Filipe Gaidão (Hóquei em Patins)

[Riverwalk]

Tava ontem no Restelo com uns putos, não sei se eram filhos ou não, o que sei é que gritavam loucos pelo Benfica, inventavam músicas e tudo, coisas de putos de 4, 5 anos...

Tenho uma vaga ideia que o Belenenses era o clube do Gaidão...

antes de vir para nós era do Paço de Arcos.

[Pancho Lopes 67]

Tava ontem no Restelo com uns putos, não sei se eram filhos ou não, o que sei é que gritavam loucos pelo Benfica, inventavam músicas e tudo, coisas de putos de 4, 5 anos...

Tenho uma vaga ideia que o Belenenses era o clube do Gaidão...

antes de vir para nós era do Paço de Arcos.

Eu sei, eu vi o Gaidão jogar no Paço d'arcos dxd as camadas jovens, vi-o a ser campeão de Juniores em 1996/97, agora refiro-me em relação ao clube do coração dele, smp ouvi dzr que ele era do Belenenses.

[Benfiquismo]

Uma referência no Hóquei Patins, um vencedor e lutador por natureza.
Gaidão conta assim à 4Wheels e a todos vós a sua história desportiva, dando a conhecer em detalhe os momentos de glória e os momentos menos bons da sua vida e carreira.

"Tudo começou quando tinha 11 anos, na escola onde andava a estudar (Salesianos do Estoril).
Nos intervalos do almoço e depois no final das aulas havia a possibi
lidade de ir patinar no pavilhão da escola, com a professora Ivone, que ensinava a patinar.
Comecei por ir, e depois de uns tempos disseram se queria fazer parte de uma equipa de infantis da Salesiana e fui.
Onde estive a jogar até aos juvenis.

Daí surgiu o primeiro convite para ir para o Sporting, fui e estive lá um ano, depois fui para o Paço de Arcos onde comecei a levar o hóquei mais a sério.
O meu primeiro treinador foi o Alexandre Serra ,e depois a pessoa que me fez evoluir mais no hóquei patins foi o Paulo Araújo Batista.
Ele fez de nós uma grande equipa ,e conquistamos alguns títulos entre eles, Campeões Nacionais de juniores em 96/97 e ganhamos a única Taça Cers que o clube tem.
Tivemos também um terceiro lugar, uma ida a Liga dos Campeões e uma final perdida da Taça Cers.
Surgiu a oportunidade de ir para o Benfica ,um sonho para mim,fui em 2000 onde estive três maravilhosos anos num clube enorme,com uns adeptos muito bons que adoravam ver hóquei, onde apanhei grandes jogadores como Zé Carlos, Vitor Fortunato,Luís Ferreira, (Panchito)Francisco Velazquez e Mariano Velazquez,ect.
Encontrei um treinador de grande nível que tinha ganho muitos títulos no Benfica, Dantas, mas nunca fomos Campeões ,ganhamos três Taças de Portugal, duas Supertaças e duas finais da Liga dos campeões, foram os meus melhores anos como atleta.

Houve um dia que o Sr. Vilarinho entrou no nosso balneário e disse que para o ano não ia haver hóquei e podíamos procurar Clube.
Estava no auge ,tinha o meu lugar na selecção, com jogadores que eu admirava muito e que me ajudaram muito a crescer como jogador, casos do Filipe Santos, Tó Neves, Pedro Alves, Paulo Alves, Paulo Almeida...
Para mim era a geração de ouro do Hóquei Patins.
Não posso deixar de falar de dois outros treinadores que me marcaram muito, Cristiano Pereira, que foi o treinador que apostou em mim aos 18 anos para ir à Selecção A e Vítor Hugo uma lenda do Hóquei, pessoas com quem mantenho uma relação de amizade ainda hoje.
Vestir a camisola da selecção é o sonho de qualquer uma pessoa, eu tive essa sorte 100 vezes, e com os jogadores que sempre quis jogar, não há melhor sensação que vestir a camisola de Portugal e ouvir o hino...

