CN 7ª J: SL Benfica 5 - 1 Gil Vicente FC, 28Set. Sáb. 20h30 *BTV*

SL Benfica 5 - 1 Gil Vicente FC

Campeonato Nacional


SL Benfica: Anatoliy Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras (Gianluca Prestianni [90+3m]), Florentino Luís, Fredrik Aursnes, Orkun Kökçü (Zeki Amdouni [67m]), Ángel Di María (Jan-Niklas Beste [75m]), Kerem Aktürkoğlu (Benjamín Rollheiser [67m]), Vangelis Pavlidis (Arthur Cabral [67m])
Treinador: Bruno Lage
Gil Vicente FC: Andrew Ventura, Zé Carlos, Jonathan Buatu, Rúben Fernandes, Sandro Cruz, Jesús Castillo, Santi García, Kanya Fujimoto, Jordi Mboula, Félix Correia, Cauê dos Santos
Treinador: Bruno Pinheiro
Golos: Nicolás Otamendi (17), Kerem Aktürkoğlu (24), Zeki Amdouni (78), Florentino Luís (90), Benjamín Rollheiser (90+3)

Miguel Caeiro

Bem, já se ganham jogos, à vontade, já se joga melhorzinho, mas, poças, pá! vejam lá se conseguem não sofrer primeiro, nos próximos jogos em casa!

Deixam-me logo irritado mal começam os jogos!  :cry2:

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Extended Highlights | SL Benfica 5-1 Gil Vicente FC



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Benfica-Gil Vicente, 5-1 Estar a perder sem se dar por isso é meio caminho andado (crónica).
Vitória muito mais sofrida do que o resultado aparenta, mas absolutamente justa, de uma equipa em que se nota cada vez maior segurança. Gil Vicente altamente penalizado pelo resultado.




Contra o Santa Clara, na estreia de Bruno Lage ao comando encarnado, nem deu para pensar muito no que estava a acontecer, tão madrugador foi o golo forasteiro no Estádio da Luz. O resultado acabou por ser mais ou menos o mesmo, mas este sábado foi diferente por duas razões: a primeira é que quando o GIl Vicente chegou à vantagem, aos oito minutos, já se tinha percebido que não estava de visita a Lisboa para jogar uma peladinha e fazer umas compras no Colombo; a segunda é que o Benfica viu-se de facto a perder mas ninguém deu realmente por isso. E esta capacidade de encarar a adversidade constituiu, por si só, meio caminho andado para o sucesso.

Bruno Lage repetiu o onze do Bessa, e fez bem. A equipa tem dinâmicas em crescendo, os espaços vão sendo preenchidos a preceito e a ideia de jogo parece claramente existir. O Benfica começou por cima e aos três minutos já tinha dois cantos conquistados.

Acontece que pela frente tinha uma equipa igualmente decidida e muito bem organizada, com uma proposta de jogo ousada. E é escusado pensarmos já naquele lugar comum de que quem joga aberto no estádio dos grandes arrisca-se a sair goleado.

A goleada que os minhotos acabaram por sofrer está longe de poder cair nesse simplismo e uma coisa é certa: este Gil Vicente esteve bem mais perto de causar surpresa na Luz do que muitas equipas que visitam os terrenos dos candidatos ao título cheias de cautelas e acabam por perder por apenas um ou dois.

A verdade é que aos oito minutos, na primeira incursão séria gilista, o 1-0 chegou para os visitantes. Fujimoto, nessa altura verdadeiro segundo ponta de lança travestido de falso médio, fez uma assistência brilhante e Félix Correia não perdoou. E é neste momento, paradoxalmente, que reside uma das chaves do jogo. Quem apenas ouvisse as bancadas da Luz não teria dado pelo golo gilista. O apoio quente e incessante continuou, nem sequer se ouviu um suspiro coletivo, um bruá de receio. Mas — ainda mais importante para o desenrolar da partida — não se viu um tremelique na equipa do Benfica, uma hesitação em relação ao plano. Do lado minhoto a mesma coisa, tendo-se continuado a ver bons desenhos com a bola nos pés (o jogo terminou 50/50 em termos de posse) e intenção nos movimentos.

Para felicidade encarnada, a bola parada funcionou cedo. Nove minutos depois de o Benfica ter sofrido, Di María bateu um canto e o compatriota Otamendi empatou o jogo, no primeiro de três golos de cabeça da noite. Passados outros sete minutos, foi a vez de Tomás Araújo (pelo meio!) descobrir Aursnes na direita e o norueguês cruzar a preceito para Akturkoglu, esquecido na pequena área do Gil, cabecear para o 2-1 sem levantar os pés do chão.

Tranquilidade para o Benfica? Nem por sombras. O que restou da primeira parte e uma larga fatia da segunda continuaram a trazer o que se tinha visto até então: um Benfica dinâmico, incisivo e com vontade a esbarrar numa belíssima organização gilista e uma continuada intenção de chegar, pelo menos, ao empate.

