Sven-Göran Eriksson

Treinador, (1948-02-05 - 2024-08-26),
Suécia
Equipa Principal: 5 épocas (1982-1984, 1989-1992), 241 jogos (163 vitórias, 48 empates, 30 derrotas)

Títulos: Campeonato Nacional (3), Taça de Portugal (1), Supertaça (1), AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão (1)

PedroBenfica

Citação de: Cob92 em 27 de Agosto de 2024, 13:37
Citação de: Holmesreis em 26 de Agosto de 2024, 22:31Contrariando uma promessa que tinha imposto a mim próprio, a de parar de elaborar postagens em forma de testamento, achei que a morte de Eriksson merecia que voltasse a produzir algo que não fazia desde 1533, em pleno reinado de D. João III: uma mensagem com 57 parágrafos.

A razão: acho que nós, os benfiquistas de meia-idade que ainda passam aqui pelo fórum de quando em vez, temos a obrigação moral de catequizar os jovens benfiquistas, os vieiristas e todos os infiltrados que por aqui passam. Nós, que conhecemos um Benfica diferente, fervilhante e vivo e não esta amálgama de estilhaços agonizantes que envergonham a nossa Mística e a fibra em que foi concebida.

Deixo-vos aqui (para quem tenha paciência de ler até ao fim) duas histórias verídicas, conhecidas por uma minoria de sócios e adeptos e que demonstram a honorabilidade de Sven-Goran Eriksson e do porquê do Benfica lhe dever uma estátua, pelo que conquistou, mas sobretudo pela Mística que ajudou a fermentar, sem artificialidades ou subterfúgios bacocos:



Estamos em junho de 1983. Um Benfica demolidor acaba de sagrar-se campeão nacional com 4 pontos de vantagem sobre o FCP de Pedroto, praticando um futebol virtuoso e com resultados desnivelados. A 12 de junho, jogar-se-ia a final da Taça entre os dois clubes. "Jogar-se-ia", digo bem. Graças a Pinto da Costa, Adriano Pinto e José Maria Pedroto, instala-se uma guerra na Praça da Alegria em plena sede da Federação Portuguesa de Futebol. Para manter o controlo dos órgãos sociais da Federação, o Presidente Romão Martins permite a penetração de elementos da Associação de Futebol do Porto nas áreas de decisão da Federação, além da promoção de dirigentes do Sul com estreita amizade com Pinto da Costa como Amândio de Carvalho, António Pimenta e Azevedo Félix. O objetivo era descentralizar a Final da Taça e levá-la para o Norte, numa lógica de integração nacional. A organização da final era entregue a Adriano Pinto "e sus muchachos". Em fevereiro, pouco depois de ser disputada a eliminatória dos oitavos de final, a notícia cai como uma bomba junto dos órgãos de imprensa: a final será jogada no Estádio das Antas, casa do Futebol Clube do Porto!
Coincidência, ou não, a verdade é que nesse ano, fora a primeira eliminatória com o União de Coimbra, os azuis e brancos tiveram o caminho facilitado nos sorteios da Taça, jogando sempre em casa com adversários desnivelados: Famalicão, Espinho e Braga, sendo que na meia-final receberam a Académica a penar na Segunda Divisão, despachando-os com 9-1.
Um mês antes da final, a FPF (e bem) decidiu que o princípio da neutralidade estava ferido e que o FCP não poderia beneficiar do fator-casa numa final, lembrando-se da vergonha que tinha sido a final de 1977 quando o Presidente do Braga Lino Gomes de Almeida (e ilustre sócio do FCP) concorda, a troco de um prato de lentilhas, que a final entre Braga e FCP fosse disputada nas Antas.

Pinto da Costa colocou-se logo em ação. Na altura, ainda não havia "O Jogo", mas utilizou o "Jornal de Notícias" e a simpática redação nortenha da "Gazeta dos Desportos" para lançar o ultimato: ou o jogo se faria nas Antas, ou a equipa pura e simplesmente não compareceria à final. Novas eleições se realizaram que levaram ao poder um ex-deputado do CDS: Silva Resende. Este, avesso a peixeiradas, relembrou a legislação: a falta de comparência levaria à despromoção do FCP na época seguinte. Adriano Pinto e outros elementos da A.F.Porto e Braga ameaçam colocar os cargos à disposição no Conselho de Disciplina e Conselho de Justiça em solidariedade com Pinto da Costa. Silva Resende propõe primeiro o Jamor (recusado taxativamente pelo FCP por via telefónica) e depois, uma solução de consenso: o Municipal de Coimbra, local onde a Selecção Nacional fazia os seus estágios e, por influência de Otto Glória, disputava os jogos particulares. O Benfica concordou com esse plano, mas o FCP não. É convocada uma Assembleia-Geral de emergência onde Pinto da Costa verbera contra os poderes instalados de Lisboa e apela a sócios e adeptos a cercar a sede da Praça da Alegria para demonstrar o descontentamento de toda uma região.
O tempo vai passando e as reuniões na FPF não se realizam por falta de quórum, pois os elementos nortenhos apresentavam atestados médicos. Termina a época 1982/83 sem se realizar a final da Taça.
Entretanto, amigos comuns de Pinto da Costa e Fernando Martins juntam-nos num jantar em Montechoro em meados de julho. Pinto da Costa usa a carta emocional: a doença de Pedroto já tinha sido diagnosticada, o cancro ia avançado, era melhor enterrar-se o machado...O Presidente do Benfica cede nas pretensões, em nome da pacificação do futebol português. Ninguém levaria a mal que o Benfica perdesse um troféu disputado em casa de um adversário.
A final é marcada para 21 de agosto.

Na noite do estágio, Fernando Martins aborda Eriksson e Toni, sossegando-os. Humberto Coelho fizera uma entorse na semana anterior e era baixa para o jogo, tal como Alves e Chalana. Era o primeiro jogo oficial da época, os sócios compreenderiam se houvesse um desaire. A resposta do nórdico deixou Martins estupefacto:
"-Presidente, vamos entrar em campo para assumir o jogo e jogar ao ataque como se estivéssemos na Luz. Nem poderia deixar de ser assim, não acha? Não concebo outro resultado que não a vitória!"

