Guilherme Espírito Santo

Espirito Santo

Nome completo
Guilherme Santa Graça Espirito Santo
Posição
avançado
Número
7
Data de nascimento
30 Outubro 1919
Data de morte
25 Novembro 2012 (93 anos)
País
Portugal
Naturalidade
Luanda
Periodo na equipa principal

1936-1941

1944-1949

Aquele traço afro numa cultura centenária. Que bem fica ao Benfica. Aquela multirracialidade nas suas hostes. Aquele apego aos valores da negritude. Aquele vermelho solidário. Aquela paz nos dois lados da trincheira colonial. Aquele carruagem africana de Eusébio, de Coluna, de Santana, de Rui Rodrigues, de Jordão, de Shéu, de Mantorras. Aquele precursor, Guilherme Espírito Santo – a Pérola Negra.

De ascendência angolana, nasceu em Lisboa, menos de um anos depois de ter sido assinado o armistício que punha termos à I Guerra Mundial, de 14-18. Tinha oito anos, quando a família regressou a Luanda, na expectativa de melhorar as condições de vida. Cedo se iniciou no futebol, jogando em meados dos anos 30 na filial luandense do Benfica. “Sou benfiquista desde os três anos. Havia na altura uns maços de tabaco com as figuras dos jogadores da época. Eu gostava especialmente do Vítor Silva e foi a partir dessa altura que fiquei a torcer pelo clube”.

Como ninguém resiste à usura do tempo, haveria Espírito Santo de substituir Vítor Silva no eixo do ataque do Benfica. Ele que, regressado a Lisboa, já amigo de Peyroteo, passou a equipar de rubro, a partir de 36/37. Era ágil e rápido. Subtil também. Atributos que disfarçavam uma compleição meã. Destacava-se também por um tocante fair-play. “O cavalheirismo das suas atitudes foi faceta evidenciada logo no começo da sua carreira e mantida pelo tempo adiante, com uma dignidade que era motivo de orgulho para os seus amigos e admiradores”, elogiou Ribeiro dos Reis.

Estreou-se em mês de vindimas, na cidade do Sado, em 1936, num embate que se inscreveu no âmbito da transferência do defesa António Vieira para o Benfica. No registo da vitória encarnada, não consta nenhum golo de Espírito Santo, que actuou na metade complementar. Mas nesse mesmo ano, um outro registo, histórico e até à data imbatível, dá conta dos nove golos (!) que apontou no triunfo (13-1) sobre o Casa Pia. Um triplo hat-trick produzido por um temível goleador.



Foi ao FC Porto que mais golos marcou ao longo de 12 temporadas no Benfica. Duas dúzias de vezes obrigou os guarda-redes portistas a olharem com desalento para o fundo das redes. No final da década de 30, numa meia-final da então menina Taça de Portugal, no Estádio do Lima, o Benfica perdeu (6-1) com o FC Porto. Na segunda mão, no Campo das Amoreiras, o triunfo (6-0) foi retumbante. Espírito Santo marcou dois golos e, naquele que terá sido um dos seus melhores recitais, outros golos poderia ter marcado se o jogo não durasse apenas 75 minutos, porque os portistas, humilhados, decidiram… abandonar o campo.

Fez 199 golos em 285 jogos. Esteve duas temporadas sem actuar (41/42 e 42/43), vitima de um grave problema de saúde, que degenerou numa inflamação dos pulmões. Quando regressou, sem prejuízo das suas faculdades, enveredou pelo posto de extremo-direito, optimizando a sua velocidade. Ele que se destacou também no atletismo. “Estava num treino e a determinada altura a bola saiu do campo, fui a correr apanhá-la e sem dar por isso saltei uma barreira de salto em altura. Estava a 1,70 metros e ninguém tinha conseguido fazê-lo”. Não enjeitou o convite para incursão fazer no atletismo. Bateu o recorde nacional, com 1,80 metros, só ultrapassado vinte (!) anos mais tarde. Foi ainda campeão nacional de salto em comprimento e triplo-salto. “Deve ter sido porque em Angola fui mordido por um macaco”, diz meio a sério, meio a brincar.

