As Finanças do Benfica

[Eterno Benfica]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Isto é um tema que discordo e concordo... É muito dificil ter muito bons jogadores em todos os escalões, e aí concordo com o que dizem, mas a verdade é que basta olhar para a equipa B e percebemos que há muitos jovens com muita qualidade, e é aí que discordo, se o Benfica trabalhar bem na prospeção conseguirá sempre ter alguns dos melhores jovens valores nos seus quadros, como tem tido ultimamente.

Além do que vem da formação, o Benfica continua atento aos jogadores jovens pelo mundo fora, de forma a garantir ter sempre jovens com muita qualidade que possam ajudar a equipa e que possam depois ser vendidos por uma quantia elevada, como é o caso do zivkovic, grimaldo, (...)

Na minha optica estamos a trabalhar bem no sentido de assegurar sempre ter receitas elevadas em vendas de jogadores, temos é de ''aperfeiçoar'' o modelo de modo a conseguirmos reduzir o valor gasto em amortizações e juros, reduzir passivo e ficarmos cada vez menos dependentes destas receitas em vendas de jogadores.

Ou seja acho que trabalhamos bem na parte das receitas mas mal no lado das despesas.

[sergio19azb]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Isto é um tema que discordo e concordo... É muito dificil ter muito bons jogadores em todos os escalões, e aí concordo com o que dizem, mas a verdade é que basta olhar para a equipa B e percebemos que há muitos jovens com muita qualidade, e é aí que discordo, se o Benfica trabalhar bem na prospeção conseguirá sempre ter alguns dos melhores jovens valores nos seus quadros, como tem tido ultimamente.

Além do que vem da formação, o Benfica continua atento aos jogadores jovens pelo mundo fora, de forma a garantir ter sempre jovens com muita qualidade que possam ajudar a equipa e que possam depois ser vendidos por uma quantia elevada, como é o caso do zivkovic, grimaldo, (...)

Na minha optica estamos a trabalhar bem no sentido de assegurar sempre ter receitas elevadas em vendas de jogadores, temos é de ''aperfeiçoar'' o modelo de modo a conseguirmos reduzir o valor gasto em amortizações e juros, reduzir passivo e ficarmos cada vez menos dependentes destas receitas em vendas de jogadores.

Ou seja acho que trabalhamos bem na parte das receitas mas mal no lado das despesas.

Receitas Extraordinárias -
     Reduzir a necessidade de vender tanto. 50M€ de receitas extraordinárias devia de ser o limite
Encargos (Juros e Amortizações) -
     Menos contratações signficam menos amortizações
Receitas Op +
     Naming Estádio; Bilheteira; Revisão contratual patrocinadores
Custos Op -
     Redução orçamento (custos com futebol em cerca de 5M€)
Formação +
      Por cada Celis/Benitez, dar oportunidade a um João Carvalho ou Pedro Rodrigues
Sucesso Desportivo +
      Manter um investimento na equipa que permita ao clube continuar a ganhar
É uma equação dificil mas se trabalharem um pouco em cada um desses campos em cima, é possivel.
Passivo -
      Reduzir o passivo de forma gradual (10M€ anuais), mantendo o crescimento gradual do activo (se não for possivel aumentar o activo, que não seja reduzido pelo menos)

[MALU15]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Estás a ser demasiado pessimista. Como tudo na vida, nada está garantido de forma permanente. O modelo do Benfica actualmente, para além do Seixal também assenta na estrutura de scounting. O Nelson Semedo e o Lindelof e o Grimaldo, não integraram os escalões iniciais da formação, em bom rigor não são produto made in Seixal. Os investimentos no ZIV, no Jovic e no Sapo, também são exemplos que provam que nem todos resultam (pelo menos até agora).

MALU não estou a ser pessimista. Se pensarmos em jogadores da equipa B que possam ser vendidos por 15M€ no espaço de 18meses encontras algum?
Pepe ainda não teve oportunidades, João Carvalho foi agora emprestado ao Setubal, Guga esteve lesionado, Buta e Diogo Gonçalves têm qualidade mas oscilam muito entre o bom e o fraquito.

Para além do Semedo, que não é Made in Seixal mas é um projecto da formação visto que passou 1 ano nos juniores e 2 na equipa B, não vejo outro jovem jogador pronto para ser vendido.
Eu sou contra esta estratégia mas se o Vieira conta com isso vai dar-se mal.