E o jogo foi nosso, calando os 55000 que pretendiam fazer a festa antecipada. Um remate de folha seca de Carlos Manuel deu-nos o troféu, além de uma esplendorosa exibição do Bento que deteve todos os remates do Gomes e do Jacques. E, nunca mais se disputou uma final da Taça no Estádio das Antas.

2.º Episódio: 28 de abril de 1991.

Era a jornada 34, faltariam 5 para o final. Benfica e FCP separados por um ponto, disputavam o jogo do século no Estádio das Antas. O auge do poder tentacular do FCP: Conselho de Disciplina da FPF, Conselho de Justiça e Conselho da Arbitragem nas mãos de figuras sinistras ligadas ao FCP, ao abrigo dos "chitos" protagonizados por Adriano Pinto. O responsável pelas nomeações arbitrais era Lourenço Pinto, reconhecido adepto do FCP ( e mais tarde Presidente da Mesa da Assembleia Geral) que se depara com um dilema: como não nomear o melhor e mais prestigiado árbitro internacional português, presente nos Mundiais do México e Itália, apesar da oposição de Pinto da Costa? Havia a opção Rosa Santos, mas estava a recuperar de uma lesão muscular.
O FCP tinha vindo de uma retumbante vitória em Alvalade onde o melhor em campo tinha sido o alentejano Bento Marques, outro árbitro internacional. Não sobejavam alternativas. Pinto da Costa exige a nomeação de Fortunato Azevedo, protegido do seu compadre Azevedo Duarte e controlado pelos azuis e brancos. O problema estava nos regulamentos da época que exigiam um hiato de três jornadas antes que um árbitro pudesse apitar o mesmo clube. E Fortunato já tinha picado o ponto 15 dias antes na vitória magra de 1-0 sobre o Farense.
Sai a nomeação de Carlos Valente "soprada" para a imprensa perante a ira do presidente portista. Com Lourenço Pinto, é arquitetado um plano que tudo tinha para dar certo: pressionar o árbitro setubalense a desistir da nomeação. 3 dias antes do jogo, o Jornal de Notícias e "O Jogo" expõem artigos relativos às relações de amizade entre Valente e Gaspar Ramos, chefe do departamento de futebol do Benfica. Depois, entra em força o braço armado do FCP: Reinaldo Teles entrega ao famoso Guarda Abel a incumbência de estabelecer um regime de terror. Sabendo que a equipa de arbitragem se deslocava de comboio, este fica parado o triplo do tempo na Estação da Campanhã, onde é apedrejado e há tentativa de invasão em massa para linchar o árbitro. No Hotel onde se hospedavam, chuva de insultos e tentativas de agressão. 16 horas antes do jogo, Lourenço Pinto ordena a Fortunato Azevedo para se preparar porque tem indicações que Valente cederá a pressões. Deslumbrado, estagia num hotel onde é descoberto por jornalistas da Bola e Record que estranham a sua presença ali quando estaria nomeado para um jogo em Castelo Branco na recém-criada Segunda Divisão de Honra.

Valente faz jus ao nome e não cede às ameaças de morte. A Estrutura do Benfica resolve abdicar do almoço e deslocar-se mais cedo do que o previsto para as Antas para se equiparem e adaptarem-se ao relvado.

Pinto da Costa tenta novo jogo sujo. O delfim de Reinaldo Teles, Jorge Gomes (que foi assalariado do Benfica entre 2003 e 2018, numa vieirada nojenta) dá ordens ao roupeiro e outros funcionários para despejarem uma dezena de bidões de creolina no balneário reservado aos jogadores do Benfica. O cheiro é agonizante. Os dirigentes do Benfica procuram o delegado da FPF para formalizarem uma queixa, mas ninguém lhe põe a vista em cima.

Cinicamente, aparece Pinto da Costa com um sorriso espelhado na sua cara. Ninguém ousa confrontá-lo. Ninguém, à exceção do treinador Sven-Goran Eriksson que coloca-se em frente do presidente do FCP e, firme mas educadamente, lavra o seu protesto, explicando-lhe que sabe que o ato foi premeditado. Pinto da Costa responde-lhe da forma que entrou para a História:
-«Sr.Eriksson, respeito e admiro-o muito, mas está nos meus domínios e estamos a travar uma guerra. Guerra é guerra! Desenrasquem-se!»

Alguns jogadores insistem em equipar-se no balneário. O médico Amílcar Miranda alerta-os para os perigos dos eflúvios libertados pelos compostos químicos fenólicos.
Eriksson dá a ordem, sem hesitação:
-Equipem-se nas escadas, onde houver espaço! Não nos vergarão! Somos o Benfica!

O resto já sabemos...Minuto 80, Eriksson retira o exausto Pacheco (cheio de feridas e nódoas negras nas pernas) por César Brito. No minuto seguinte, gooooooooooooooooolllllllllllllllooo!! 5 minutos depois, 0-2!


Eriksson corporizava o Benfica glorioso que aprendemos a amar. Esse Benfica abnegado, a fazer das fraquezas forças, com Fé indomável na excelsa Mística, está morto. Assassinado pelo vieirismo-costismo e pelas vistas curtas dos sócios.

E por tanto o amarmos, temos o dever de o tentar ressuscitar.

E Pluribus Unum!


Obrigado por este post.

As jogadas sujas do porto Nao podem ser esquecidas.

Alias deveriam estar todas escritas num lugar qualquer so para Relembrar o porque do Benfica ser diferente do porto.

https://www.youtube.com/watch?v=Y_GM8rguXpA

A piada é que o relato deste vídeo quase que dá a entender que o porto foi roubado

OclassicoNº10

Citação de: Holmesreis em 26 de Agosto de 2024, 22:31Contrariando uma promessa que tinha imposto a mim próprio, a de parar de elaborar postagens em forma de testamento, achei que a morte de Eriksson merecia que voltasse a produzir algo que não fazia desde 1533, em pleno reinado de D. João III: uma mensagem com 57 parágrafos.

