Roger Schmidt, Treinador do SL Benfica

Treinador, 57 anos,
Alemanha
Equipa Principal: 2 épocas (2022-), 108 jogos (78 vitórias, 15 empates, 15 derrotas)
Em 2023/2024: 53 jogos (35 vitórias, 8 empates, 10 derrotas)

Títulos: Campeonato Nacional (1), Supertaça (1)

bellamy

Citação de: zelton em Hoje às 12:23Cada vez mais à mão de semear do Bayern.
Devem se virar para o Hansi Flick agora, não?

lonstrup

Citação de: Bailey em Hoje às 11:37
Citação de: Lellominsk em Hoje às 11:33
Citação de: fpie em Hoje às 10:58
Citação de: Lellominsk em Hoje às 10:56Já estou mentalizado que este tipo vai ficar :(

é pá não, não estou, mais uma epoca a sofrer é mau demais

certo ... mas parece-me evidente que vai ficar!
Óbvio que vai ficar
podemos aqui trocar opiniões sobre o assunto.

Mas penso que o mais normal será continuar. Seria uma contradição da direção despedir o treinador.

Carlitos Tevez

Citação de: zelton em Hoje às 12:23Cada vez mais à mão de semear do Bayern.
Era já

Ver no flight radar os voos de Munich para cá com os gajos

Billy the Kid

Citação de: lonstrup em Hoje às 10:23
Citação de: Billy the Kid em 30 de Abril de 2024, 21:53
Citação de: lonstrup em 30 de Abril de 2024, 20:52
Citação de: Billy the Kid em 30 de Abril de 2024, 19:24
Citação de: lonstrup em 30 de Abril de 2024, 11:19
Citação de: Billy the Kid em 30 de Abril de 2024, 11:14
Citação de: Bertolucci Kasparov em 29 de Abril de 2024, 20:27Não me lembro de um treinador que os Benfiquistas não desejassem despedir ao fim da segunda época.

Se o Rúbem Amorim ou o Sérgio Conceição tivessem sido despedidos ao fim da primeira época má, já não estariam há muito tempo nos seus clubes.

Exactamente.

e acrescento: se Rúben terminasse no 4.° lugar no Benfica, seria agredido, cuspido e insultado.

Jupp Heynckes não servia para o Benfica, mas foi ganhar tudo no Bayern.
Koeman não servia para o Benfica, mas já servia para o Barcelona e selecção holandesa.

Rui Costa está a mudar o paradigma.
O Benfica precisa de estabilidade no banco técnico, com um treinador que fique vários anos no comando da equipa, dando-lhe uma identidade de jogo, corrigindo e limando arestas a cada ano, construindo uma uma equipa à sua imagem, por forma a torná-la coesa e discutir títulos internacionais.

Klopp, Pep, Arteta, Amorim, Conceição são exemplos sintomáticos dessa acepção.

Para os adeptos, a lógica é a seguinte: "perdeu, então vamos despedir".

Se Varandas pensasse assim, não estaria à beira de conquistar o título, esta época, após o 4.° lugar da época passada.
Se a perspectiva é essa, que se assuma. Que se diga que vamos corrigir o que correu mal, que vamos melhorar na próxima temporada. Porque isso traz responsabilidade e prestação de contas.

No entanto não é aceitável para o Benfica perder no 2º e 3º anos para ganhar no 4º. O saldo tem de ser positivo.

Se assim fosse, a mesma lógica teria de ser aplicada também aos jogadores, por exemplo.

Se a ideia for criar uma cultura de estabilidade porque se acredita no valor e talento das pessoas; e numa lógica de responsabilidade e prestação de contas do presidente no final; e sem máquinas de propaganda a tratar 2º lugar como vice campeonatos, ou idas à liga dos campeões como títulos;

se tudo isto for verdade, então aceito esse processo.

A época fica logicamente marcada pela ausência de títulos.
O Benfica é alimentado de títulos. Uma época sem títulos, é sempre uma má época. Isto é indesmentível.

Mas houve coisas boas este ano. É claro que o que fica para os registos são os títulos/resultados.

Ninguém se vai lembrar que na Taça da Liga e na Taça de Portugal, fomos eliminados nas meias-finais (a um jogo da final). Ninguém se vai lembrar que na meia-final da Taça da Liga contra o Estoril, massacramos o adversário e só perdemos nas grandes penalidades.
Ninguém se vai lembrar que na meia-final da Taça de Portugal nos foi anulado um golo limpo ao Di Maria (1.ª mão) e nos foi roubado um penalti flagrante (na 2.ª mão) ao Rafa, em que o árbitro nem quis ir visualizar as imagens do VAR. Aquilo foi incrível!! Ele nem quis ir ver as imagens.