Essa questão do scouting, penso que é um pau de dois bicos. Se Grimaldo, Zivkovic e Lindelof representam um investimento total de cerca de 10M€ (estou a ser mãos largas) e forem vendidos por 80M€ (ambos) é obvio que há aqui um lucro tremendo mas depois temos que somar todos os outros e verificar que nem tudo é "cor-de-rosa"
Acho inadmissível o Jovic e Sapo terem custado 10M€ só porque no seu país eram "jovens com potencial".
A ideia que tenho é que tanto Markovic como Zivkovic eram muito mais jogadores com 18 anos, quando ainda jogavam no Partizan. Estavam claramente num patamar acima de Jovic e Sapo.

P.S- Nem sempre vamos conseguir Lindelof's, Grimaldo's e Zivkovic's por tuta e meia.

Enumeraste muitos da B, mas ainda de esqueceste de outros: Zé golo, João Félix, João Filipe, ...
o que é bom sinal. Destes todos estou certo que 2/3 vão vingar.

[peter_slb]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Os jogadores não são stock (no atual Benfica parece, mas não é suposto serem), são ativos fixos e como geralmente ocorre com os ativos fixos, só os dispensáveis devem ser vendidos, os restantes têm como propósito gerar rendimentos pela sua atividade ao serviço da empresa, é esse que deve ser o objetivo, não é assumir que somos um entreposto, em que os jogadores não passam de mercadorias e o Seixal um armazém de produtos em curso.

Toda a gente investe no centro de formação, são muito raros os clubes que não têm camadas jovens, o que é substancialmente diferente no Benfica atual, é que tivemos uma geração de ouro, o trabalho ajuda, mas não chega trabalhar bem nas camadas jovens para ter uma geração destas, isto é algo que será sempre raríssimo, independentemente da qualidade do trabalho e das instalações. Por exemplo esta geração que aí vem, tem alguns jogadores com bastante potencial, mas não tem Renatos ou Bernardos.

[sergio19azb]

Nos próximos 5 anos deveria ser abatido ao passívo, no mínimo, 100M (cerca de 20M ano). Com venda do name do estádio, com receitas extraordionárias, whatever.... Isto para nos podermos soltar das amarras bancárias e começarmos a pensar num futuro de conquistas europeias, com aproveitamento de jogadores criados no clube.

20M€ seria óptimo mas penso que é impensável neste momento. A não ser que se venda todos os anos 100M€ em jogadores, o que não faz sentido e nos enfraquece.

Manter o activo, reduzir o passivo em 10M€ anuais e esperar que o sucesso desportivo nos traga mais oportunidades de melhorar as receitas futuras.

[sergio19azb]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Estás a ser demasiado pessimista. Como tudo na vida, nada está garantido de forma permanente. O modelo do Benfica actualmente, para além do Seixal também assenta na estrutura de scounting. O Nelson Semedo e o Lindelof e o Grimaldo, não integraram os escalões iniciais da formação, em bom rigor não são produto made in Seixal. Os investimentos no ZIV, no Jovic e no Sapo, também são exemplos que provam que nem todos resultam (pelo menos até agora).

MALU não estou a ser pessimista. Se pensarmos em jogadores da equipa B que possam ser vendidos por 15M€ no espaço de 18meses encontras algum?
Pepe ainda não teve oportunidades, João Carvalho foi agora emprestado ao Setubal, Guga esteve lesionado, Buta e Diogo Gonçalves têm qualidade mas oscilam muito entre o bom e o fraquito.

Para além do Semedo, que não é Made in Seixal mas é um projecto da formação visto que passou 1 ano nos juniores e 2 na equipa B, não vejo outro jovem jogador pronto para ser vendido.
Eu sou contra esta estratégia mas se o Vieira conta com isso vai dar-se mal.

Essa questão do scouting, penso que é um pau de dois bicos. Se Grimaldo, Zivkovic e Lindelof representam um investimento total de cerca de 10M€ (estou a ser mãos largas) e forem vendidos por 80M€ (ambos) é obvio que há aqui um lucro tremendo mas depois temos que somar todos os outros e verificar que nem tudo é "cor-de-rosa"
Acho inadmissível o Jovic e Sapo terem custado 10M€ só porque no seu país eram "jovens com potencial".
A ideia que tenho é que tanto Markovic como Zivkovic eram muito mais jogadores com 18 anos, quando ainda jogavam no Partizan. Estavam claramente num patamar acima de Jovic e Sapo.