Oito vezes internacional, venceu dois Campeonatos da I Liga, dois Nacionais e três Taças. Nessa época, o despique Benfica-Sporting era muito também o despique Espírito Santo-Peyroteo. “O Guilherme sempre foi melhor jogador de futebol que eu: mais técnica, mais jogo. Menos prático, menos golos, etc.? Sim, também é verdade. Mas mais jogador”. Com a humildade que caracterizava os melhores, era assim Peyroteo, na primeira pessoa do singular.



Atleta eclético, jogador à Benfica, Guilherme Espírito Santo unia, não dividia. “Naquele tempo, existiam alguns preconceitos por causa dos jogadores de cor. Um dia, em 1947, num hotel da Madeira, queriam colocar-me num anexo por ser negro. Os jogadores do Benfica disseram que para onde eu fosse eles também iam. E acabamos todos no anexo”. Nesse momento, num outro jogo, perdeu o repugnante racismo, venceu o multirracial Benfica. Assim foi sempre doravante.

Águia de Ouro, prémio Fair Play do Comité Olímpico Internacional, Guilherme Santana da Graça Espírito Santo, já octogenário, é o decano dos jogadores do Glorioso. Presidente das comemorações do Centenário, ele simboliza a generosidade misturada com a paixão sem limites e uma longa modéstia, que só os grandes possuem. Com o Benfica, pelo Benfica.



Épocas no Benfica: 12 (36/41 e 43/50)

Jogos: 207
Golos: 147

Títulos:2 CN, 2 1Liga e 3 TP


Equipa Principal Jogos Minutos Cartões (A./V.) Golos
  1936/1937 21 1890 0 / 0 19  
Campeonato Nacional 14 1260 0 / 0 17
Campeonato de Lisboa 1 90 0 / 0 0
Campeonato de Portugal 6 540 0 / 0 2
Amigáveis 1 1
  1937/1938 30 2700 0 / 0 35  
Campeonato Nacional 14 1260 0 / 0 6
Campeonato de Lisboa 10 900 0 / 0 21
Campeonato de Portugal 6 540 0 / 0 8
Amigáveis 3 0
  1938/1939 27 2430 0 / 0 23  
Campeonato Nacional 14 1260 0 / 0 13
Campeonato de Lisboa 9 810 0 / 0 8
Taça de Portugal 4 360 0 / 0 2
Amigáveis 1 0
  1939/1940 13 1170 0 / 0 11  
Campeonato Nacional 1 90 0 / 0 0
Campeonato de Lisboa 9 810 0 / 0 8
Taça de Portugal 3 270 0 / 0 3
Amigáveis 1 0
  1940/1941 19 1710 0 / 0 4  
Campeonato Nacional 10 900 0 / 0 2
Campeonato de Lisboa 9 810 0 / 0 2
Amigáveis 3 0
  1941/1942  
Amigáveis 0 0
  1942/1943  
Amigáveis 0 0
  1943/1944 8 720 0 / 0 3  
Campeonato Nacional 3 270 0 / 0 1
Taça de Portugal 4 360 0 / 0 1
Taça Império 1 90 0 / 0 1
Amigáveis 0 0
  1944/1945 31 2790 0 / 0 20  
Campeonato Nacional 16 1440 0 / 0 11
Campeonato de Lisboa 10 900 0 / 0 5
Taça de Portugal 5 450 0 / 0 4
Amigáveis 3 0
  1945/1946 20 1800 0 / 0 9  
Campeonato Nacional 15 1350 0 / 0 9
Campeonato de Lisboa 5 450 0 / 0 0
Amigáveis 1 0
  1946/1947 20 1800 0 / 0 9  
Campeonato Nacional 13 1170 0 / 0 5
Campeonato de Lisboa 7 630 0 / 0 4
Amigáveis 2 0
  1947/1948 12 1080 0 / 0 13  
Campeonato Nacional 11 990 0 / 0 13
Taça de Portugal 1 90 0 / 0 0
Amigáveis 1 0
  1948/1949 10 900 0 / 0 7  
Campeonato Nacional 5 450 0 / 0 1
Taça de Portugal 5 450 0 / 0 6
Amigáveis 2 0
  1949/1950 1 90 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 1 90 0 / 0 0
Amigáveis 0 0
Total Jogos Amigáveis 18 1
Total Jogos Oficiais 212 19080 0 / 0 153
Na equipa principal