A razão: acho que nós, os benfiquistas de meia-idade que ainda passam aqui pelo fórum de quando em vez, temos a obrigação moral de catequizar os jovens benfiquistas, os vieiristas e todos os infiltrados que por aqui passam. Nós, que conhecemos um Benfica diferente, fervilhante e vivo e não esta amálgama de estilhaços agonizantes que envergonham a nossa Mística e a fibra em que foi concebida.

Deixo-vos aqui (para quem tenha paciência de ler até ao fim) duas histórias verídicas, conhecidas por uma minoria de sócios e adeptos e que demonstram a honorabilidade de Sven-Goran Eriksson e do porquê do Benfica lhe dever uma estátua, pelo que conquistou, mas sobretudo pela Mística que ajudou a fermentar, sem artificialidades ou subterfúgios bacocos:



Estamos em junho de 1983. Um Benfica demolidor acaba de sagrar-se campeão nacional com 4 pontos de vantagem sobre o FCP de Pedroto, praticando um futebol virtuoso e com resultados desnivelados. A 12 de junho, jogar-se-ia a final da Taça entre os dois clubes. "Jogar-se-ia", digo bem. Graças a Pinto da Costa, Adriano Pinto e José Maria Pedroto, instala-se uma guerra na Praça da Alegria em plena sede da Federação Portuguesa de Futebol. Para manter o controlo dos órgãos sociais da Federação, o Presidente Romão Martins permite a penetração de elementos da Associação de Futebol do Porto nas áreas de decisão da Federação, além da promoção de dirigentes do Sul com estreita amizade com Pinto da Costa como Amândio de Carvalho, António Pimenta e Azevedo Félix. O objetivo era descentralizar a Final da Taça e levá-la para o Norte, numa lógica de integração nacional. A organização da final era entregue a Adriano Pinto "e sus muchachos". Em fevereiro, pouco depois de ser disputada a eliminatória dos oitavos de final, a notícia cai como uma bomba junto dos órgãos de imprensa: a final será jogada no Estádio das Antas, casa do Futebol Clube do Porto!
Coincidência, ou não, a verdade é que nesse ano, fora a primeira eliminatória com o União de Coimbra, os azuis e brancos tiveram o caminho facilitado nos sorteios da Taça, jogando sempre em casa com adversários desnivelados: Famalicão, Espinho e Braga, sendo que na meia-final receberam a Académica a penar na Segunda Divisão, despachando-os com 9-1.
Um mês antes da final, a FPF (e bem) decidiu que o princípio da neutralidade estava ferido e que o FCP não poderia beneficiar do fator-casa numa final, lembrando-se da vergonha que tinha sido a final de 1977 quando o Presidente do Braga Lino Gomes de Almeida (e ilustre sócio do FCP) concorda, a troco de um prato de lentilhas, que a final entre Braga e FCP fosse disputada nas Antas.

Pinto da Costa colocou-se logo em ação. Na altura, ainda não havia "O Jogo", mas utilizou o "Jornal de Notícias" e a simpática redação nortenha da "Gazeta dos Desportos" para lançar o ultimato: ou o jogo se faria nas Antas, ou a equipa pura e simplesmente não compareceria à final. Novas eleições se realizaram que levaram ao poder um ex-deputado do CDS: Silva Resende. Este, avesso a peixeiradas, relembrou a legislação: a falta de comparência levaria à despromoção do FCP na época seguinte. Adriano Pinto e outros elementos da A.F.Porto e Braga ameaçam colocar os cargos à disposição no Conselho de Disciplina e Conselho de Justiça em solidariedade com Pinto da Costa. Silva Resende propõe primeiro o Jamor (recusado taxativamente pelo FCP por via telefónica) e depois, uma solução de consenso: o Municipal de Coimbra, local onde a Selecção Nacional fazia os seus estágios e, por influência de Otto Glória, disputava os jogos particulares. O Benfica concordou com esse plano, mas o FCP não. É convocada uma Assembleia-Geral de emergência onde Pinto da Costa verbera contra os poderes instalados de Lisboa e apela a sócios e adeptos a cercar a sede da Praça da Alegria para demonstrar o descontentamento de toda uma região.
O tempo vai passando e as reuniões na FPF não se realizam por falta de quórum, pois os elementos nortenhos apresentavam atestados médicos. Termina a época 1982/83 sem se realizar a final da Taça.
Entretanto, amigos comuns de Pinto da Costa e Fernando Martins juntam-nos num jantar em Montechoro em meados de julho. Pinto da Costa usa a carta emocional: a doença de Pedroto já tinha sido diagnosticada, o cancro ia avançado, era melhor enterrar-se o machado...O Presidente do Benfica cede nas pretensões, em nome da pacificação do futebol português. Ninguém levaria a mal que o Benfica perdesse um troféu disputado em casa de um adversário.
A final é marcada para 21 de agosto.

Na noite do estágio, Fernando Martins aborda Eriksson e Toni, sossegando-os. Humberto Coelho fizera uma entorse na semana anterior e era baixa para o jogo, tal como Alves e Chalana. Era o primeiro jogo oficial da época, os sócios compreenderiam se houvesse um desaire. A resposta do nórdico deixou Martins estupefacto:
"-Presidente, vamos entrar em campo para assumir o jogo e jogar ao ataque como se estivéssemos na Luz. Nem poderia deixar de ser assim, não acha? Não concebo outro resultado que não a vitória!"

E o jogo foi nosso, calando os 55000 que pretendiam fazer a festa antecipada. Um remate de folha seca de Carlos Manuel deu-nos o troféu, além de uma esplendorosa exibição do Bento que deteve todos os remates do Gomes e do Jacques. E, nunca mais se disputou uma final da Taça no Estádio das Antas.

2.º Episódio: 28 de abril de 1991.

