Judo

RPicareta

Bárbara Timo de fora ao segundo combate, a dar seguimento a um mau momento de forma em que não parece capaz de lutar por medalhas.

RPicareta

Eu disse que a Rochele trazia medalha? Desculpem, queria dizer que fazia só um combate.

RPicareta

Citação de: Jack Gonçalves em 24 de Maio de 2024, 07:56Algo correu muito mal nestes 3 anos, a federação passa de 8 atletas qualificados a 6?
Nenhum novo atleta qualificado, apenas a Joana Ramos se retirou dos atletas qualificados para Tóquio.

Estamos muito mal, sendo certo que aumentar a mais de 8 como tinha sido record era muito difícil descer de 8 para 6 é muito mau sinal...

Importado do tópico da Telma.

Podemos começar por analisar o sobe e desce do Anri. Anri era um atleta mediano em -81. Não sei o que o levou a subir de categoria, mas qualquer judoca que o faça tem de se acompanhar de um trabalho sério de musculação e de reaprendizagem do judo. Não duvidei que o Anri pudesse dar o salto. Era um atleta lento em -81, mas que poderia ser rápido em -90. Estas mudanças também não são rápidas. Lukas Krpalek quando mudou de categoria (pós-Jogos 2016) demorou 2 anos até começar a ter resultados em +100! E o desafio que tinha era maior do que Anri. Apenas posso especular sobre o que se passou, mas Anri voltou a -81, onde ainda tinha uns pontos, mas depressa foi ultrapassado por João Fernando, que somava bons resultados atrás de bons resultados.

Depois temos de olhar para o Verão quente do Judo Lusófono.
Em -52, onde havia uma certa luta entre Joana Diogo e Maria Siderot, Maria só passou a ser aposta regular com a saída de cena da anterior direcção. Fica no ar a pergunta sobre o que poderia ter sido se tem beneficiado da totalidade do ciclo Olímpico, até porque os atletas do clube dela chegam aos últimos dois meses num bom momento de forma.

Em -70, Joana Crisóstomo nunca foi opção, até sair a direcção anterior. Taís Pina aparece no último ano em contra-corrente de resultados, mas ainda é júnior. Faltaram-lhe os pontos da zona de 50%, mas é difícil de dizer o que poderia ter feito na altura.

Ou seja, quando chegamos ao Verão quente do Judo nacional, há apostas dúbias em duas categorias (-52 e -70) e falta de aposta em pelo menos duas categorias masculinas (-66 e -73). Em pesados falta-nos competitividade (a melhor geração pós-Pedro Soares foi sacrificada há quase duas décadas) e em ligeiros tínhamos o Rodrigo, que sem brilhar estava encaminhado. Há a aposta federativa em -81 e -90 no início de ciclo, que tem de ser recalibrada para duplo -81 com o ciclo em andamento. Bá tinha descido para -63 e estava a coleccionar medalhas, Patrícia estava a recuperar de lesões graves a recomeçava a ter resultados em -78, e Rochele em excelente forma em +78.

Depois vem o Verão quente e vamos ver o que sucedeu:
Catarina Costa mantém uma certa irregularidade, mas depois de um ou dois meses mais complicados, recomeça a chegar às decisões por medalhas.
Maria Siderot ultrapassa Joana Diogo, mas não chega para chegar à qualificação.
Telma que estava a ter uma qualificação tranquila, e pela primeira vez em anos pensada, rebenta o joelho no final da zona de 50% de pontos. Ficou arrumada de grande parte dos pontos a 100%. Recupera, faz provas interessantes, mas sem os pontos necessários.
Neste momento a está arredada de lutas por medalhas há meses e vive muito de ganhos passados.
Joana Crisóstomo não arrancou na fase de 100% e foi ultrapassada pela júnior Taís Pina, que no entanto chega tarde para ficar melhor do que à espera de repescagens.
Patrícia Sampaio teve meses fulgurantes, mas parece estar a acusar uma quebra de foram nesta recta final. Sopas e descanso podem ajudar a uns bons Jogos.
Rochele deixou de ser capaz de competir com lutadoras mais credenciadas. Escolha cirúrgica de provas deram-lhe pontos importantes e medalhas há muito merecidas.
Rodrigo competitivamente desapareceu faz meses. Sem passar do primeiro combate é complicado. Ele não passa contra mais cotados, mas, mais grave, também não passa contra menos cotados!
Anri desde que voltou a -81 é uma montanha russa emocional, nem só no tempo, mas até numa só competição. Nenhum projecto com Anri é um projecto que possa planear com eficácia a dois meses, quanto mais a 2 anos! João Fernando somou pontos suficientes para beneficiar de uma vaga Portuguesa no ranking continental e com um bom sorteio parece que pode estragar a vida a alguém em Paris.
Jorge Fonseca, depois de uma fase mais em baixo, aparece agora a ter resultados. Não é o Jorge do ciclo de Tóquio, mas parece chegar a Paris num ponto alto.

A nível interno dos que não aparecem aqui, Otari Kvantidze parece estar melhor posicionado do que Thelmo Gomes, para lá de ter mais margem de progressão, para o ciclo de Los Angeles.