Primeiro jogo

Último jogo


Por administrador a Segunda, 6 Novembro 2023

Shoky



Nome Completo: Guilherme Santa Graça ESPÍRITO SANTO
Posição: Extremo Direito / Avançado Centro
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 30-08-1919
Data de Falecimento: 25-11-2012
Número da Camisola: 7
Pé Preferido: Direito


Épocas ao serviço do Benfica: 14
Total de Jogos pelo Benfica: 211
Total de Golos pelo Benfica: 152
Títulos pelo Benfica:
4 Campeonatos Nacionais (1936/1937; 1937/1938; 1944/1945; 1949/1950)
3 Taças de Portugal (1939/1940; 1943/1944; 1948/1949)
1 Campeonato de Lisboa (1939/1940)


1936/1937
Jogos: 21
Golos: 19 (17 na Liga)

1937/1938
Jogos: 30
Golos: 35 (6 na Liga)

1938/1939
Jogos: 27
Golos: 23 (13 na Liga)

1939/1940
Jogos: 13
Golos: 11 (0 na Liga)

1940/1941
Jogos: 19
Golos: 4 (2 na Liga)

1941/1942
Jogos: 0
Golos: 0


1942/1943
Jogos: 0
Golos: 0

1943/1944
Jogos: 7
Golos: 1 (1 na Liga)

1944/1945
Jogos: 31
Golos: 20 (11 na Liga)

1945/1946
Jogos: 20
Golos: 9 (9 na Liga)

1946/1947
Jogos: 20
Golos: 9 (5 na Liga)

1947/1948
Jogos: 12
Golos: 13 (13 na Liga)

1948/1949
Jogos: 10
Golos: 8 (2 na Liga)

1949/1950
Jogos: 1
Golos: 0

quinas1139

#1
Source/Fonte - FPF.pt
ESPÍRITO SANTO 1919-...
«Pérola Negra», o atleta completo
Nome: Guilherme Santa Graça Espírito Santo
Data de nascimento: 30-10-1919
Naturalidade: Lisboa
Posição: avançado
Clubes principais: Benfica
Jogos pela Selecção Nacional: 8/1 golo
Estreia: 28-11-1937, em Vigo, frente à Espanha (2-1)
Último jogo: 21-5-1945, em Basileia, frente à Suíça (0-1)
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Dificilmente um nome seria mais religioso, dificilmente um ser humano conseguiria ser tão educado, tão correcto e tão exemplar. Guilherme Espírito Santo foi um avançado ágil, de uma leveza de bailarino, com técnica apurada e uma capacidade de elevação extraordinária que fazia com que parecesse planar de cada vez que cabeceava uma bola.
Atleta completo, foi recordista nacional de salto em altura durante 20 anos com a marca de 1m88, além de campeão nacional de salto em comprimento e triplo salto.
No Benfica, os seus golos às catadupas valeram-lhe a alcunha de «Pérola Negra». Na Selecção Nacional, onde seria o primeiro jogador de cor, Peyroteo, seu grande amigo, deixou-o muitas vezes de fora das opções dos seleccionadores, ainda por cima num tempo em que as substituições não eram permitidas e o número de jogos internacionais muito reduzido. Por oito vezes vestiu Espírito Santo a camisola das cinco quinas e, curiosamente, dessas oito vezes, cinco foram frente à Espanha. Pouco para um dos primeiros grandes ídolos do futebol português. Foi também numa deslocação com a Selecção Nacional que lhe foi diagnosticada uma inflamação nos pulmões que contribuiria para a pressar o final da sua carreira.
A imprensa internacional não lhe poupou elogios na hora da despedida. Foi considerado um dos grandes avançados do seu tempo, ao nível do italiano Sílvio Piola ou do marroquino Bem Barek, um dos nomes mais sonantes do futebol de sempre.

