Carlos Mozer

Defesa, 63 anos,
Brasil
Equipa Principal: 5 épocas (1987-1989, 1992-1995), 160 jogos (14147 minutos), 14 golos

Títulos: Campeonato Nacional (2), Taça de Portugal (1)

RedVC

Citação de: MP21 em 21 de Março de 2017, 18:13
Citação de: Elvis the Pelvis em 21 de Março de 2017, 13:21
Central fabuloso. Era intimidante e por vezes bastante duro, mas indiscutivelmente fantástico. Mesmo tecnicamente, era muito acima da média. Subia muito bem no terreno com a bola controlada e era rápido.

O Ricardo Gomes era diferente, mais cerebral. Mais lento que o Mozer, mas extremamente inteligente e com um sentido posicional fora de série.

Por serem tão diferentes nas suas características é que faziam uma dupla tão boa. Das melhores a nível mundial naquela altura.

Mesmo ofensivamente, eram letais. Em lances de bola parada eram ambos extremamente perigosos no jogo aéreo.

Em livres directos, o Mozer era também especialista. Marcou vários golos assim.

Quando hoje em dia falam em Garay, David Luiz, etc, deviam ter visto estes dois. Dois dos melhores centrais da história do Benfica e dos melhores do mundo no seu tempo, a par dos Baresi's e Koeman's.

Se não me engano, na altura chegou a ser considerada a melhor dupla de centrais do mundo e a titular da seleção brasileira.


O Benfica teve ao longo da sua história grandes defesas centrais que fizeram várias duplas célebre. Falando apenas dos 4 maiores centrais da história do SLB:

Germano (dupla com Ângelo, Raúl, entre outros)
Humberto (dupla com Bastos Lopes, Eurico, Laranjeira, Frederico, entre outros)
Mozer (dupla com Ricardo Gomes, Dito, William, entre outros)
Ricardo Gomes (dupla com Mozer, Aldair, Samuel, Hélder, entre outros)

Facilmente se pode perceber do privilégio que foi ter dois dos quatro melhores centrais de sempre do Clube a jogar um com o outro. Foi só uma temporada mas aquilo é que foi um privilégio. Estavam os dois no auge das suas capacidades e porque tinham estilos diferentes como aqui foi referido, ainda mais soberba foi essa dupla. Classe pura!





Quem viu não esquece.




ps: não falo de Félix porque jogou num tempo mais recuado em que a disposição tática era muito diferente. E porque também jogou muitas vezes como centro-campista. Não obstante as referências são de que também foi um jogador de excepcional valia.


Elvis the Pelvis

Citação de: RedVC em 23 de Setembro de 2017, 15:14
Citação de: MP21 em 21 de Março de 2017, 18:13
Citação de: Elvis the Pelvis em 21 de Março de 2017, 13:21
Central fabuloso. Era intimidante e por vezes bastante duro, mas indiscutivelmente fantástico. Mesmo tecnicamente, era muito acima da média. Subia muito bem no terreno com a bola controlada e era rápido.

O Ricardo Gomes era diferente, mais cerebral. Mais lento que o Mozer, mas extremamente inteligente e com um sentido posicional fora de série.

Por serem tão diferentes nas suas características é que faziam uma dupla tão boa. Das melhores a nível mundial naquela altura.

Mesmo ofensivamente, eram letais. Em lances de bola parada eram ambos extremamente perigosos no jogo aéreo.

Em livres directos, o Mozer era também especialista. Marcou vários golos assim.

Quando hoje em dia falam em Garay, David Luiz, etc, deviam ter visto estes dois. Dois dos melhores centrais da história do Benfica e dos melhores do mundo no seu tempo, a par dos Baresi's e Koeman's.

Se não me engano, na altura chegou a ser considerada a melhor dupla de centrais do mundo e a titular da seleção brasileira.


O Benfica teve ao longo da sua história grandes defesas centrais que fizeram várias duplas célebre. Falando apenas dos 4 maiores centrais da história do SLB:

Germano (dupla com Ângelo, Raúl, entre outros)
Humberto (dupla com Bastos Lopes, Eurico, Laranjeira, Frederico, entre outros)
Mozer (dupla com Ricardo Gomes, Dito, William, entre outros)
Ricardo Gomes (dupla com Mozer, Aldair, Samuel, Hélder, entre outros)

Facilmente se pode perceber do privilégio que foi ter dois dos quatro melhores centrais de sempre do Clube a jogar um com o outro. Foi só uma temporada mas aquilo é que foi um privilégio. Estavam os dois no auge das suas capacidades e porque tinham estilos diferentes como aqui foi referido, ainda mais soberba foi essa dupla. Classe pura!