Era a jornada 34, faltariam 5 para o final. Benfica e FCP separados por um ponto, disputavam o jogo do século no Estádio das Antas. O auge do poder tentacular do FCP: Conselho de Disciplina da FPF, Conselho de Justiça e Conselho da Arbitragem nas mãos de figuras sinistras ligadas ao FCP, ao abrigo dos "chitos" protagonizados por Adriano Pinto. O responsável pelas nomeações arbitrais era Lourenço Pinto, reconhecido adepto do FCP ( e mais tarde Presidente da Mesa da Assembleia Geral) que se depara com um dilema: como não nomear o melhor e mais prestigiado árbitro internacional português, presente nos Mundiais do México e Itália, apesar da oposição de Pinto da Costa? Havia a opção Rosa Santos, mas estava a recuperar de uma lesão muscular.
O FCP tinha vindo de uma retumbante vitória em Alvalade onde o melhor em campo tinha sido o alentejano Bento Marques, outro árbitro internacional. Não sobejavam alternativas. Pinto da Costa exige a nomeação de Fortunato Azevedo, protegido do seu compadre Azevedo Duarte e controlado pelos azuis e brancos. O problema estava nos regulamentos da época que exigiam um hiato de três jornadas antes que um árbitro pudesse apitar o mesmo clube. E Fortunato já tinha picado o ponto 15 dias antes na vitória magra de 1-0 sobre o Farense.
Sai a nomeação de Carlos Valente "soprada" para a imprensa perante a ira do presidente portista. Com Lourenço Pinto, é arquitetado um plano que tudo tinha para dar certo: pressionar o árbitro setubalense a desistir da nomeação. 3 dias antes do jogo, o Jornal de Notícias e "O Jogo" expõem artigos relativos às relações de amizade entre Valente e Gaspar Ramos, chefe do departamento de futebol do Benfica. Depois, entra em força o braço armado do FCP: Reinaldo Teles entrega ao famoso Guarda Abel a incumbência de estabelecer um regime de terror. Sabendo que a equipa de arbitragem se deslocava de comboio, este fica parado o triplo do tempo na Estação da Campanhã, onde é apedrejado e há tentativa de invasão em massa para linchar o árbitro. No Hotel onde se hospedavam, chuva de insultos e tentativas de agressão. 16 horas antes do jogo, Lourenço Pinto ordena a Fortunato Azevedo para se preparar porque tem indicações que Valente cederá a pressões. Deslumbrado, estagia num hotel onde é descoberto por jornalistas da Bola e Record que estranham a sua presença ali quando estaria nomeado para um jogo em Castelo Branco na recém-criada Segunda Divisão de Honra.

Valente faz jus ao nome e não cede às ameaças de morte. A Estrutura do Benfica resolve abdicar do almoço e deslocar-se mais cedo do que o previsto para as Antas para se equiparem e adaptarem-se ao relvado.

Pinto da Costa tenta novo jogo sujo. O delfim de Reinaldo Teles, Jorge Gomes (que foi assalariado do Benfica entre 2003 e 2018, numa vieirada nojenta) dá ordens ao roupeiro e outros funcionários para despejarem uma dezena de bidões de creolina no balneário reservado aos jogadores do Benfica. O cheiro é agonizante. Os dirigentes do Benfica procuram o delegado da FPF para formalizarem uma queixa, mas ninguém lhe põe a vista em cima.

Cinicamente, aparece Pinto da Costa com um sorriso espelhado na sua cara. Ninguém ousa confrontá-lo. Ninguém, à exceção do treinador Sven-Goran Eriksson que coloca-se em frente do presidente do FCP e, firme mas educadamente, lavra o seu protesto, explicando-lhe que sabe que o ato foi premeditado. Pinto da Costa responde-lhe da forma que entrou para a História:
-«Sr.Eriksson, respeito e admiro-o muito, mas está nos meus domínios e estamos a travar uma guerra. Guerra é guerra! Desenrasquem-se!»

Alguns jogadores insistem em equipar-se no balneário. O médico Amílcar Miranda alerta-os para os perigos dos eflúvios libertados pelos compostos químicos fenólicos.
Eriksson dá a ordem, sem hesitação:
-Equipem-se nas escadas, onde houver espaço! Não nos vergarão! Somos o Benfica!

O resto já sabemos...Minuto 80, Eriksson retira o exausto Pacheco (cheio de feridas e nódoas negras nas pernas) por César Brito. No minuto seguinte, gooooooooooooooooolllllllllllllllooo!! 5 minutos depois, 0-2!


Eriksson corporizava o Benfica glorioso que aprendemos a amar. Esse Benfica abnegado, a fazer das fraquezas forças, com Fé indomável na excelsa Mística, está morto. Assassinado pelo vieirismo-costismo e pelas vistas curtas dos sócios.

E por tanto o amarmos, temos o dever de o tentar ressuscitar.

E Pluribus Unum!

Que orgulho ser Benfiquista.

" Não nos vergarão! " Esta merda devia ser frase exposta no carredor para o relvado.

É esta mística e poder de guerra que nos falta há tantos anos! Está próximo de aparecer.
A história tem tendência para se repetir!

Viva o BENFICA! Orgulho! Obrigado Eriksson!

SousaLB

Citação de: Tds 28 em 27 de Agosto de 2024, 15:17
Citação de: fdpdc666 em 27 de Agosto de 2024, 15:00Pai de Sven-Göran Eriksson agradece apoio e revela: «'Adormeceu' em casa, tal como queria...»
Antigo treinador do Benfica, que lutava contra um cancro terminal, morreu esta segunda-feira aos 76 anos.



Foto: Action Images

O pai de Sven-Göran Eriksson, Sven Eriksson, revelou que tem sido muito acarinhado depois da morte do filho, que esta segunda-feira perdeu a vida enquanto lutava contra um cancro terminal, e frisou que espera que o luto fique mais fácil depois do funeral.

"Não gosto quando há muita gente [a falar sobre isso], mas precisamos de ter em consideração o quão popular era. Não gosto de funerais, espero que o luto fique um pouco mais fácil depois. É difícil, mas é o que é. O Sven 'adormeceu' em casa, tal como queria. Conheço muita gente aqui em Torsby [terra natal de Eriksson] e todos têm sido muito simpáticos e preocupados. É muito bom sentir isto. Não nos sentimos tão sozinhos", disse, ao jornal sueco 'Expressen'.