Para o campeonato, Ninguém se vai lembrar que o golo de Catamo aos 91 minutos é uma terrível desconcentração da nossa defesa, que deixa o Catamo livre de marcação. Podíamos ter ganho, mas o empate já não era mau de todo (foram 3 pontos que o Sporting ganhou sobre nós e que fazem a diferença agora).
Ninguém se vai lembrar que contra o Farense fizemos mais de 30 remates num jogo de sentido único. Ninguém se vai lembrar que contra o Casa Pia sofremos num frango incrível de Trubin, um jogo que estava controlado.
Foram 4 pontos perdidos nesses dois empates (por puro azar) e mais dois pontos perdidos caso empatássemos com o Sporting se a defesa não dormisse aos 91 minutos.
Esses pontos hoje fazem a diferença na tabela classificativa.

Ninguém se vai lembrar que fomos eliminados nos penaltis na Liga Europa...
Ninguém se vai lembrar da fífia de António Silva que oferece o golo a Aubameyang na Luz...

Houve coisas mal feitas (quer pela Direcção quer pelo treinador quer pelo scouting até pelos jogadores).

Ninguém se vai lembrar que 85 pontos (caso consigamos os alcançar - temos tudo para os alcançar) em outras épocas, eram suficientes para sermos campeões.

Ninguém se vai lembrar que ficamos 4 meses sem Bah e Neres e que nos obrigou a fazer adaptações como as de Morato e Aursnes.

Na minha liliputiana opinião, este Benfica precisa somente de identificar os erros próprios por si cometidos (Direcção, treinador, scouting) e corrigi-los. É assim em todo o lado.

O potencial desta equipa é enorme (quer nos reforços de inverno - Leonardo, Rollheiser, Prestianni, Carreras – quer nos miúdos da formação que estão a ser paulatinamente lançados – Tomás Araújo, Gouveia, Spencer, e é certo que João Rego e Pedro Santos farão, no mínimo, a pré-época).

O treinador não desaprendeu. É o mesmo que na primeira época nos entusiasmou. Mas nem sempre as coisas correm como se expectam.
O erro de casting nos substitutos de Grimaldo e Ramos (Jurasek e Arthur Cabral são uma lástima) hipotecou-nos a época.

Não podemos falhar nos reforços e Schmidt certamente que vai aprender com muitos dos erros por aí cometidos (tácticos, estratégicos e comunicacionais) pois, hoje, ele conhece melhor o Benfica do que conhecia a dois anos. Ele é inteligente e sabe onde errou.

Não podemos estar toda a hora a mudar de treinador só porque não ganhamos títulos (quando na época anterior vencemos o campeonato com o mesmo treinador e a jogar um futebol entusiasmante).

Rui já tem o seu treinador para o seu projecto. E é para continuar (ele está careca de dizer isso e acha que não tem de estar sempre a dizê-lo, daí o seu silêncio que também é estratégico, pois se o diz agora, pode provocar uma rebelião nos cuspidores, insultadores e agressores do nosso próprio treinador). Dirá isso novamente no final da época, de certeza, numa atmosfera mais calma e apaziguante.

Este mesmo treinador vai devolver o campeonato ao Benfica.
Da mesma forma ninguém se lembra quando ganhamos com sorte ou com ajudas de erros de árbitros. Dá para os dois lados.

Tu estás a dizer o que precisa ser feito. Mas a pergunta não é essa. A pergunta é: o Schmidt é capaz de corrigir e fazer o que é preciso? O Benfica é capaz?

E quais os critérios e objetivos que servem de indicadores que isso está a suceder ou não? Dados concretos. Por exemplo, se falharmos os 1/8 da liga dos campeões, que ilações tirar? Se formos eliminados precocemente das taças internas, que ilações tirar?

O que pode objetivamente nos dizer que Schmidt terá aprendido com os erros?

Schmidt demonstrou no transcurso desta época que é capaz de reconhecer seus erros e corrigi-los.

1. João Mário perdeu o lugar (só foi titular quando um dos titulares estivesse lesionado - como foi caso de João Neves no último jogo - ou naqueles dois jogos em que Schmidt rodou a equipa)

2. Florentino passou a titular indiscutível.

3. Tengstedt já nem cheira a bola.

4. Neres passou a ser titularíssimo.

5. Kokçu Já só joga na posição 10.

6. Tomás passou a 3.° central, destronando Morato.

Acima, estão alguns exemplos de que o treinador não é tão teimoso como se diz por aqui. Sabe mudar os seus "preconceitos".

Outras opções somente não são do agrado destes ou daqueles adeptos, mas isso é natural, pois em 6 milhões de adeptos há 6 milhões de opiniões.

Poderiam questionar a titularidade de Di Maria, mas esse é intocável. Está acima de Schmidt. O amigo dele quando lhe trouxe de regresso, deu-lhe o estatuto de estrela intocável.