Até aqui tudo corria às mil maravilhas estava no auge era sub capitão da selecção nacional e recentemente tinha assinado um contrato com o FC Porto, outro grande clube, estava muito contente com esse novo desafio na minha carreira, até que no verão de 2003, uma semana antes de entrar em estágio com a Selecção para o Mundial em Oliveira de Azeméis, tive um acidente muito grave que me deixou paraplégico durante um mês, os primeiros diagnósticos dos médicos eram para ficar assim para sempre, até que comecei a mexer um pé, aí começava uma nova esperança na minha recuperação, e onde entra esse grande clube ,o FC Porto ,que pelo seu presidente ,Pinto da costa, me veio visitar ao hospital,juntamente com o Sr. Ilídio Pinto, e me deram ordem para começar a minha recuperação no FC Porto.
Eles queriam a minha recuperação não para jogar, mas sim como homem, puseram tudo a disposição ,médicos fisioterapeutas, carro, o preparador físico Renato Garrido que hoje ainda é o preparador da equipa, que fez comigo um grande trabalho e que me ajudou muito.
Estava a recuperar bem, mas sentia que o que eu queria era retribuir o que estavam a fazer por mim dentro de campo, era a minha meta, foi para isso que me tinham contratado, nessa altura estava muito difícil de o fazer ,mas sentia muito apoio e isso era importante ,o médico Tó Sousa e Dani estavam sempre a acompanhar todo o processo.
O apoio era importante para mim, houve também uma pessoa que me ajudou imenso na altura, que me deu todo apoio e se prontificou também para me ajudar, que foi Luís Filipe Vieira, ainda não era o presidente do Benfica.

Estive um ano sem jogar ,só a recuperar, no ano seguinte comecei a época ,embora muito debilitado, com muitas limitações, e joguei até Dezembro, onde nesse mês surgiu a hipótese de ser emprestado ao Sporting para rodar e jogar mais tempo.
Na altura achei que fosse uma boa opção para mim, mas não estava enganado, foi a minha pior opção enquanto jogador, não por ser o Sporting mas sim pelas pessoas que estavam a frente do Hóquei, e que mais tarde veio a acabar mesmo sem ter terminado a época.
Dos cinco meses lá emprestado não recebi um único mês, dinheiro que passados estes anos ainda não recebi.
Senti quando acabou essa experiência que devia ir para fora jogar, porque sentia que as pessoas quando me viam jogar diziam sempre a mesma coisa, ele já não é o mesmo, e para mim que estava a recuperar ,não era bom.
Psicologicamente não era bom, porque eu gostava que as pessoas ficassem sempre com a impressão que tinham de mim e que eu sentia que era boa.
Surgiu a opção de ir para Itália ,sempre quis jogar lá, não só pelo Hóquei mas para apreender também a língua italiana, fui para o Roller Salerno.
Um clube do sul, onde a viagem mais perto para jogar era 5 horas,a mais longe eram 11 horas, mas foi um ano excelente para mim longe de tudo onde tinha a companhia do meu amigo Miguel Dantas que foi para lá comigo jogar.
Fizemos uma boa época, mas ali resolvi que o Hóquei para mim ia ficar em segundo plano, porque sentia que já não chegava ao topo outra vez, tinha ficado com algumas sequelas do acidente.
Quando vim para Lisboa, estive ainda outra vez no Paço de Arcos, Benfica e Cascais, e ainda fui treinador-jogador do Mineiro Aljustrelense.
Além de ir jogando mas já em segundo plano, surgiu a oportunidade de fazer televisão, onde passou a ser a primeira opção e onde continuo, como ator.
Tirei uma pôs graduação de apresentador de tv de informação e entretenimento.
Passado um ano de ter terminado de jogar, desafiaram-me para jogar no HC "Os Tigres" este ano, e decidi aceitar, para matar saudades e claro por ser mais um desafio que eu quero vencer."

O que está a negrito é verdade? Deixamos de ter hóquei?

[Pancho Lopes 67]

O que está a negrito é verdade? Deixamos de ter hóquei?

Não, mas quase, pq o otário do Vilarinho bem tentou acabar com o hóquei, esse atrasado que se proclama um dos 5 melhores presidentes na história do Benfica. E eu gostava dele, sou ridículo...

[Pancho Lopes 67]

dizem que podia ser uma maquina em qualquer desporto. que em futebol ou ténis ainda tinha mais potencial que no hoquei

Ténis nunca vi, mas futebol é mito exagerado lançado pelo amigo Carlos Xavier, vi-o jogar futebol em treinos do Paço d'arcos, e era bom mas nunca na vida seria melhor futebolista do que hoquista...

[IPASLB]

Este tipo de pessoas (nada contra), não têm clube, o clube deles são eles e onde lhes melhor convir.