Recorde-se que Sven-Göran Eriksson morreu esta segunda-feira de manhã, aos 76 anos. Ao longo da carreira, o antigo treinador orientou clubes como Lazio, Sampdoria, Fiorentina, Roma, Manchester City, Leicester City, além do Benfica – onde esteve de 1982/83 a 1983/84 e de 1989/90 a 1991/92. Como selecionador liderou a Inglaterra, o México, a Costa do Marfim e as Filipinas, no último cargo como técnico.

Por Record
Tive de ler novamente, achei estranho o Eriksson ainda ter o Pai vivo. Que dor que não deve ser, ter chegado a uma longeva idade e, agora vê o filho partir.
Muita força para ele
Deve ter uns 100 anos.

A mãe do Pelé também só faleceu há umas semanas.

Mendes96

Citação de: HB em 27 de Agosto de 2024, 12:21Eriksson: as capas dos jornais na Europa

Treinador sueco morreu segunda-feira aos 76 anos e foi lembrado sobretudo em quatro países: Portugal, Itália, Suécia e Inglaterra

Sven-Goran Eriksson morreu de cancro nesta segunda-feira e, como figura do futebol europeu, o seu desaparecimento fez capa em vários jornais do continente.

Os países em que Eriksson trabalhou foram os que deram destaque à morte de um homem que tocou de forma emocional aqueles que com ele trabalharam. Eriksson foi destaque nos jornais de Inglaterra, Itália e Suécia, para além de Portugal, onde A BOLA lhe dedicou toda a primeira página. Em baixo, pode ver como os jornais noticiaram a morte do técnico. Os ingleses recordam, claro, o resultado de Eriksson sobre a Alemanha, quando estava à frente da seleção inglesa.
















in abola
Citação de: HB em 27 de Agosto de 2024, 12:21Eriksson: as capas dos jornais na Europa

Treinador sueco morreu segunda-feira aos 76 anos e foi lembrado sobretudo em quatro países: Portugal, Itália, Suécia e Inglaterra

Sven-Goran Eriksson morreu de cancro nesta segunda-feira e, como figura do futebol europeu, o seu desaparecimento fez capa em vários jornais do continente.

Os países em que Eriksson trabalhou foram os que deram destaque à morte de um homem que tocou de forma emocional aqueles que com ele trabalharam. Eriksson foi destaque nos jornais de Inglaterra, Itália e Suécia, para além de Portugal, onde A BOLA lhe dedicou toda a primeira página. Em baixo, pode ver como os jornais noticiaram a morte do técnico. Os ingleses recordam, claro, o resultado de Eriksson sobre a Alemanha, quando estava à frente da seleção inglesa.
















in abola
E depois é ver as capas do ojogo e do Record

Lixo desportivo

OclassicoNº10

São histórias como estas que me fazem ter a certeza que as condolências dos outros é só para fazer ver.

Assim como tem de ser as nossas quando o momento chegar!

Filho de uma grande puta! Irão sentir o próprio veneno!

OclassicoNº10


O Benfica até nos videos é ligeiro/sem sal.
Parece uma reportagem da BBC do acasalamento de um casal de ursos.

Senti mais emoção/garra/mística a ler as 2 histórias partilhadas pelo user do que esta suposta reportagem.
Enfim.

Ja Clbeb

Citação de: Eduardo Gomes em 27 de Agosto de 2024, 01:16

Eriksson a celebrar o primeiro título no Benfica, em Portimão.
É o verão de 1983.

No ano seguinte voltou a vencer o campeonato.
Há nesta foto muitos jogadores que deviam ter sido vendidos bo mercado de inverno

Elvis the Pelvis

Citação de: Holmesreis em 26 de Agosto de 2024, 22:31Contrariando uma promessa que tinha imposto a mim próprio, a de parar de elaborar postagens em forma de testamento, achei que a morte de Eriksson merecia que voltasse a produzir algo que não fazia desde 1533, em pleno reinado de D. João III: uma mensagem com 57 parágrafos.

A razão: acho que nós, os benfiquistas de meia-idade que ainda passam aqui pelo fórum de quando em vez, temos a obrigação moral de catequizar os jovens benfiquistas, os vieiristas e todos os infiltrados que por aqui passam. Nós, que conhecemos um Benfica diferente, fervilhante e vivo e não esta amálgama de estilhaços agonizantes que envergonham a nossa Mística e a fibra em que foi concebida.

Deixo-vos aqui (para quem tenha paciência de ler até ao fim) duas histórias verídicas, conhecidas por uma minoria de sócios e adeptos e que demonstram a honorabilidade de Sven-Goran Eriksson e do porquê do Benfica lhe dever uma estátua, pelo que conquistou, mas sobretudo pela Mística que ajudou a fermentar, sem artificialidades ou subterfúgios bacocos:



Estamos em junho de 1983. Um Benfica demolidor acaba de sagrar-se campeão nacional com 4 pontos de vantagem sobre o FCP de Pedroto, praticando um futebol virtuoso e com resultados desnivelados. A 12 de junho, jogar-se-ia a final da Taça entre os dois clubes. "Jogar-se-ia", digo bem. Graças a Pinto da Costa, Adriano Pinto e José Maria Pedroto, instala-se uma guerra na Praça da Alegria em plena sede da Federação Portuguesa de Futebol. Para manter o controlo dos órgãos sociais da Federação, o Presidente Romão Martins permite a penetração de elementos da Associação de Futebol do Porto nas áreas de decisão da Federação, além da promoção de dirigentes do Sul com estreita amizade com Pinto da Costa como Amândio de Carvalho, António Pimenta e Azevedo Félix. O objetivo era descentralizar a Final da Taça e levá-la para o Norte, numa lógica de integração nacional. A organização da final era entregue a Adriano Pinto "e sus muchachos". Em fevereiro, pouco depois de ser disputada a eliminatória dos oitavos de final, a notícia cai como uma bomba junto dos órgãos de imprensa: a final será jogada no Estádio das Antas, casa do Futebol Clube do Porto!
Coincidência, ou não, a verdade é que nesse ano, fora a primeira eliminatória com o União de Coimbra, os azuis e brancos tiveram o caminho facilitado nos sorteios da Taça, jogando sempre em casa com adversários desnivelados: Famalicão, Espinho e Braga, sendo que na meia-final receberam a Académica a penar na Segunda Divisão, despachando-os com 9-1.
Um mês antes da final, a FPF (e bem) decidiu que o princípio da neutralidade estava ferido e que o FCP não poderia beneficiar do fator-casa numa final, lembrando-se da vergonha que tinha sido a final de 1977 quando o Presidente do Braga Lino Gomes de Almeida (e ilustre sócio do FCP) concorda, a troco de um prato de lentilhas, que a final entre Braga e FCP fosse disputada nas Antas.

