gol, e mostrou que o foco deveria ser sempre na objetividade e na precisão. Nada de fintas e jogadas que não levassem a lugar nenhum. O importante era o gol. Quanto mais, melhor. Uma característica de Guttmann nos tempos de São Paulo foi desenhar alvos com números para os jogadores acertarem com seus chutes, uma espécie de paredão do chute ao alvo. Esse símbolo básico de fundamento permanece até hoje no centro de treinamentos do tricolor.
Fonte: http://imortaisdofutebol.com/2013/04/12/tecnico-imortal-bela-guttmann/

Campeão:

Posando para a posteridade:

Todos:



Tempo de mudança:

Contrato rescisão:

No adeus:


Contexto e influência:

Guttman chegou ao Brasil quase por acidente, convidado pela grande equipa do Hónved que estava em digressão no Brasil. Tinha sido treinador do Hónved na década de 40 mas saiu em colisão com Puskas. Nessa grande equipa Húngara que pelos tristes acasos da história nunca a viria a ser campeã europeia, incluíam-se os grandes Koczis, Puskas e Czibor. Estavam no Brasil a convite do Flamengo mas também por recusarem voltar à sua pátria que então vivia dias negros com a invasão soviética. Passada essa digressão a diáspora leva-los-ia a diferentes equipas mas Guttman ficou no Brasil a convite do São Paulo.

Não conheço o suficiente da história do futebol mas pelo que li, parece existir uma corrente de opinião que Guttman terá sido o pai do 4-2-4 Brasileiro. É dito que nessa passagem pelo São Paulo, Guttman acabou por ter um papel indirecto na conquista da primeira Copa do Mundo pelo Brasil na Suécia em 1958.  Terá deixado como herança o 4-2-4, sistema adoptado por Vicente Feola, o grande mas improvável treinador de um dos mais esplendorosos escretes canarinhos:

https://tardesdepacaembu.wordpress.com/tag/hungaro-bela-guttmann/



Djalma Santos, Zito, Vicente Feola e Pelé. Suécia, 1958


Bellini, Vicente Feola, Gilmar e a Taça Jules Rimet, Súecia, 1958.


Esse sistema viria a ser interpretado com pleno sucesso por esse magnífico escrete marcando a letras de ouro a história do futebol. Mas como o feiticeiro dizia, o segredo foi também adaptar o esquema às características dos jogadores. E entre eles despontava um jovem negro com um talento nunca visto: Edson Arantes do Nascimento. Uma das lenda maiores do futebol.

A paragem seguinte:
E, voltando ao São Paulo e a Guttman, regista-se que curiosamente o Estádio do Morumbi seria inaugurado só em 1960 e ainda inacabado. Nessa inauguração no dia 2 de outubro de 1960 Guttman já estava em...Lisboa. Certamente que teria gostado de liderar os Paulistas no jogo de inauguração:



Portugal era assim já a paragem seguinte para esse cidadão do mundo. A porta de entrada foi no Porto mas a glória suprema veio no Benfica:





Tempos de lenda.


Obrigado Feiticeiro,



Fontes diversas:

http://spfc.terra.com.br/news.asp?nID=124501

http://trivela.uol.com.br/bela-guttmann-o-terceiro-e-ultimo-mestre-hungaro-transformar-o-futebol-brasileiro/

http://www.sousaopaulofc.com.br/wiki/hist%C3%B3ria_do_morumbi

http://www.jogosdosaopaulo.com.br/despedida-bela-guttmann/

http://www.literaturanaarquibancada.com/2014/07/bela-guttmann-uma-lenda-do-futebol.html

http://trivela.uol.com.br/honved-o-esquadrao-hungaro-que-revolucionou-o-futebol/

http://www.spfc1935.com.br/2010/12/sao-paulo-decada-de-60.html

http://imortaisdofutebol.com/2013/04/12/tecnico-imortal-bela-guttmann/

RedVC


RedVC


Enzo90

Citação de: RedVC em 04 de Julho de 2015, 14:41
A vida Paulista de Bella Guttman

No início:

Contrato:

Liderando:


Morumbi, o palco em construção, "no meio do nada":

Inovando:

Pensador:

"Sempre me interessou que o ataque fizesse mais gols do que obrigar a defesa a não os sofrer. Não me desgosta nada que o adversário marque três ou quatro gols, desde que a minha equipe marque quatro ou cinco...", declarou Guttmann, em 1962, durante entrevista ao jornal português A Bola. Algo que já era possível de notar desde os tempos de São Paulo: "Cada equipe precisa de ter um sistema próprio, adaptado às características dos jogadores. E assim como um alfaiate não faz o mesmo feitio para um corcunda ou para um homem normal, do mesmo modo um treinador não pode dar a todas as equipes o mesmo figurino de jogo".