P.S- Nem sempre vamos conseguir Lindelof's, Grimaldo's e Zivkovic's por tuta e meia.

Enumeraste muitos da B, mas ainda de esqueceste de outros: Zé golo, João Félix, João Filipe, ...
o que é bom sinal. Destes todos estou certo que 2/3 vão vingar.

MALU existe ainda Gedson, Florentino e outros mas para já são apenas projectos de jogadores. Nem todos vão ter a oportunidade que Renato Sanches teve.
São jogadores para entrarem no plantel principal daqui por 2 anos, se conseguirem dar o salto claro...

[CitriC]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Estás a ser demasiado pessimista. Como tudo na vida, nada está garantido de forma permanente. O modelo do Benfica actualmente, para além do Seixal também assenta na estrutura de scounting. O Nelson Semedo e o Lindelof e o Grimaldo, não integraram os escalões iniciais da formação, em bom rigor não são produto made in Seixal. Os investimentos no ZIV, no Jovic e no Sapo, também são exemplos que provam que nem todos resultam (pelo menos até agora).

MALU não estou a ser pessimista. Se pensarmos em jogadores da equipa B que possam ser vendidos por 15M€ no espaço de 18meses encontras algum?
Pepe ainda não teve oportunidades, João Carvalho foi agora emprestado ao Setubal, Guga esteve lesionado, Buta e Diogo Gonçalves têm qualidade mas oscilam muito entre o bom e o fraquito.

Para além do Semedo, que não é Made in Seixal mas é um projecto da formação visto que passou 1 ano nos juniores e 2 na equipa B, não vejo outro jovem jogador pronto para ser vendido.
Eu sou contra esta estratégia mas se o Vieira conta com isso vai dar-se mal.

Essa questão do scouting, penso que é um pau de dois bicos. Se Grimaldo, Zivkovic e Lindelof representam um investimento total de cerca de 10M€ (estou a ser mãos largas) e forem vendidos por 80M€ (ambos) é obvio que há aqui um lucro tremendo mas depois temos que somar todos os outros e verificar que nem tudo é "cor-de-rosa"
Acho inadmissível o Jovic e Sapo terem custado 10M€ só porque no seu país eram "jovens com potencial".
A ideia que tenho é que tanto Markovic como Zivkovic eram muito mais jogadores com 18 anos, quando ainda jogavam no Partizan. Estavam claramente num patamar acima de Jovic e Sapo.

P.S- Nem sempre vamos conseguir Lindelof's, Grimaldo's e Zivkovic's por tuta e meia.

O Hildeberto também anda emprestado na Segunda Liga Inglesa. Não me surpreenderia se também tivesse para lá umas claúsulas.
Não me lembro de outros jogadores que estejam por aí emprestados.
Basicamente os jogadores acabam apenas por ser vendidos se forem emprestados e se os responsaveis dos outros clubes do universo Mendes ficarem convencidos. Portanto até vermos mais jogadores a serem emprestados a liga estrangeiros não me parece que vejamos outros a ser vendidos.


Mas a fábrica do Seixal está constantemente a formar jogadores. Como tal continuaremos a ver a nata da nata a ficar no Benfica, os bons a sairem por emprestimo e os medianos a sairem para clubes portugueses com clausula de recompra caso venham a crescer, e os maus a irem livremente para outros clubes nacionais.

[MALU15]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Os jogadores não são stock (no atual Benfica parece, mas não é suposto serem), são ativos fixos e como geralmente ocorre com os ativos fixos, só os dispensáveis devem ser vendidos, os restantes têm como propósito gerar rendimentos pela sua atividade ao serviço da empresa, é esse que deve ser o objetivo, não é assumir que somos um entreposto, em que os jogadores não passam de mercadorias e o Seixal um armazém de produtos em curso.

Toda a gente investe no centro de formação, são muito raros os clubes que não têm camadas jovens, o que é substancialmente diferente no Benfica atual, é que tivemos uma geração de ouro, o trabalho ajuda, mas não chega trabalhar bem nas camadas jovens para ter uma geração destas, isto é algo que será sempre raríssimo, independentemente da qualidade do trabalho e das instalações. Por exemplo esta geração que aí vem, tem alguns jogadores com bastante potencial, mas não tem Renatos ou Bernardos.