Pinto da Costa colocou-se logo em ação. Na altura, ainda não havia "O Jogo", mas utilizou o "Jornal de Notícias" e a simpática redação nortenha da "Gazeta dos Desportos" para lançar o ultimato: ou o jogo se faria nas Antas, ou a equipa pura e simplesmente não compareceria à final. Novas eleições se realizaram que levaram ao poder um ex-deputado do CDS: Silva Resende. Este, avesso a peixeiradas, relembrou a legislação: a falta de comparência levaria à despromoção do FCP na época seguinte. Adriano Pinto e outros elementos da A.F.Porto e Braga ameaçam colocar os cargos à disposição no Conselho de Disciplina e Conselho de Justiça em solidariedade com Pinto da Costa. Silva Resende propõe primeiro o Jamor (recusado taxativamente pelo FCP por via telefónica) e depois, uma solução de consenso: o Municipal de Coimbra, local onde a Selecção Nacional fazia os seus estágios e, por influência de Otto Glória, disputava os jogos particulares. O Benfica concordou com esse plano, mas o FCP não. É convocada uma Assembleia-Geral de emergência onde Pinto da Costa verbera contra os poderes instalados de Lisboa e apela a sócios e adeptos a cercar a sede da Praça da Alegria para demonstrar o descontentamento de toda uma região.
O tempo vai passando e as reuniões na FPF não se realizam por falta de quórum, pois os elementos nortenhos apresentavam atestados médicos. Termina a época 1982/83 sem se realizar a final da Taça.
Entretanto, amigos comuns de Pinto da Costa e Fernando Martins juntam-nos num jantar em Montechoro em meados de julho. Pinto da Costa usa a carta emocional: a doença de Pedroto já tinha sido diagnosticada, o cancro ia avançado, era melhor enterrar-se o machado...O Presidente do Benfica cede nas pretensões, em nome da pacificação do futebol português. Ninguém levaria a mal que o Benfica perdesse um troféu disputado em casa de um adversário.
A final é marcada para 21 de agosto.

Na noite do estágio, Fernando Martins aborda Eriksson e Toni, sossegando-os. Humberto Coelho fizera uma entorse na semana anterior e era baixa para o jogo, tal como Alves e Chalana. Era o primeiro jogo oficial da época, os sócios compreenderiam se houvesse um desaire. A resposta do nórdico deixou Martins estupefacto:
"-Presidente, vamos entrar em campo para assumir o jogo e jogar ao ataque como se estivéssemos na Luz. Nem poderia deixar de ser assim, não acha? Não concebo outro resultado que não a vitória!"

E o jogo foi nosso, calando os 55000 que pretendiam fazer a festa antecipada. Um remate de folha seca de Carlos Manuel deu-nos o troféu, além de uma esplendorosa exibição do Bento que deteve todos os remates do Gomes e do Jacques. E, nunca mais se disputou uma final da Taça no Estádio das Antas.

2.º Episódio: 28 de abril de 1991.

Era a jornada 34, faltariam 5 para o final. Benfica e FCP separados por um ponto, disputavam o jogo do século no Estádio das Antas. O auge do poder tentacular do FCP: Conselho de Disciplina da FPF, Conselho de Justiça e Conselho da Arbitragem nas mãos de figuras sinistras ligadas ao FCP, ao abrigo dos "chitos" protagonizados por Adriano Pinto. O responsável pelas nomeações arbitrais era Lourenço Pinto, reconhecido adepto do FCP ( e mais tarde Presidente da Mesa da Assembleia Geral) que se depara com um dilema: como não nomear o melhor e mais prestigiado árbitro internacional português, presente nos Mundiais do México e Itália, apesar da oposição de Pinto da Costa? Havia a opção Rosa Santos, mas estava a recuperar de uma lesão muscular.
O FCP tinha vindo de uma retumbante vitória em Alvalade onde o melhor em campo tinha sido o alentejano Bento Marques, outro árbitro internacional. Não sobejavam alternativas. Pinto da Costa exige a nomeação de Fortunato Azevedo, protegido do seu compadre Azevedo Duarte e controlado pelos azuis e brancos. O problema estava nos regulamentos da época que exigiam um hiato de três jornadas antes que um árbitro pudesse apitar o mesmo clube. E Fortunato já tinha picado o ponto 15 dias antes na vitória magra de 1-0 sobre o Farense.
Sai a nomeação de Carlos Valente "soprada" para a imprensa perante a ira do presidente portista. Com Lourenço Pinto, é arquitetado um plano que tudo tinha para dar certo: pressionar o árbitro setubalense a desistir da nomeação. 3 dias antes do jogo, o Jornal de Notícias e "O Jogo" expõem artigos relativos às relações de amizade entre Valente e Gaspar Ramos, chefe do departamento de futebol do Benfica. Depois, entra em força o braço armado do FCP: Reinaldo Teles entrega ao famoso Guarda Abel a incumbência de estabelecer um regime de terror. Sabendo que a equipa de arbitragem se deslocava de comboio, este fica parado o triplo do tempo na Estação da Campanhã, onde é apedrejado e há tentativa de invasão em massa para linchar o árbitro. No Hotel onde se hospedavam, chuva de insultos e tentativas de agressão. 16 horas antes do jogo, Lourenço Pinto ordena a Fortunato Azevedo para se preparar porque tem indicações que Valente cederá a pressões. Deslumbrado, estagia num hotel onde é descoberto por jornalistas da Bola e Record que estranham a sua presença ali quando estaria nomeado para um jogo em Castelo Branco na recém-criada Segunda Divisão de Honra.