Aos 68 minutos, Bruno Lage mexeu, e de facto, às vezes, as coisas saem bem. Quem saiu tinha estado bem, quem entrou esteve ainda melhor e, sobretudo, envolvido em jogadas decisivas. Depois de, aos 75 minutos, as bancadas terem claudicado pela primeira vez, incomodadas por uma presença do Gil no meio campo encarnado mais prolongada que a expectativa, um dos suplentes, Rollheiser, serviu outro, Amdouni, e este decidiu o vencedor da noite com um golaço de pé esquerdo de fora da área.

Os restantes dois golos surgiram aos 90' e no tempo de compensação. Com Beste (outro suplente) a bater o canto na sequência do qual Florentino fez o terceiro de cabeça da noite e, depois, Prestianni (entrado aos 90+3'!) a servir Rollheiser para o fecho da goleada, com desgraciosa colaboração do guarda-redes Andrew. Uma vitória justa (ninguém vence 5-1 sem justiça), mas por números enganadores. E aí vão quatro seguidas para Lage...

Alexandre Pereira in A Bola

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Benfica-Gil Vicente, 5-1 Os destaques do Benfica: o líder, o polvo, o mágico e até o atirador de arco e flecha.
Otamendi comandou a reviravolta, marcou um golo e assistiu noutro. Florentino emergiu para dominar o meio-campo e até fechar a contagem. Akturkoglu voltou aos golos. E Amdouni justificou mais minutos.




O melhor em campo: Otamendi (8)
Poderá ser estranho que num jogo em que acaba com vitória de 5-1 seja um defesa-central o melhor em campo. Percebendo-se que Otamendi marcou um golo, ao saltar entre Castillo e Zé Carlos para marcar o primeiro e dar início à reviravolta, e desviou o canto de Beste para Florentino fechar a contagem já talvez seja mais fácil de perceber. O campeão do mundo argentino justificou bem aquilo que dele disse Rui Costa há pouco tempo — considerou-o um líder. E isso não foi apenas manifestado nas antecipações aos avançados que caíram na sua área de ação ou nos cortes para cortar o perigo pela raiz. É impossível medir a importância de Otamendi nas coisas que são intangíveis, no espírito que contagia a equipa, que empurra desde trás para o ataque. Muito bem.

Trubin (6) — Sem nada a fazer no golo (Félix Correia rematou perto de cima para baixo), tem duas intervenções importantes, nas quais deu o corpo à bola, para evitar a festa de Cauê e Aguirre.

Tomás Araújo (7) — Não sendo lateral ainda duvida algumas vezes que zonas pisar no ataque. Foi ganhando confiança e participou, com um toque carregado de classe e técnica a isolar Aursnes, no segundo golo da equipa. Chegou a parecer um extremo. Aos 67' tirou Félix Correia da frente, fazendo inveja a muitos avançados, e centro, a bola ainda tocou em Rúben Fernandes e quase entrou.

António Silva (5) — No lance do golo do Gil Vicente, não acautelou a saída de posição de Otamendi, que foi pressionar Mboula, permitindo a diagonal de Félix Correia. Na segunda parte, sofreu dois sustos com Aguirre. Mas também foi somando boas ações, cortes importantes, muitos longe da área, contribuindo para a pressão alta.

Carreras (7) — Está num bom momento de forma, com muita confiança e liberdade para atacar. O corredor esquerdo foi dele, andou para a frente e para trás numa agitação entusiasmante, combinando com companheiros e procurando a linha para cruzar, para lá de não dar tréguas aos adversários. Aos 81' quase marcou, mas a bola sobrou para o pé direito e o remate saiu ao lado.

Aursnes (7) — Centro direitinho para a cabeça de Akturkoglu marcar aos 25'. Dez minutos em antes começou a ter influência ofensiva, em diagonais do centro para a linha, entrando na zona de Sandro Cruz para libertar Di María. Certinho nos passes, intenso na luta pelo meio-campo e inteligente na leitura de jogo. No final da segunda parte fez dupla no centro do meio-campo com Florentino.

Florentino (8) — No lance do primeiro golo ainda tentou, sem sucesso, pressionar Castillo, que conseguiu lançar Cauê em contra-ataque. Começou a tomar conta do meio-campo depois dos primeiros 15', cortando linhas de passe e assim iniciativas de ataque do Gil Vicente, recuperando bolas, em muitas zonas do campo. Grande passe longo a isolar Akturkoglu (54'), roubo de bola a Aguirre (83') e cereja no topo do bolo com o golo de cabeça após um canto. Justificou a alcunha de polvo.