Quem viu não esquece.




ps: não falo de Félix porque jogou num tempo mais recuado em que a disposição tática era muito diferente. E porque também jogou muitas vezes como centro-campista. Não obstante as referências são de que também foi um jogador de excepcional valia.

O Félix foi o tal que depois de atirar a camisola do Benfica ao chão, isto depois de ser substituído num jogo em que estávamos a perder, nunca mais voltou a vestir a camisola do clube. Decisão da Direcção da altura. E era um dos melhores centrais da Europa no seu tempo e benfiquista de coração.

Hoje em dia temos cepos Augustos a bater palminhas irónicas aos adeptos do Benfica e a direcção nem uma palavra ou atitude.

RedVC

Citação de: Elvis the Pelvis em 24 de Setembro de 2017, 13:47
Citação de: RedVC em 23 de Setembro de 2017, 15:14
Citação de: MP21 em 21 de Março de 2017, 18:13
Citação de: Elvis the Pelvis em 21 de Março de 2017, 13:21
Central fabuloso. Era intimidante e por vezes bastante duro, mas indiscutivelmente fantástico. Mesmo tecnicamente, era muito acima da média. Subia muito bem no terreno com a bola controlada e era rápido.

O Ricardo Gomes era diferente, mais cerebral. Mais lento que o Mozer, mas extremamente inteligente e com um sentido posicional fora de série.

Por serem tão diferentes nas suas características é que faziam uma dupla tão boa. Das melhores a nível mundial naquela altura.

Mesmo ofensivamente, eram letais. Em lances de bola parada eram ambos extremamente perigosos no jogo aéreo.

Em livres directos, o Mozer era também especialista. Marcou vários golos assim.

Quando hoje em dia falam em Garay, David Luiz, etc, deviam ter visto estes dois. Dois dos melhores centrais da história do Benfica e dos melhores do mundo no seu tempo, a par dos Baresi's e Koeman's.

Se não me engano, na altura chegou a ser considerada a melhor dupla de centrais do mundo e a titular da seleção brasileira.


O Benfica teve ao longo da sua história grandes defesas centrais que fizeram várias duplas célebre. Falando apenas dos 4 maiores centrais da história do SLB:

Germano (dupla com Ângelo, Raúl, entre outros)
Humberto (dupla com Bastos Lopes, Eurico, Laranjeira, Frederico, entre outros)
Mozer (dupla com Ricardo Gomes, Dito, William, entre outros)
Ricardo Gomes (dupla com Mozer, Aldair, Samuel, Hélder, entre outros)

Facilmente se pode perceber do privilégio que foi ter dois dos quatro melhores centrais de sempre do Clube a jogar um com o outro. Foi só uma temporada mas aquilo é que foi um privilégio. Estavam os dois no auge das suas capacidades e porque tinham estilos diferentes como aqui foi referido, ainda mais soberba foi essa dupla. Classe pura!





Quem viu não esquece.




ps: não falo de Félix porque jogou num tempo mais recuado em que a disposição tática era muito diferente. E porque também jogou muitas vezes como centro-campista. Não obstante as referências são de que também foi um jogador de excepcional valia.

O Félix foi o tal que depois de atirar a camisola do Benfica ao chão, isto depois de ser substituído num jogo em que estávamos a perder, nunca mais voltou a vestir a camisola do clube. Decisão da Direcção da altura. E era um dos melhores centrais da Europa no seu tempo e benfiquista de coração.

Hoje em dia temos cepos Augustos a bater palminhas irónicas aos adeptos do Benfica e a direcção nem uma palavra ou atitude.

Sim, é verdade.

No presente momento presumo talvez tenham pensado que o que interessa menos é uma polémica pública com os dragartos escroques de mente e de língua a aproveitar. Mas sim, é verdade que a atitude de Filipe Augusto é indesculpável.

Em relação a Félix, a verdade histórica é ligeiramente diferente. O contexto e os factos tornam o gesto de Félix menos crú, menos insensato, talvez mais desculpável.