Valente faz jus ao nome e não cede às ameaças de morte. A Estrutura do Benfica resolve abdicar do almoço e deslocar-se mais cedo do que o previsto para as Antas para se equiparem e adaptarem-se ao relvado.

Pinto da Costa tenta novo jogo sujo. O delfim de Reinaldo Teles, Jorge Gomes (que foi assalariado do Benfica entre 2003 e 2018, numa vieirada nojenta) dá ordens ao roupeiro e outros funcionários para despejarem uma dezena de bidões de creolina no balneário reservado aos jogadores do Benfica. O cheiro é agonizante. Os dirigentes do Benfica procuram o delegado da FPF para formalizarem uma queixa, mas ninguém lhe põe a vista em cima.

Cinicamente, aparece Pinto da Costa com um sorriso espelhado na sua cara. Ninguém ousa confrontá-lo. Ninguém, à exceção do treinador Sven-Goran Eriksson que coloca-se em frente do presidente do FCP e, firme mas educadamente, lavra o seu protesto, explicando-lhe que sabe que o ato foi premeditado. Pinto da Costa responde-lhe da forma que entrou para a História:
-«Sr.Eriksson, respeito e admiro-o muito, mas está nos meus domínios e estamos a travar uma guerra. Guerra é guerra! Desenrasquem-se!»

Alguns jogadores insistem em equipar-se no balneário. O médico Amílcar Miranda alerta-os para os perigos dos eflúvios libertados pelos compostos químicos fenólicos.
Eriksson dá a ordem, sem hesitação:
-Equipem-se nas escadas, onde houver espaço! Não nos vergarão! Somos o Benfica!

O resto já sabemos...Minuto 80, Eriksson retira o exausto Pacheco (cheio de feridas e nódoas negras nas pernas) por César Brito. No minuto seguinte, gooooooooooooooooolllllllllllllllooo!! 5 minutos depois, 0-2!


Eriksson corporizava o Benfica glorioso que aprendemos a amar. Esse Benfica abnegado, a fazer das fraquezas forças, com Fé indomável na excelsa Mística, está morto. Assassinado pelo vieirismo-costismo e pelas vistas curtas dos sócios.

E por tanto o amarmos, temos o dever de o tentar ressuscitar.

E Pluribus Unum!


Post que retrata bem e para quem ainda tinha dúvidas, a diferença de classe, respeito, fair play e desportivismo entre os dois clubes. Um clube como o Benfica que sempre teve esses valores, infelizmente algo perdidos nos anos do Vieirismo, e o Porto, um clube que cresceu com base em valores pouco ou nada recomendáveis.

É isto que infelizmente os fãs estrangeiros do Porto e muita CS estrangeira não conhece. Se conhecessem, não tinham metade do respeito que têm por essa agremiação.

Parabéns pelo post caro amigo.

Benfiquismo

Um senhor, felizmente tive oportunidade e privilégio de o ver a treinar o nosso Benfica.
Descanse em paz.

Çula

Citação de: Red2802 em 26 de Agosto de 2024, 16:03
Citação de: Elvis the Pelvis em 26 de Agosto de 2024, 15:35
Citação de: Red2802 em 26 de Agosto de 2024, 14:53
Citação de: txjose em 26 de Agosto de 2024, 14:31Até já mister.

Depois do Benfica ser eliminado na Taça dos Campeões (não me lembro da época), Sven disse nos jornais (uma coisa parecida).
 
"A partir de agora, às Quarta-Feira os jogadores em vez de estar a jogar vão ver os jogos na TV"

Completamente furioso mas com uma postura de gentleman.



Isso deve ter sido na eliminação com a Roma em 90/91 para a Taça Uefa.

Repara:

82/83 - Finalista da Taça Uefa
83/84 - Eliminado da TCE pelo Liverpool

89/90 - Finalista da TCE com Milan
90-91 - 1 Ronda da Taça Uefa com Roma
91-92 - Eliminado pelo Barcelona em Camp Nou num jogo cuja vitória daria acesso a mais uma final da TCE (o vencedor do grupo tinha acesso à final).

Ou seja:

Em cinco anos perdeu duas finais, foi eliminado duas vezes pelos campeões europeus desse ano (Liverpool em 84 e Barcelona em 92).

Sobra a eliminação com a Roma como a pior prestação europeia do Benfica de Eriksson.

Patamares...

Certíssimo.

A de 84 foi nos quartos de final da Taça/Liga dos Campeões. Esse Liverpool era apenas a melhor equipa da Europa.

Em 1992 foi contra o Dream Team do Cruyff. E o Benfica tinha também uma excelente equipa, deu bastante luta lá em Camp Nou, perdendo 2-1. Cá na Luz foi 0-0 e o Benfica podia perfeitamente ter vencido. No final do jogo, os benfiquistas assobiaram fortemente a equipa... por empatar contra o Barcelona. Outros tempos, outra exigência.

A eliminação contra a Roma em 90/91 foi realmente a única eliminação precoce e surpreendente. Essa Roma acho que foi à final da Uefa nesse ano, mas perdeu para o Inter.

Fui ver o jogo do Barcelona à Luz.

Podíamos ter ganho mas também podíamos ter perdido...

O Laudrup e o Stoitchkov puseram a cabeça dos defesas do Benfica em água...

Era um Barcelona de sonho que viria a sagrar-se campeão europeu pela primeira vez na sua história, em Wembley frente à Sampdoria, no famoso livre do Koeman.

Olha aí a relíquia...



Ouvi o relato no meu quarto (bem como todos os jogos em casa dessa fase de grupos).

Fun fact desse jogo foi o Paneira ter jogado a lateral direito mas não ter abdicado do numero 7, o que "obrigou" o Rui Costa a jogar com a camisola numero 2.