Jogadores como Carreras, Gouveia e Leonardo estão a crescer nas mãos dele, assimilando o que ele quer deles em campo. Na próxima estão mais familiarizados com o que se pede deles.

É Schmidt quem já está a promover as ascensões dos bês a equipa principal (Spencer é mais assíduo nos treinos, preparando-se aquilo que será a próxima época dele e João Rego está debaixo do olho do mister. Não é à toa que Rego é o único junior inscrito na Liga Europa).

O resto, passa pelos "actores decisores" não falharem na planificação como, rotundamente, falharam nesta época: inexistência de uma alternativa à Bah; inexistência de uma alternativa à Tino (Barreiro, já contratado faz o lugar); e acerto nos lugares deixados órfáos por Ramos e Grimaldo (Arthur, Jurasek e Bernat foram autênticas contratações falhadas, tudo por culpa do scouting e Direcção, pois nenhum deles foi pedido pelo treinador).

Essa questão de que falas, relativa a eliminação nos 1/8's da Champions, depende de muitos factores. Imagina que nos calhe um Real ou Bayern. Não é mesma coisa que nos calhar um PSV.

Eliminação precoce nas provas internas? O Benfica sempre levou a sério essas provas. Caímos nas 1/2s finais, com os condicionalismos já por mim referidos na anterior postagem. Não os despreza, pois foram condicionalismos sérios.

A terminar, queria falar de João Mário.
Muitos não entendem que a insistência na titularidade de JM deveu-se ao facto de Schmidt ter acreditado que JM iria recuperar a super-forma da época passada. Muitos treinadores fazem isso. Não deixam cair o jogador logo nas suas primeiras más exibições. JM foi importantíssimo para Schmidt na época passada e o treinador sempre achou que ele merecia mais oportunidades para voltar a ser o que foi. Logicamente, é fácil criticar quando a insistência não corre bem. Depois das coisas acontecerem é fácil criticar. Fazer um raciocínio retrospectivo, isto é, de trás para frente, é fácil. Podia não ter acontecido...
Rafa também beneficiou dessa insistência e a coisa correu bem para ele.

O Benfica tem um excelente treinador (não é por acaso que seu nome é associado ao Bayern ou selecção alemã). É, para os alemães, top 5 da Alemanha neste momento. Para o SerBenfiquista não vale nada...
Tem seus defeitos, mas é excelente treinador. O que aconteceu na primeira época, quando teve as peças certas para implementar o seu modelo, fala por si. Por isso o presidente não vai abdicar dele só porque uma minoria de adeptos comporta-se como trogloditas nas bancadas e redes sociais.

em primeiro lugar, quero te agradecer a resposta. E como procuraste responder às questões que coloquei.

O problema de aprender não é o que ele faz com Y ou X em particular. É o que ele fará perante situações idênticas.

O problema não é a titularidade de João Mário, Rafa ou Di Maria. O problema é a continuação da aposta de alguém que não está a render. Com a quebra de rendimento da equipa que isso implica, mas também com as desmotivação de quem procura uma oportunidade de entrar.

Portanto a questão é: na próxima época, quando Florentino, kokçu, Neres, estiverem em baixo de forma, ele vai repetir a fórmula deste ano? Vai manter os jogadores apesar de tudo e só no fim da época trocar?

Em termos rendimento colectivo, vamos ver a equipa a pressionar e correr como nos jogos com lagartos, ou vamos ver uma equipa a a dar partes de avanço, jogadores desfocados e desconcentrados?

Em termos de liga dos campeões, passam os 2 primeiros. Não há cá conversas de real ou Bayern. Se calhar um deles, ainda sobre outro lugar para passar.

Outra nota: em termos de liga interna, qual o registo de pontos que é admissível perder?

É que nada disto tem que ver com azar árbitros, e outras desculpas.

O que se quer perceber é se a equipa vai ter a abordagem em campo como na primeira temporada, ou na segunda. E como isso se vai processar, e mais importante, que coisas boa dirão "sim, este é o Benfica da primeira temporada".

Não precisas agradecer, pois para mim é um prazer encontrar um raro exemplo de alguém que sabe discutir ideias que são contrárias às suas, de forma exemplarmente educada.
É, para mim, um regalo discutir o nosso Benfica com quem sabe o que é "discutir" e respeitar a multiplicidade de opiniões e pluralidade de visões.
Em 6 milhões de adeptos, é impossível todos pensarem da mesma maneira.
Temos algo que nos une, um denominador comum: o amor pelo Benfica.
Caso contrário, nem tu nem eu estaríamos aqui. Certamente que estaríamos ocupados com outros afazeres.
Eu é que agradeço pela tua vistosa boa-educação e "saber-estar".

Indo ao que escreveste, creio que até tu sabes que colocas questões de difícil resposta (pelo menos de forma antecipatória). Certas coisas precisam acontecer para que possamos medir a temperatura das decisões tomadas. Antes disso, são só previsões, conjecturas de que se acreditam que nos levam ao sucesso.