Peter, eu tenho uma visão (e porque não alguma fé) diferente.
Mas acima de tudo acho que se tivermos como ponto de partida o fim da era JVA e ao que ela levou o Clube, o Benfica precisou de cerca de 12/15 anos para inverter o ciclo do Porto, e só o conseguiu fazer à custa de investimentos significativos em aquisições que nem sempre resultaram, mas recorrendo a capitais alheios que originaram o Passivo de que todos nos queixamos. Estamos agora num ponto de viragem que vai ser crucial.

[sergio19azb]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Estás a ser demasiado pessimista. Como tudo na vida, nada está garantido de forma permanente. O modelo do Benfica actualmente, para além do Seixal também assenta na estrutura de scounting. O Nelson Semedo e o Lindelof e o Grimaldo, não integraram os escalões iniciais da formação, em bom rigor não são produto made in Seixal. Os investimentos no ZIV, no Jovic e no Sapo, também são exemplos que provam que nem todos resultam (pelo menos até agora).

MALU não estou a ser pessimista. Se pensarmos em jogadores da equipa B que possam ser vendidos por 15M€ no espaço de 18meses encontras algum?
Pepe ainda não teve oportunidades, João Carvalho foi agora emprestado ao Setubal, Guga esteve lesionado, Buta e Diogo Gonçalves têm qualidade mas oscilam muito entre o bom e o fraquito.

Para além do Semedo, que não é Made in Seixal mas é um projecto da formação visto que passou 1 ano nos juniores e 2 na equipa B, não vejo outro jovem jogador pronto para ser vendido.
Eu sou contra esta estratégia mas se o Vieira conta com isso vai dar-se mal.

Essa questão do scouting, penso que é um pau de dois bicos. Se Grimaldo, Zivkovic e Lindelof representam um investimento total de cerca de 10M€ (estou a ser mãos largas) e forem vendidos por 80M€ (ambos) é obvio que há aqui um lucro tremendo mas depois temos que somar todos os outros e verificar que nem tudo é "cor-de-rosa"
Acho inadmissível o Jovic e Sapo terem custado 10M€ só porque no seu país eram "jovens com potencial".
A ideia que tenho é que tanto Markovic como Zivkovic eram muito mais jogadores com 18 anos, quando ainda jogavam no Partizan. Estavam claramente num patamar acima de Jovic e Sapo.

P.S- Nem sempre vamos conseguir Lindelof's, Grimaldo's e Zivkovic's por tuta e meia.

O Hildeberto também anda emprestado na Segunda Liga Inglesa. Não me surpreenderia se também tivesse para lá umas claúsulas.
Não me lembro de outros jogadores que estejam por aí emprestados.
Basicamente os jogadores acabam apenas por ser vendidos se forem emprestados e se os responsaveis dos outros clubes do universo Mendes ficarem convencidos. Portanto até vermos mais jogadores a serem emprestados a liga estrangeiros não me parece que vejamos outros a ser vendidos.


Mas a fábrica do Seixal está constantemente a formar jogadores. Como tal continuaremos a ver a nata da nata a ficar no Benfica, os bons a sairem por emprestimo e os medianos a sairem para clubes portugueses com clausula de recompra caso venham a crescer, e os maus a irem livremente para outros clubes nacionais.

Isso das clausulas é que me mete medo e me faz desconfiar deste tipo de negócios. O Mendes faz magia e convence alguém a comprar por X mas em troca disso o Benfica fica dependente e acaba por comprar um Roberto ou um Pizzi ao Atlético...

[Eterno Benfica]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Os jogadores não são stock (no atual Benfica parece, mas não é suposto serem), são ativos fixos e como geralmente ocorre com os ativos fixos, só os dispensáveis devem ser vendidos, os restantes têm como propósito gerar rendimentos pela sua atividade ao serviço da empresa, é esse que deve ser o objetivo, não é assumir que somos um entreposto, em que os jogadores não passam de mercadorias e o Seixal um armazém de produtos em curso.

Toda a gente investe no centro de formação, são muito raros os clubes que não têm camadas jovens, o que é substancialmente diferente no Benfica atual, é que tivemos uma geração de ouro, o trabalho ajuda, mas não chega trabalhar bem nas camadas jovens para ter uma geração destas, isto é algo que será sempre raríssimo, independentemente da qualidade do trabalho e das instalações. Por exemplo esta geração que aí vem, tem alguns jogadores com bastante potencial, mas não tem Renatos ou Bernardos.