Ver aqui:
https://em-defesa-do-benfica.blogspot.pt/2015/09/felix-antunes-reu-ou-vitima.html


Félix é um daqueles pontos dolorosos da vida do nosso Clube. Tinha logo de ser o melhor presidente da nossa História a lidar com este assunto. E Bogalho foi duro. Implacável. Dolorosamente implacável.

Se calhar se todos tivéssemos visto Félix a jogar estaríamos todos a falar de um nivel de excelência de 5 defesas centrais ao longo de toda a nossa História. Até numa perspectiva histórica eu acrescentaria mais alguns nomes mas como não vi...

Destes 4 eu vi Humberto, Ricardo e Mozer. Todos extraordinários. Mesmo. Era deslumbrante ver o jogo de qualquer um destes. Nada do que se vê hoje na nossa equipa.

Germano sob tudo o que leio parece ter sido tão bom ou melhor do que estes em termos técnicos.

De Félix conheço pouco. E desgraçadamente o mais que se ouve é a história triste do seu adeus abrupto ao SLB. Provavelmente tão injusto agora como na altura. Provavelmente.

saivet

http://www.relato.pt/mozer/


Quando fui transferido para o Marselha, ao chegar lá, quando começou o campeonato, tinha um colega que era um grande jogador, o artilheiro da equipa, o Jean-Pierre Papin, e em todos os jogos que fazíamos em casa ele dizia-me que ali é que havia pressão, que o estádio ia estar lotado e todo o mundo ia pressionar. E isto acontecia antes de começar todos os jogos, mandava esta historinha para mim.
Uma vez perguntei-lhe: "Mas qual é a lotação do estádio?", e ele "40 mil." Respondi: "Eh pá, muita gente não é, Jean-Pierre?" E ele: "É, é. É uma pressão imensa."
No jogo seguinte, a mesma coisa:
— Hoje o estádio vai estar cheio, é uma pressão...
— Quanto? Quanto?
— 32 mil!
— Caramba! Muita gente, Jean-Pierre.
E passou a temporada toda assim a azucrinar-me a cabeça. Não sei se era por ter um aspecto de muito garotinho, porque já fui para lá com 29 anos. Já vinha do Maracanã com 200 mil pessoas, mas se calhar 30 mil faziam-lhe muita impressão.
Até que nas eliminatórias da Taça dos Campeões Europeus, nas meias-finais, para azar dele caiu o Benfica. E eu pensei assim: "Agora vai ser a minha vez!" No dia a seguir a ter saído o sorteio virei-me para ele e perguntei:
— Jean-Pierre, você viu com quem caímos?
— Vi, vi. Com o teu ex-clube.
— Pois é. Agora você é que vai ver o que é pressão.
— Porquê?
— Porque o estádio lá vai encher.
— Vai encher? E quantos mete?
— 120 mil!
— O quê?!
— É. 120, meu filho. Lá não se brinca.
Viemos para Portugal para o jogo da segunda mão, depois de termos ganho em casa por 2-1. Chegámos com dois dias de antecedência e treinámos naqueles campos secundários do Estádio Nacional. Quando chegámos lá estava lotado de benfiquistas à volta da cerca, nem conseguíamos ver o relvado, e ele falou assim:
— O Benfica está treinando?
— Não, não. Isto aqui é para esperar a gente mesmo, a pressão começa aqui.
Ele ficou completamente nervoso! Chegou o dia do jogo, trocámos de roupa e fomos para o aquecimento. Eu tinha o hábito de ser sempre o último a sair do balneário, porque gostava muito de prestar atenção ao estado de espírito dos meus colegas, para ver se íamos fazer um bom jogo. Sempre fui muito observador nesse aspecto. Quando o meu balneário já não tinha mais ninguém, já tinham saído todos para o relvado, fui também. Quando estava a chegar ao relvado, no túnel de acesso ao campo, eles estavam ali todos escondidinhos, assim só a espreitar e o estádio estava lotadíssimo.
— Vamos embora!
— Não, nós estamos esperando você.
Fui em primeiro, subi a escadaria que dava acesso ao campo, e quando entro no relvado, do outro lado saiu o Eusébio para ser homenageado. Ai Jesus, o estádio explodiu! Um barulhão, e quando olhei para trás estava sozinho no campo. E a receber vaia, 120 mil a dar vaia em mim sozinho. Comecei a chamá-los.
— Não, vamos esperar até o barulho passar.
— O barulho não vai passar, meus amigos. Isto vão ser 90 minutos assim. Anda lá, meu!
Ninguém vinha. E pensei "pronto, já perdi o jogo."
Foi a história mais caricata e engraçada que tive com um colega de profissão, que era um grande jogador. O inferno da Luz tinha surtido efeito naquele período e realmente era bastante difícil jogar no Estádio da Luz cheio. Para quem não estava habituado era muito complicado.