Exigente, pedagogo:

Com inovações nos treinos, principalmente nos fundamentos, Guttmann ensinou a todos os jogadores do time paulista como cobrar faltas, chutar bem uma bola no gol, e mostrou que o foco deveria ser sempre na objetividade e na precisão. Nada de fintas e jogadas que não levassem a lugar nenhum. O importante era o gol. Quanto mais, melhor. Uma característica de Guttmann nos tempos de São Paulo foi desenhar alvos com números para os jogadores acertarem com seus chutes, uma espécie de paredão do chute ao alvo. Esse símbolo básico de fundamento permanece até hoje no centro de treinamentos do tricolor.
Fonte: http://imortaisdofutebol.com/2013/04/12/tecnico-imortal-bela-guttmann/

Campeão:

Posando para a posteridade:

Todos:



Tempo de mudança:

Contrato rescisão:

No adeus:


Contexto e influência:

Guttman chegou ao Brasil quase por acidente, convidado pela grande equipa do Hónved que estava em digressão no Brasil. Tinha sido treinador do Hónved na década de 40 mas saiu em colisão com Puskas. Nessa grande equipa Húngara que pelos tristes acasos da história nunca a viria a ser campeã europeia, incluíam-se os grandes Koczis, Puskas e Czibor. Estavam no Brasil a convite do Flamengo mas também por recusarem voltar à sua pátria que então vivia dias negros com a invasão soviética. Passada essa digressão a diáspora leva-los-ia a diferentes equipas mas Guttman ficou no Brasil a convite do São Paulo.

Não conheço o suficiente da história do futebol mas pelo que li, parece existir uma corrente de opinião que Guttman terá sido o pai do 4-2-4 Brasileiro. É dito que nessa passagem pelo São Paulo, Guttman acabou por ter um papel indirecto na conquista da primeira Copa do Mundo pelo Brasil na Suécia em 1958.  Terá deixado como herança o 4-2-4, sistema adoptado por Vicente Feola, o grande mas improvável treinador de um dos mais esplendorosos escretes canarinhos:

https://tardesdepacaembu.wordpress.com/tag/hungaro-bela-guttmann/



Djalma Santos, Zito, Vicente Feola e Pelé. Suécia, 1958


Bellini, Vicente Feola, Gilmar e a Taça Jules Rimet, Súecia, 1958.


Esse sistema viria a ser interpretado com pleno sucesso por esse magnífico escrete marcando a letras de ouro a história do futebol. Mas como o feiticeiro dizia, o segredo foi também adaptar o esquema às características dos jogadores. E entre eles despontava um jovem negro com um talento nunca visto: Edson Arantes do Nascimento. Uma das lenda maiores do futebol.

A paragem seguinte:
E, voltando ao São Paulo e a Guttman, regista-se que curiosamente o Estádio do Morumbi seria inaugurado só em 1960 e ainda inacabado. Nessa inauguração no dia 2 de outubro de 1960 Guttman já estava em...Lisboa. Certamente que teria gostado de liderar os Paulistas no jogo de inauguração:



Portugal era assim já a paragem seguinte para esse cidadão do mundo. A porta de entrada foi no Porto mas a glória suprema veio no Benfica:





Tempos de lenda.


Obrigado Feiticeiro,



Fontes diversas:

http://spfc.terra.com.br/news.asp?nID=124501

http://trivela.uol.com.br/bela-guttmann-o-terceiro-e-ultimo-mestre-hungaro-transformar-o-futebol-brasileiro/

http://www.sousaopaulofc.com.br/wiki/hist%C3%B3ria_do_morumbi

http://www.jogosdosaopaulo.com.br/despedida-bela-guttmann/

http://www.literaturanaarquibancada.com/2014/07/bela-guttmann-uma-lenda-do-futebol.html

http://trivela.uol.com.br/honved-o-esquadrao-hungaro-que-revolucionou-o-futebol/

http://www.spfc1935.com.br/2010/12/sao-paulo-decada-de-60.html

http://imortaisdofutebol.com/2013/04/12/tecnico-imortal-bela-guttmann/


:bow2:

RedVC

Uma nova de Bella Guttman a orientar o São Paulo em 1957.



Lá atrás o Morumbi em construção.

RedVC

Alguém sabe quem é que está ao lado de Guttman?


Dirigindo o plantel Glorioso


Com Kocsis e Puskas


Nos tempos do AC Milan


Ainda jogador no Hakoah, Viena, 1926


RedVC


RedVC

1930, Estádio Centenário. Hakoah All-Stars numa digressão Sul Americana

Austriacos homenageando o Uruguai.


Guttman ainda jogador



Mais em: http://gottfriedfuchs.blogspot.pt/search/label/Bela%20Guttmann

Dixi

#548
O que diziam na capa de OJOGO?

Sleepy_sidewinder

Citação de: Dixi em 24 de Novembro de 2015, 22:39
O que diziam na capa de OJOGO?

Voltou a fazer das suas.
O fcp não chegou ao record do Benfica de Guttmann  de não sei quantas partidas a marcar consecutivamente na Liga dos Campeões.

O Guttmann sabia muito.

Tijuana

Citação de: Sleepy_sidewinder em 24 de Novembro de 2015, 23:04
Citação de: Dixi em 24 de Novembro de 2015, 22:39
O que diziam na capa de OJOGO?

Voltou a fazer das suas.
O fcp não chegou ao record do Benfica de Guttmann  de não sei quantas partidas a marcar consecutivamente na Liga dos Campeões.

O Guttmann sabia muito.

Não igualou ou não superou?


Anarquista

O Julen Lopetegui igualou o registo do Béla Guttmann (16 jogos consecutivos a marcar).

Não obstante, o Futebol Clube do Porto não alcançou o record do Sport Lisboa e Benfica - 19 jogos, sendo que aos 16 do Feiticeiro Húngaro se somam os 3 primeiros jogos da European Cup 1962-63, onde os encarnados já estavam sob o comando de Fernando Riera.

RedVC