É quase impossível ter jogadores de muita qualidade como ativos fixos para a realidade que é o campeonato em Portugal. Mesmo o Bernardo Silva que ninguém ter dúvidas ser benfiquista, quando ainda estava no Benfica disse que gostava de estar muitos anos no Benfica ou até mesmo fazer a carreira toda, mas que também gostaria de experimentar outros campeonatos. É normal quer pela vertente desportiva quer pela financeira.

Nem mesmo o united conseguiu segurar o Ronaldo, no futebol os jogadores nunca serão ativos fixos.

[Maldini]

4 anos para descer 200M o passivo.

Tá a contar.

Isso não faz sentido.


Pelo que a direcção (nomeadamente LFV e DSO) disse o Passivo terá uma diminuição na ordem dos 50 a 60M até 2020.

Pelo que o DSO disse, as finanças do clube só estarão estáveis quando o passivo for metade do valor do ativo. Ora, neste momento, o passivo e ativo estão ela por ela, por isso tem de descer +/-200M.

O Vieira tinha dito que queria "entregar" o clube numa situação estável, por isso 50,60 milhões parece-me pouco.

O que ele disse foi que estariam confortáveis quando a dívida financeira fosse igual a um ano de facturação.

Ficamos confortáveis quando o passivo financeiro não existir ...

A google ainda há uns dois anos lançou um emprestimo obrigacionista de mil milhões a uma taxa superior a 3%.

E que eu saiba estão bem confortáveis.

E os negócios são iguais?

[Maldini]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Estás a ser demasiado pessimista. Como tudo na vida, nada está garantido de forma permanente. O modelo do Benfica actualmente, para além do Seixal também assenta na estrutura de scounting. O Nelson Semedo e o Lindelof e o Grimaldo, não integraram os escalões iniciais da formação, em bom rigor não são produto made in Seixal. Os investimentos no ZIV, no Jovic e no Sapo, também são exemplos que provam que nem todos resultam (pelo menos até agora).

MALU não estou a ser pessimista. Se pensarmos em jogadores da equipa B que possam ser vendidos por 15M€ no espaço de 18meses encontras algum?
Pepe ainda não teve oportunidades, João Carvalho foi agora emprestado ao Setubal, Guga esteve lesionado, Buta e Diogo Gonçalves têm qualidade mas oscilam muito entre o bom e o fraquito.

Para além do Semedo, que não é Made in Seixal mas é um projecto da formação visto que passou 1 ano nos juniores e 2 na equipa B, não vejo outro jovem jogador pronto para ser vendido.
Eu sou contra esta estratégia mas se o Vieira conta com isso vai dar-se mal.

Essa questão do scouting, penso que é um pau de dois bicos. Se Grimaldo, Zivkovic e Lindelof representam um investimento total de cerca de 10M€ (estou a ser mãos largas) e forem vendidos por 80M€ (ambos) é obvio que há aqui um lucro tremendo mas depois temos que somar todos os outros e verificar que nem tudo é "cor-de-rosa"
Acho inadmissível o Jovic e Sapo terem custado 10M€ só porque no seu país eram "jovens com potencial".
A ideia que tenho é que tanto Markovic como Zivkovic eram muito mais jogadores com 18 anos, quando ainda jogavam no Partizan. Estavam claramente num patamar acima de Jovic e Sapo.

P.S- Nem sempre vamos conseguir Lindelof's, Grimaldo's e Zivkovic's por tuta e meia.

O Hildeberto também anda emprestado na Segunda Liga Inglesa. Não me surpreenderia se também tivesse para lá umas claúsulas.
Não me lembro de outros jogadores que estejam por aí emprestados.
Basicamente os jogadores acabam apenas por ser vendidos se forem emprestados e se os responsaveis dos outros clubes do universo Mendes ficarem convencidos. Portanto até vermos mais jogadores a serem emprestados a liga estrangeiros não me parece que vejamos outros a ser vendidos.


Mas a fábrica do Seixal está constantemente a formar jogadores. Como tal continuaremos a ver a nata da nata a ficar no Benfica, os bons a sairem por emprestimo e os medianos a sairem para clubes portugueses com clausula de recompra caso venham a crescer, e os maus a irem livremente para outros clubes nacionais.

O problema será apenas quando a máquina do seixal não conseguir produzir valores ... porque isto do sempre tem muito que se lhe diga ...