Alexandre1976

Que colosso de central. Em 88-89 fez na minha opinião a melhor dupla de centrais que vi jogar no Benfica com Ricardo.

Holmesreis

Ontem, com muito deleite, revi o Benfica-FCP de 1993-94 na RTP Memória em que vencemos por 2-0. E que grande jogo do Mozer, meus amigos. Secou completamente o Kostadinov e no final do jogo, até o Robson no seu habitual fair-play lhe veio dar os parabéns.

Saudades.

Alexandre1976

Nunca vacilava nestes jogos

VitorPaneira7

Citação de: Holmesreis em 15 de Abril de 2018, 16:51
Ontem, com muito deleite, revi o Benfica-FCP de 1993-94 na RTP Memória em que vencemos por 2-0. E que grande jogo do Mozer, meus amigos. Secou completamente o Kostadinov e no final do jogo, até o Robson no seu habitual fair-play lhe veio dar os parabéns.

Saudades.
Fair Play
Esse é o jogo que ele depois numa flash interview disse Mozer 2 Fernando Couto 0. O gajo ficou bem lixado com o Mozer, que também andou a picar o Fernando Couto a ponto de lhe dizer que ele nem na segunda brasileira.  :2funny:

VitorPaneira7

#789
https://www.youtube.com/watch?v=lnD8l-gFYLo

A partir dos 2 minutos com ele ao lado do João Pinto.
O celebre Mozer 2 Fernando Couto 0 de Bobby Robson. Teve fair play só se for no momento final porque o que ficou foi esta célebre frase.

PS- Apesar deste momento não deixo de admirar Robson, ele teve a defender a sua equipa. Simplesmente o desenlace de 93-94 fica incompleto sem esta intervenção de Robson sobre o Mozer.


220373

Saudade do tempo em que tínhamos titulares da selecção do Brasil na nossa equipa

Elvis the Pelvis

Citação de: 220373 em 28 de Janeiro de 2019, 21:30
Saudade do tempo em que tínhamos titulares da selecção do Brasil na nossa equipa

Nessa altura, tínhamos a dupla de centrais titular da selecção brasileira, Mozer e Ricardo Gomes. Depois também tivemos o Aldair. Tínhamos ainda o nº 10 da selecção canarinha, Valdo.

Outros tempos, infelizmente.

220373

Citação de: Elvis the Pelvis em 28 de Janeiro de 2019, 21:38
Citação de: 220373 em 28 de Janeiro de 2019, 21:30
Saudade do tempo em que tínhamos titulares da selecção do Brasil na nossa equipa

Nessa altura, tínhamos a dupla de centrais titular da selecção brasileira, Mozer e Ricardo Gomes. Depois também tivemos o Aldair. Tínhamos ainda o nº 10 da selecção canarinha, Valdo.

Outros tempos, infelizmente.
e o Elzo

magoslb

Citação de: Elvis the Pelvis em 28 de Janeiro de 2019, 21:38
Citação de: 220373 em 28 de Janeiro de 2019, 21:30
Saudade do tempo em que tínhamos titulares da selecção do Brasil na nossa equipa

Nessa altura, tínhamos a dupla de centrais titular da selecção brasileira, Mozer e Ricardo Gomes. Depois também tivemos o Aldair. Tínhamos ainda o nº 10 da selecção canarinha, Valdo.

Outros tempos, infelizmente.

Tivemos mesmo o top dos centrais da altura. Ricardo e Mozer, que saudades. Classe, força e leitura de jogo, uma dupla completa. Na minha opinião o Brasil não voltou a ter centrais tão bons como aqueles.

E o Aldair era tão bom que durou um ano, não o conseguimos prender, Itália na altura era o expoente máximo do futebol.

Sei que eram tempos diferentes, mas curioso como sem termos o melhor presidente de sempre, na altura procurávamos qualidade de topo, queríamos bons desempenhos desportivos, agora andamos a rezar para que uns putos resultem e a distribuir jogadores do Leixões por outras equipas ou para jogarem na equipa B.  Prioridades.