   
Image

Manel dos Anzois

#2


Guilherme Espirito Santo com a Taça de Portugal conquistada pelo Benfica em 1949

Eagle Fly Free

Ora falando em atletas extraordinários extra-futebol...

O Espírito Santo está na linha de grandes atletas eclécticos do clube.

Nome notável, um símbolo vivo do Benfica.

Joga Bonito

Amanhã meto os dados detalhados do Espírito Santo!

Bola7

Dizem ter sido um fenomeno...

Joga Bonito

Confessa lá. Também o viste jogar...

Bola7


diabo maiato

O nosso presidente vitalício!!!!!!!(penso que ainda o é!!!!). Extraordinário jogador em tudo, categoria a jogar à bola, educação, electismo (era também atleta salto em altura). UM SENHOR!!!!!!!!!!!!!!!!! :pray: :pray: :pray: :pray: :pray:
Espirito Santo, Francisco Ferreira, Júlinho, Corona, Martins, Moreira, Vítor Silva, Arsénio, Ângelo, Rogério "Pipi", está aqui o essencial do Benfica: a genica!!!!!as papoilas saltitantes!!!!!A classe pura vem depois: José Águas, Eusébio, Coluna, José Augusto,  Cavém, Simões, Jaime Graça ......

Eagle Fly Free

Não concordo, diabo maiato, as gerações anteriores a 1960 também tinham classe pura. Não se podem comparar gerações diferentes...



dfernandes

Grande senhor, desportista eclético.

Como é lógico, nunca o vi jogar, nem lá perto,  mas todas as informações de que disponho (e já li bastante sobre ele) apontam para que tenha sido um dos melhores desportistas da nossa história, numa altura em que tudo ainda era mais amador e puro.

Que se mantenha entre nós durante muitos anos.

diabo maiato

Citação de: Eagle Fly Free em 09 de Março de 2010, 19:29
Não concordo, diabo maiato, as gerações anteriores a 1960 também tinham classe pura. Não se podem comparar gerações diferentes...
 
De acordo em parte......o comparar gerações diferentes....tens razão!!!!Agora o Benfica só começa a ganhar em catadupa  a partir de 1960 (Coluna, Santana, Simões, José Augusto, José Águas, Cavém, Cruz, Ângelo, José Augusto, Torres, Cruz, Costa Pereira, e o fantástico Eusébio!!!!!!!!). Nos anos 40 e 50 o Benfica agigantava-se contra o Sporting (principalmente este que tinha grandes equipas e era o clube do regime-Os 5 violinos) e o FcPorto......e era na garra e na genica que aqueles jogadores que citei no meu post anterior (e muitos outros, o Valadas por exemplo) e batiam o pé muitas vezes e ganhando alguns campeonatos e várias taças (os célebres 5-4 contra o SCP) ....só isso...mas admito eram outros tempos...o semi-profissionalismo só aparece na década de 60.......e mais tarde o profissionalismo....aqueles (os da genica) davam tudo pelo Benfica e amavam o Benfica, clube do povo, do pé descalço, que jogou anos em campo alugado e tanto perdiam como ganhavam ao clube dos ricos, duques, condes, gente "bem",barões, viscondes e betinhos, nobres falidos....o Sporting!!!Não esquecer que o Belenenses na altura também tinha grandes equipas!!!!......Claro que no grupo que eu apelidei da genica, tinha virtuosos: o Rogério "Pipi" por exemplo, um dos melhores jogadores da década de 50!!!!!!

diabo maiato

desculpem...repeti o José Augsto.......
Já agora alguém confirma, o Espirito santo é ou não ainda o nosso presidente vitalício????!!!