[peter_slb]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Os jogadores não são stock (no atual Benfica parece, mas não é suposto serem), são ativos fixos e como geralmente ocorre com os ativos fixos, só os dispensáveis devem ser vendidos, os restantes têm como propósito gerar rendimentos pela sua atividade ao serviço da empresa, é esse que deve ser o objetivo, não é assumir que somos um entreposto, em que os jogadores não passam de mercadorias e o Seixal um armazém de produtos em curso.

Toda a gente investe no centro de formação, são muito raros os clubes que não têm camadas jovens, o que é substancialmente diferente no Benfica atual, é que tivemos uma geração de ouro, o trabalho ajuda, mas não chega trabalhar bem nas camadas jovens para ter uma geração destas, isto é algo que será sempre raríssimo, independentemente da qualidade do trabalho e das instalações. Por exemplo esta geração que aí vem, tem alguns jogadores com bastante potencial, mas não tem Renatos ou Bernardos.

Peter, eu tenho uma visão (e porque não alguma fé) diferente.
Mas acima de tudo acho que se tivermos como ponto de partida o fim da era JVA e ao que ela levou o Clube, o Benfica precisou de cerca de 12/15 anos para inverter o ciclo do Porto, e só o conseguiu fazer à custa de investimentos significativos em aquisições que nem sempre resultaram, mas recorrendo a capitais alheios que originaram o Passivo de que todos nos queixamos. Estamos agora num ponto de viragem que vai ser crucial.

Há 6 anos que o valor das vendas de jogadores é superior às compras de jogadores, ou seja, há 6 anos que existe desinvestimento nesta área. Para mim o ponto de partida desta gestão é o Benfica de 2008 e discordo que esse Benfica precisasse de sobre-endividamento para atingir o sucesso desportivo.

[peter_slb]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Os jogadores não são stock (no atual Benfica parece, mas não é suposto serem), são ativos fixos e como geralmente ocorre com os ativos fixos, só os dispensáveis devem ser vendidos, os restantes têm como propósito gerar rendimentos pela sua atividade ao serviço da empresa, é esse que deve ser o objetivo, não é assumir que somos um entreposto, em que os jogadores não passam de mercadorias e o Seixal um armazém de produtos em curso.

Toda a gente investe no centro de formação, são muito raros os clubes que não têm camadas jovens, o que é substancialmente diferente no Benfica atual, é que tivemos uma geração de ouro, o trabalho ajuda, mas não chega trabalhar bem nas camadas jovens para ter uma geração destas, isto é algo que será sempre raríssimo, independentemente da qualidade do trabalho e das instalações. Por exemplo esta geração que aí vem, tem alguns jogadores com bastante potencial, mas não tem Renatos ou Bernardos.

É quase impossível ter jogadores de muita qualidade como ativos fixos para a realidade que é o campeonato em Portugal. Mesmo o Bernardo Silva que ninguém ter dúvidas ser benfiquista, quando ainda estava no Benfica disse que gostava de estar muitos anos no Benfica ou até mesmo fazer a carreira toda, mas que também gostaria de experimentar outros campeonatos. É normal quer pela vertente desportiva quer pela financeira.

Nem mesmo o united conseguiu segurar o Ronaldo, no futebol os jogadores nunca serão ativos fixos.

o facto de serem vendidos se aparecerem propostas enormes não faz com que não sejam ativos fixos. A minha casa é um ativo fixo meu, não é uma mercadoria, no entanto se alguém ficasse encantado por ela e me desse 1 milhão por ela, eu também a vendia. O que faz com que sejam mercadoria, é sermos nós a querer vende-los e a procurar compradores (pagando grandes comissões a quem o faz) para eles.

[Eterno Benfica]

As receitas extraordinárias são isso mesmo: extraordinárias.  Estar a fazer planos de médio/longo prazo a contar com valores elevados destas receitas todos os anos tem tudo para correr mal.

Em negócios mais clássicos isso é verdade, mas no futebol isso não é bem assim. Basta veres se o Benfica desenvolveu (investiu e continua a investir ) o seu centro de formação, na prática está a complementar o seu modelo de negócio com uma actividade complementar que tem como objectivo  formar talentos que alimentem não só a sua equipa principal mas também que alimentem o negócio das vendas originando mais valias que vão entrar como receitas extraordinárias, mas que também têm muito de correntes (operacionais). E não esquecer que esta actividade de formar talentos começa inclusive com a compra de talentos em bruto que não passaram pela cadeia dos vários escalões da formação.