Esse jogo podia ter acabado num 3-3 e ficou 0-0.
O Neno deve ter feito a melhor exibição pelo Benfica nessa noite.

Eduardo Gomes

#1675


Eriksson em 1982, com a família no Estádio da Luz.

Cruijff

Citação de: SousaLB em 27 de Agosto de 2024, 17:08
Citação de: Tds 28 em 27 de Agosto de 2024, 15:17
Citação de: fdpdc666 em 27 de Agosto de 2024, 15:00Pai de Sven-Göran Eriksson agradece apoio e revela: «'Adormeceu' em casa, tal como queria...»
Antigo treinador do Benfica, que lutava contra um cancro terminal, morreu esta segunda-feira aos 76 anos.



Foto: Action Images

O pai de Sven-Göran Eriksson, Sven Eriksson, revelou que tem sido muito acarinhado depois da morte do filho, que esta segunda-feira perdeu a vida enquanto lutava contra um cancro terminal, e frisou que espera que o luto fique mais fácil depois do funeral.

"Não gosto quando há muita gente [a falar sobre isso], mas precisamos de ter em consideração o quão popular era. Não gosto de funerais, espero que o luto fique um pouco mais fácil depois. É difícil, mas é o que é. O Sven 'adormeceu' em casa, tal como queria. Conheço muita gente aqui em Torsby [terra natal de Eriksson] e todos têm sido muito simpáticos e preocupados. É muito bom sentir isto. Não nos sentimos tão sozinhos", disse, ao jornal sueco 'Expressen'.

Recorde-se que Sven-Göran Eriksson morreu esta segunda-feira de manhã, aos 76 anos. Ao longo da carreira, o antigo treinador orientou clubes como Lazio, Sampdoria, Fiorentina, Roma, Manchester City, Leicester City, além do Benfica – onde esteve de 1982/83 a 1983/84 e de 1989/90 a 1991/92. Como selecionador liderou a Inglaterra, o México, a Costa do Marfim e as Filipinas, no último cargo como técnico.

Por Record
Tive de ler novamente, achei estranho o Eriksson ainda ter o Pai vivo. Que dor que não deve ser, ter chegado a uma longeva idade e, agora vê o filho partir.
Muita força para ele
Deve ter uns 100 anos.

A mãe do Pelé também só faleceu há umas semanas.

@SousaLB, o pai do Eriksson ainda não tem 100 anos , mas não está longe disso , ele tem 95 anos.

Red2802

Citação de: Çula em 27 de Agosto de 2024, 18:31
Citação de: Red2802 em 26 de Agosto de 2024, 16:03
Citação de: Elvis the Pelvis em 26 de Agosto de 2024, 15:35
Citação de: Red2802 em 26 de Agosto de 2024, 14:53
Citação de: txjose em 26 de Agosto de 2024, 14:31Até já mister.

Depois do Benfica ser eliminado na Taça dos Campeões (não me lembro da época), Sven disse nos jornais (uma coisa parecida).
 
"A partir de agora, às Quarta-Feira os jogadores em vez de estar a jogar vão ver os jogos na TV"

Completamente furioso mas com uma postura de gentleman.



Isso deve ter sido na eliminação com a Roma em 90/91 para a Taça Uefa.

Repara:

82/83 - Finalista da Taça Uefa
83/84 - Eliminado da TCE pelo Liverpool

89/90 - Finalista da TCE com Milan
90-91 - 1 Ronda da Taça Uefa com Roma
91-92 - Eliminado pelo Barcelona em Camp Nou num jogo cuja vitória daria acesso a mais uma final da TCE (o vencedor do grupo tinha acesso à final).

Ou seja:

Em cinco anos perdeu duas finais, foi eliminado duas vezes pelos campeões europeus desse ano (Liverpool em 84 e Barcelona em 92).

Sobra a eliminação com a Roma como a pior prestação europeia do Benfica de Eriksson.

Patamares...

Certíssimo.

A de 84 foi nos quartos de final da Taça/Liga dos Campeões. Esse Liverpool era apenas a melhor equipa da Europa.

Em 1992 foi contra o Dream Team do Cruyff. E o Benfica tinha também uma excelente equipa, deu bastante luta lá em Camp Nou, perdendo 2-1. Cá na Luz foi 0-0 e o Benfica podia perfeitamente ter vencido. No final do jogo, os benfiquistas assobiaram fortemente a equipa... por empatar contra o Barcelona. Outros tempos, outra exigência.

A eliminação contra a Roma em 90/91 foi realmente a única eliminação precoce e surpreendente. Essa Roma acho que foi à final da Uefa nesse ano, mas perdeu para o Inter.

Fui ver o jogo do Barcelona à Luz.

Podíamos ter ganho mas também podíamos ter perdido...

O Laudrup e o Stoitchkov puseram a cabeça dos defesas do Benfica em água...

Era um Barcelona de sonho que viria a sagrar-se campeão europeu pela primeira vez na sua história, em Wembley frente à Sampdoria, no famoso livre do Koeman.

Olha aí a relíquia...



Ouvi o relato no meu quarto (bem como todos os jogos em casa dessa fase de grupos).

Fun fact desse jogo foi o Paneira ter jogado a lateral direito mas não ter abdicado do numero 7, o que "obrigou" o Rui Costa a jogar com a camisola numero 2.

Esse jogo podia ter acabado num 3-3 e ficou 0-0.
O Neno deve ter feito a melhor exibição pelo Benfica nessa noite.

Não resiti a ir ver o resumo do jogo.

Já não me lembrava bem de alguns pormenores, inclusive esse do Rui Costa jogar com o número 2.

Zubizarreta GR, actual Director Desportivo do Porto.

Guardiola cheio de cabelo.

Enchente e barulho infernal da antiga Luz.

E, sim, grande exibição do Paneira e Stoitchkov três vezes isolado frente ao Neno.

Por fim a tristeza de ver Neno, Kulkov e Pacheco que nos deixaram tão cedo.

Enfim, saudades.

https://youtu.be/HsXIkwyKWI4?si=G_g4kAsdaHxAwlHy

Avante

Onde se pode arranjar um chapéu/bob Macieira?