Kokçu (6) — Aos 33' viu amarelo por protestos. Não estava a sentir-se confortável com o jogo, nem tudo lhe saiu bem, mas dos pés dele ainda saíram um excelente passe para Di María (34') e dois disparos da canhota, um travado por Rúben Fernandes (51') e outro defendido por Andrew (54'). Saiu aos 68'.

Di María (6) — Marcou o canto para o golo do amigo Otamendi, procurou várias vezes desequilibrar da linha para o centro, algumas conseguiu, mas sem a influência de outros jogos. Aos 37' foi aplaudido numa ação defensiva. Saiu (68') bastante cansado.

Pavlidis (6) — A equipa pôde sempre contar com ele para a primeira linha de pressão e, sobretudo, como ponto de referência para combinações ofensivas. Aos 4' cabeceou por cima na pequena área, aos 31' num toque recuperou e entregou-a a Akturkoglu que quase marcou. Teve poucas situações para finalizar.

Akturkoglu (7) — Sem ter de levantar os pés no centro da área, respondeu com um cabeceamento ao centro de Aursnes que levou a bola a entrar perto do poste direito. Ainda teve mais uma oportunidade (31'), mas disparou por cima. Sem exuberância de outras exibições o Harry Potter da Luz continua a fazer magia.

Amdouni (7) — Recebeu de Rollheiser de pé esquerdo, deu um toque com o direito e, bem fora da área, disparou logo com o pé esquerdo para um grande golo. Festejou como se estivesse de arco a atirar uma flecha. Bom toque de bola e maior sentido de baliza. Pediu mais minutos. Entrou aos 67' por Akturkoglu e justificou a aposta. Quer mostrar serviço.

Rollheiser (7) — Tocou para Amdouni marcar e ainda marcou quando, oportunista, reagiu depressa ao erro de Andrew. Estava lá para encostar. Foi extremo esquerdo e direito.

Arthur Cabral (6) — Cabeceamento perigoso (72') de cima para baixo após canto de Di María e participação importante no lance de perigo de Carreras (81').

Beste (7) — Nove minutos em campo, como extremo esquerdo, suficientes para fazer um centro perigoso para Arthur Cabral (81') e marcar o canto do golo de Florentino.

Prestianni (6) — Entrou na compensação e ainda cruzou para o erro de Andrew que esteve na origem do golo de Rollheiser.

Nuno Paralvas in A Bola

SousaLB

Citação de: Jamal em 28 de Setembro de 2024, 20:51
Ainda me lembro de pedirem este peru para aqui.

A dormir neste golo, parece-me mal posicionado e lento a reagir no 3º e dá um peru descomunal no último.



Leonzo

Este resultado, é tão, mas tão enganador que faz lembrar o do Feyenoord na pré epoca. Um resultado completamente descontextualizado da qualidade do jogo.
Houve imensos momentos onde o Gil foi superior a nós a jogar na Luz.

Pontos positivos foram algumas triangulações ofensivas na primeira parte, o crescimento do momento de forma do Aursnes, o momento de forma do Tomas Araújo, o Amdouni tem mesmo uma qualidade de remate soberba.

Pontos negativos foram as transições defensivas na primeira parte com o bloco subido que foram uma lástima, um jogo mau do Kokçu (voltou ao antigo registo), o Otamendi que se confirma que está acabado para isto e o Di Maria que só dura 60 min e a um nível cruzeiro.

Não querendo ser pessimista, mas sim realista, temo que o efeito chicotada se esteja a desvanecer. Com o complicar do calendário se o Lage não cortar dos males da equipa pela raiz, na minha opinião vamos penar e muito.

Leonzo

Citação de: SousaLB em Hoje às 11:05
Citação de: Jamal em 28 de Setembro de 2024, 20:51
Ainda me lembro de pedirem este peru para aqui.

A dormir neste golo, parece-me mal posicionado e lento a reagir no 3º e dá um peru descomunal no último.
Prometeu muito, cheguei a pedi lo aqui, estagnou por completo, e ate regrediu em alguns aspectos. Nesta altura é pior que um Peçanha.

Leonzo

Citação de: Motörhead em Hoje às 09:39
Citação de: John F. Kennedy em 28 de Setembro de 2024, 22:27Lage:
14 golos marcados
3 sofridos

4 vitórias

5 golos de bola parada.
E mesmo assim acho que não temos pedalada para o título.
O jogo onde houve maior consistência exibicional foi mesmo o primeiro, não deixa de ser preocupante.

Pleasure_+_Pain

Citação de: SousaLB em Hoje às 11:05
Citação de: Jamal em 28 de Setembro de 2024, 20:51
Ainda me lembro de pedirem este peru para aqui.

A dormir neste golo, parece-me mal posicionado e lento a reagir no 3º e dá um peru descomunal no último.

Também nunca entendi a cena com o Andrew. Mais um redes zuca que, quando engata, defende tudo. Igual a tantos outros que passaram por aqui.

fdpdc666


aquaris