Abusando um pouco da linguagem, podemos mesmo dizer que o Benfica tem no seu centro de formação  um "stock de atletas" E os stocks também são para vender.

Isso assume que todas as gerações têm grande qualidade - não irá ser verdade todos os anos.
Também assume sucesso desportivo, o que também não é garantido.

Neste modelo, uma época desportivamente muito fraca (que pode acontecer) significará uma de duas coisas: ou um ano financeiro desastroso, ou uma razia total no plantel.

O Benfica no espaço de 2 anos vendeu 5 jogadores da formação por verbas muito interessantes:
Cancelo 15
André Gomes 15+5
Bernardo 15
H.Costa 15
Cavaleiro 15

Tão cedo não vende ninguém. Já vendeu o Guedes, neste momento só há Semedo e Lindelof.
Admitir que o Seixal dá todos os anos 2 ou 3 jogadores de 15M€ é uma armadilha ...

Estás a ser demasiado pessimista. Como tudo na vida, nada está garantido de forma permanente. O modelo do Benfica actualmente, para além do Seixal também assenta na estrutura de scounting. O Nelson Semedo e o Lindelof e o Grimaldo, não integraram os escalões iniciais da formação, em bom rigor não são produto made in Seixal. Os investimentos no ZIV, no Jovic e no Sapo, também são exemplos que provam que nem todos resultam (pelo menos até agora).

MALU não estou a ser pessimista. Se pensarmos em jogadores da equipa B que possam ser vendidos por 15M€ no espaço de 18meses encontras algum?
Pepe ainda não teve oportunidades, João Carvalho foi agora emprestado ao Setubal, Guga esteve lesionado, Buta e Diogo Gonçalves têm qualidade mas oscilam muito entre o bom e o fraquito.

Para além do Semedo, que não é Made in Seixal mas é um projecto da formação visto que passou 1 ano nos juniores e 2 na equipa B, não vejo outro jovem jogador pronto para ser vendido.
Eu sou contra esta estratégia mas se o Vieira conta com isso vai dar-se mal.

Essa questão do scouting, penso que é um pau de dois bicos. Se Grimaldo, Zivkovic e Lindelof representam um investimento total de cerca de 10M€ (estou a ser mãos largas) e forem vendidos por 80M€ (ambos) é obvio que há aqui um lucro tremendo mas depois temos que somar todos os outros e verificar que nem tudo é "cor-de-rosa"
Acho inadmissível o Jovic e Sapo terem custado 10M€ só porque no seu país eram "jovens com potencial".
A ideia que tenho é que tanto Markovic como Zivkovic eram muito mais jogadores com 18 anos, quando ainda jogavam no Partizan. Estavam claramente num patamar acima de Jovic e Sapo.

P.S- Nem sempre vamos conseguir Lindelof's, Grimaldo's e Zivkovic's por tuta e meia.

O Hildeberto também anda emprestado na Segunda Liga Inglesa. Não me surpreenderia se também tivesse para lá umas claúsulas.
Não me lembro de outros jogadores que estejam por aí emprestados.
Basicamente os jogadores acabam apenas por ser vendidos se forem emprestados e se os responsaveis dos outros clubes do universo Mendes ficarem convencidos. Portanto até vermos mais jogadores a serem emprestados a liga estrangeiros não me parece que vejamos outros a ser vendidos.


Mas a fábrica do Seixal está constantemente a formar jogadores. Como tal continuaremos a ver a nata da nata a ficar no Benfica, os bons a sairem por emprestimo e os medianos a sairem para clubes portugueses com clausula de recompra caso venham a crescer, e os maus a irem livremente para outros clubes nacionais.

O problema será apenas quando a máquina do seixal não conseguir produzir valores ... porque isto do sempre tem muito que se lhe diga ...

Já se falou disso antes aqui...

Cabe ao benfica continuar a produzir talentos, e basta olhar para a equipa B para ver que continuam a aparecer.

Nas posições que não há no cfc vamos buscar a outros clubes ( grimaldo e Zivkovic) jogadores jovens que tenham qualidade para singrar.

Olhando para os escalões de formação e equipa B não há razões para acreditar que vão deixar de aparecer bons jogadores formados cá na equipa principal.