Ninguém sabe como será a época de Neres ou do Aursnes ou do Bah ou do Leonardo.
Veja-se o António Silva: quem imaginava que teria uma época destas? Tudo levava a crer que continuaria a sua caminhada ascensional sem máculas. Mas houve coisas que não correram bem para ele nesta época. É falta de qualidade? Claro que não. O treinador devia mandá-lo ao banco, desistir dele por causa de uma fífia aqui e outra acolá? Creio que todos achamos que não.
Com isto, quero tentar transmitir-te que os treinadores - todos eles - têm os "seus jogadores", aqueles nos quais confiam e que não os deixam cair por causa de uma sucessão de maus jogos.
A pergunta seria: quantos jogos são necessários para um treinador "desistir" de um jogador (retirando-lhe a titularidade)? Isto é complicado para qualquer treinador.
Prescindir de Aursnes por causa de 4 ou 5 maus jogos? Quem diz Aursnes diz Neves ou Neres ou António. São craques que já demonstraram que o são e deve-se ter cuidado como se gere uma má fase deles. Aí entra em cena a parte psicológica do trabalho do treinador.
João Mário e Rafa são jogadores relativamente aos quais Schmidt nunca abdicou com facilidade (aliás, sempre os mimou, porque acha que precisam de incentivos, de se sentiram importantes para renderem). O treinador deve saber passar confiança a um jogador seu, quando as coisas não lhe corre bem num determinado momento (ainda por cima, quando tal jogador já se revelou fundamental para esse treinador no passado).
Nem sempre é fácil descortinar se é apenas má fase ou se o jogador está a entrar numa rota descendente e irreversível (tivemos o exemplo de Pizzi no passado). Cada aposta representa um risco, em todos os domínios da vida. No futebol também.

Sobre a abordagem da equipa, não há muito a cogitar. Schmidt é expert no gegenpressing e só joga nesse modelo ou ideia de jogo. Dentro desse modelo, joga num só sistema de jogo (4-2-3-1). O que é necessário é que seja o treinador a escolher os seus jogadores. Num dos comentários acima, eu dizia que todos devem aprender com os erros cometidos. O presidente deve parar de trazer os jogadores que aprecia e os que o scouting e RPB sugerem, quando o mister não está de acordo. Esta época falhamos nisso. Os reforços são da paternidade do presidente, scouting e RPB. Por isso foram todos para o banco, pois o treinador não os aprecia e acha que não servem para o seu modelo de jogo.
Já temos um reforço (Barreiro) que é a cara do treinador. Esperemos que os restantes também o sejam. Jota Silva, por exemplo, é também a cara do treinador. É este o caminho que devemos seguir.

Muitos adeptos dizem que fizemos um grande investimento, mas se esquecem de visualizar que foi um péssimo investimento. Uns porque não tem qualidade (Jurasek e Arthur) outros porque dão cabo do modelo de jogo do treinador (Di Maria). Estão aqui três reforços sonantes e caros que não servem para o modelo de jogo de Schmidt. Isto tem de ser corrigido. Jurasek não sabe sair a jogar na primeira fase de construção e Arthur não sabe pressionar, dar largura e profundidade como o mister gosta. Num outro modelo, os dois seriam úteis. Mas no de Schmidt, não. O checo, no 3-4-3 de Amorim cairia que nem uma luva. O brasileiro, no modelo de Conceição (cruzamentos à catadupa para a área) seria muito mais útil.

Este treinador com as peças certas, coloca o Benfica a jogar como na primeira época.
É só o RPB, o scouting e Rui Costa se afastarem das contratações e permitirem que seja Schmidt a liderar esse processo, que tudo correrá a mil maravilhas.
O actual plantel do Benfica só tem um jogador indicado exclusivamente por Schmidt: Aursnes (agora também terá Barreiro). Kokçu, de quem se diz que é pedido do treinador, já estava há anos referenciado pelo scouting do Benfica.
Mas tu nunca ouvirás o treinador a ir contra o presidente, ou vice-versa. Sempre dirão que "os reforços são contratados em sintonia de todos as partes".
Quem anda nisto há muito tempo sabe que não é assim como se passam as coisas.
Scouting liderado por RPB tem muito poder no Benfica. E isto nos lixou a época.

Termino repisando: o treinador é excelente (já o provou) e temos de parar de pensar que uma época mal conseguida deva dar lugar a despedimentos e demissões. Uma época mal conseguida somente deve dar lugar a correcções, tentar de novo e seguir em frente.
É assim em todos os domínios da vida: o usando falhamos, detectamos onde tropeçamos (e não onde caímos), corrigimos o erro, tentamos de novo e seguimos em frente. Essa é a fórmula do sucesso.