Eagle Fly Free

#13
Diabo maiato, desculpa mas estás a exagerar. A tua noção do que era o Benfica pré-1960 parece-me um tanto limitada. No teu penúltimo post falas do Benfica como se fosse um clube de bairro que ganhava de vez em quando.

"Nos anos 40 e 50 o Benfica agigantava-se contra o Sporting... só isso" - Bom, não compreendo, o que é o que facto do Sporting ter a melhor equipa a partir de 1945 tem alguma coisa a ver com o facto do Benfica ser uma equipa de genica ? isso é profundamente ridículo e não corresponde à verdade. O Benfica nas décadas de 1940 e 1950 teve grandíssimos jogadores que nada devem aos jogadores da década de 1960 (apesar de não se poderem comparar gerações): Félix, Francisco Ferreira, Rogério, Arsénio, Julinho e Bastos, só para citar alguns, se os colocasses na década de 1960 também iriam conquistar tudo o que havia para conquistar se tivessem a ajuda do imortal Eusébio (que convenhamos, foi o principal obreiro do domínio do Benfica).
"o Benfica só começa a ganhar em catadupa  a partir de 1960" : Desculpa, mas não é verdade.
O Benfica foi a primeira equipa a ganhar um tricampeonato nacional nos anos 1930, por exemplo. Foi também a primeira equipa a dominar a taça de Portugal. O clube passou por diversas crises, é certo, mas falas de uma maneira como se o clube não fosse um crónico candidato ao título nacional, não fosse capaz de bater equipas estrangeiras como o Torino, a Lazio e o Bordéus.

Ou achas que o Benfica foi campeão latino por um mero acaso ? Não foi, não. O Sporting tinha o melhor plantel da altura, mas tanto o Belenenses como o Benfica e o Porto era sempre candidatos ao título.

Nos anos 1960 o Benfica passou de um clube conquistador a um clube dominador. Essa é que foi a principal diferença.

diabo maiato

Eagle Fly Free, no fundo não contradizes nada (ou quase) do que escrevi!!!!!Apenas talvez  tivesse exagerado naquele do clube do pé descalço, mas também escrevi clube do povo!!!Ora se é do povo, não pode ser de bairro!!!!!!!!Sei muito muito que ganhou 3 campeonatos da liga consecutivos (aqueles que o Ricord não gosta de contabilizar....), nunca escrevi que o Benfica não lutava sempre pelo título.......sim foi campeão latino em 1950....também sabia....foi um grande feito sem dúvida contra o Girondins Bordeaux......(Bordéus), esqueci-me de mencionar o excelente Félix (que como sabes foi expulso do clube porque o Presidente achou que tinha suado pouco a camisola....) e aí é que está, o Benfica já era muito grande (foi sempre, o Sporting na década de 10 foi-lhe roubar quase todos os melhores jogadores e mesm assim o Benfica nunca se rebaixou, bateu-se sempre bem, ganhava e perdia com eles!!) mas era sem dúvida um clube de conquista, de garra, de genica. Não podes negar que se jogava em campo alugado (4 anos  Campo Grande dos Viscondes do Sporting) é porque as posses não eram muitas!!!Na tua última frase dás-me razão ao afirmares que na década de 60 passou de conquistador a dominador (eu disse que começou a ganhar em catadupa)........onde é que eu tenho uma visão limitada????!!!!!!Só mais uma coisa: no único filme do cinema português no tempo de Salazar (grandes actores: Vasco Santana, António Silva, Ribeirinho, Barroso Lopes, o nosso Eugénio Salvador - jogador do Benfica, mais um da genica, Milú, etc)  o "O Leão da Estrela" é um Porto-Sporting,´o que mais uma vez prova que não eramos o clube do regime!!!!!