E neste ponto um desafio a a ver um padrão em clubes que chegam aos Jogos com atletas em dificuldade e clubes que chegam com atletas em subida. Ou clubes com atletas com margem de progressão e clubes com atletas em fim de carreira.

fdpdc666

Judo: Federação confirma seis atletas nos Jogos Olímpicos.
Delegação portuguesa não contará com Telma Monteiro, medalhada em 2016.




A Federação Portuguesa de Judo anunciou, na sua conta de Facebook, os seis judocas lusos irão participar nos Jogos Olímpicos de Paris, neste verão.

Catarina Costa (-48 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Patrícia Sampaio (-78 kg), Bárbara Timo (-63 kg), João Fernando (-81 kg) e Jorge Fonseca (+100 kg), medalha de bronze em Tóquio, formam o contingente nacional.

O grande destaque desta lista é a ausência de Telma Monteiro (-57 kg). A judoca portuguesa mais medalhada de sempre perdeu logo na estreia nos Mundiais, que se realizaram na passada semana, em Abu Dhabi, e não conseguiu conquistar os pontos de que precisava para ir a Paris, numa época que fica marcada por uma grave lesão, sofrida em novembro.

A judoca do Benfica, quatro vezes vice-campeã mundial e seis vezes campeã da Europa, procurava, aos 38 anos, estar presente nos seus sextos Jogos, depois de Atenas2004, Pequim2008, Londres2012, Rio2016 e Tóquio2020. Caso tivesse conseguido assegurar a presença em Paris, seria a primeira desportista feminina portuguesa e a primeira judoca a nível mundial a fazer o hexa.



in A Bola

Croissant

Estive a ver o campeonato da Europa de veteranos. Que nível de arbitragem miserável.

Nos -66kg o georgiano faz claramente um Wasari e o árbitro não assinala e dps o Georgiano perde por shidos.

Mas foi daqueles Wasaris que se via desde Portugal.

RPicareta

Citação de: Croissant em 06 de Junho de 2024, 12:01Estive a ver o campeonato da Europa de veteranos. Que nível de arbitragem miserável.

Nos -66kg o georgiano faz claramente um Wasari e o árbitro não assinala e dps o Georgiano perde por shidos.

Mas foi daqueles Wasaris que se via desde Portugal.

Não vi, mas as arbitragens internacionais andam no fraquito em geral.

Afonso Ramos

Alguém sabe o motivo para a Telma estar presente no Open Africano e estar listada para ir ao Open no Peru?

Jack Gonçalves

objectivo : juntar mais 80 pontos no seu ranking olimpico, ja conseguiu portanto nao deve ir a lima.

Para eventualmente esperar uma repescagem...
o único cenário possivel seria duas atletas dos -70 kg não irem por exemplo a russa e uma lesionada ou assim,
assim a Pina entrava na lista e deixava a Telma livre para uma eventual repescagem... mas lá está muito complicado isto acontecer.

RPicareta

Citação de: Croissant em 09 de Junho de 2024, 13:22A IJF precisa de rever o Judo competitivo. É claro que o ruleset precisa de revisões para tornar o Judo um pouco mais apelativo.
Vi uma proposta que era voltar a colocar técnicas de take-downs mas que apenas sirvam para transitar para newaza, não contavam para pontuação e achei uma excelente ideia. A ver se com o tempo ganha força.

Mudei isto para aqui...
Não sou a favor dos take-downs nem de mãos nas pernas. Lembro-me bem do judo que havia e não sou a favor disso.

Para mim são 3 os aspectos:
1) acabar com as confusões entre "luta em pé, luta no chão" - esta coisa de uma viragens darem pontos e outras não, não ajudam nem lutadores, nem árbitros, nem público.
2) Voltar ao período sem limites de Waza-ari. Neste momento tens malta a ganhar combates com coisas que há 12 anos seriam yuko. Ou seja, para todos os efeitos podes ganhar com 2 yukos, o que contribui para mau judo e judo extremamente defensivo, porque qualquer escorregadela dá uma vantagem brutal ao adversário. Quando tiraram o limite o que se viu foi combates genericamente mais abertos, porque se podes cair de lado mais do 2 vezes, vais arriscar aquela projecção perfeita mais vezes.
3) Mais tempo dado ao trabalho de chão. Não é preciso ser regra, mas orientem os árbitros para pelo menos darem 5 segundos de trabalho no chão antes de darem o mate. Muitas vezes vemos malta com as pegas metidas e os árbitros a cancelarem.

RPicareta

Citação de: Jack Gonçalves em 09 de Junho de 2024, 10:10objectivo : juntar mais 80 pontos no seu ranking olimpico, ja conseguiu portanto nao deve ir a lima.

Para eventualmente esperar uma repescagem...
o único cenário possivel seria duas atletas dos -70 kg não irem por exemplo a russa e uma lesionada ou assim,
assim a Pina entrava na lista e deixava a Telma livre para uma eventual repescagem... mas lá está muito complicado isto acontecer.

Alguém sabe onde a Gabriella Willems e a Sabina Gercsak treinam? É para um amigo. Que pesa 200kg. E é violento...  :smokin:  :cool2: