LdC FG 1ª J: Celtic FC 0 - 0 SL Benfica, 19Set. Qua. 19h45 *SPORTTV1*

Celtic FC 0 - 0 SL Benfica

Liga dos Campeões


Celtic FC: Forster, Adam Matthews, Kelvin Wilson, Charlie Mulgrew, Izaguirre, Mikael Lustig, Scott Brown, Kris Commons, James Forrest, Wanyama, Miku Fedor
Treinador: Neil Lennon
SL Benfica: Artur Moraes, André Almeida, Jardel, Ezequiel Garay, Lorenzo Melgarejo, Nemanja Matić, Enzo Pérez, Eduardo Salvio, Nico Gaitán (Nolito [82m]), Pablo Aimar (Óscar Cardozo [63m]), Rodrigo (Bruno César [70m])
Treinador: Jorge Jesus

idefi

Eles no forum a dizer que nós devolvemos uns 400 bilhetes (acho que é do sector 118)

iloy

Sinceramente nao consigo set optimista para este jogo. Jà nao vejo um grande benfica desde o primeiro ano do jj com a grande équipa.

Mjölnir

Se voltarmos com um ponto já será bom, atendendo ás circunstâncias.

Benfiquismo


every time i die

Citação de: iloy em 13 de Setembro de 2012, 21:53
Sinceramente nao consigo set optimista para este jogo. Jà nao vejo um grande benfica desde o primeiro ano do jj com a grande équipa.

O ano passado fizemos alguns jogos de grande nível.
E no primeiro ano também fizemos alguns bem miseráveis...

Red Men

O Benfica tem Plantel para ganhar os jogos todos em casa e fora, tirando os confrontos com o Barça.
Não tem é treinador.

:confused:

Mjölnir

Neste momento penso que nem plantel, nem treinador. Já agora nem Direcção.

rastilho

                 Artur

M Victor  Luisão Garay Melga
                   Matic
          Enzo         Gaitan
Salvio                           Nolito
                 Cardozo

Impakt

Citação de: rastilho em 13 de Setembro de 2012, 23:15
                 Artur

M Victor  Luisão Garay Melga
                   Matic
          Enzo         Gaitan
Salvio                           Nolito
                 Cardozo

Ainda consegues inventar mais que o Jesus foda-se.

Pena o Djalo não estar cá para jogar a lateral direito nesse 11

Red Eyes

Citação de: Mjolnir em 13 de Setembro de 2012, 21:58
Se voltarmos com um ponto já será bom, atendendo ás circunstâncias.
Vamos ganhar. Ponto.

Nenad25


nene77

fé sempre. temos dos melhores plantéis de sempre, não temos witsel? também não o tinhamos há dois anos e este ano temos o carlos martins, não temos javi? matic e andré gomes são grandes. vais ser artur, andre almeida, luisao, garay, melga, salvio, matic, b. cesar, gaitan, cardozo, entram nolito, enzo y rodrigo. ganhamos 2-0. a isto chama-se féeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


Red Bullet

Estou com franco receio deste jogo, ou entramos, metemos uma ou duas batatas e acaba o jogo dos escoceses ou podemos passar maus bocado.

francisco

CitaçãoNinguém quer saber do relvado para nada. Fica para ali atirado verde fluorescente - excepcionalmente, no caso do Sporting, areal da praia de Carcavelos misturada com a erva do Parque dos Poetas – para uma solidão de espera e queimaduras de holofotes. Ninguém quer saber se o relvado tomou os medicamentos, se se alimentou decentemente durante o dia, se fez a sua corridinha matinal, se viu os filhos, se foi ao ioga.

As pessoas entram no estádio já todas com muita pressa e pouco tempo. Aquela luz que incide directamente no corpo da relva será saudável ou, oncologicamente, estaremos perante mais um assédio e agressão? Se não fossem os tratadores e os atletas que a meio do jogo, num lance mais emotivo, compõem tartes relvadas que se desorientaram, alguém alguma vez se preocupa em obsequiar um toque prostático ao relvado?

E, no entanto, reluz, rebrilha, reacende-se. Lembro-me disto: percorrer, do carro até entrar nas bancadas, dois a três quilómetros de benfiquismo aos socalcos: ficávamos por ali, avançávamos, recuávamos, abrigávamo-nos nas esteiras de tascas inventadas de bancos de madeira e nódoas circulares de copos de vinho que se iam acumulando fazendo símbolos enviesados dos Jogos Olímpicos. Tudo era Benfica e, mesmo com Trina de Laranja, embriagava-me.

Havia muitos fumos libertados por fogueiras, charutos e febras; odores de coisas ao lume, de perfumes baratos, de esperança. Ouviam-se vozes, tantas e todas em cima umas das outras, de gente feliz ou quase feliz ou ainda assim feliz que compensava mágoas na visão das luzes de um estádio que crepitava lá ao fundo. Pediam-se doses industriais de comida, bebia-se muito, conversava-se mais e ainda não havia rulotes nem televisões em rulotes que explorassem os ângulos analíticos do pré-jogo. Era mais do sangue e do vinho e de uma família sentada ao longo de um banco corrido, ensinando o Benfica a uns e outros.

Houve um tempo em que as repetições só existiam no final do jogo e nunca onde comíamos; víamos os lances polémicos através dos vidros dos autocarros dos que vinham de longe: Régua, Porto, Coimbra, Chaves, Évora, Beja, Figueira da Foz, Portimão, Cadaval, Viana do Castelo, Torres Novas, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Boticas, Guimarães, Elvas, Mértola e tantos outros sítios condensados por aldeias que transportavam até às cidades.

Terá sido penálti? Não discutíamos foras-de-jogo. Interessava mais o golo ou os vários golos que o jogo tinha dado. E então, de entremeada e orgulho e beleza nas mãos, pedíamos aos que estavam dentro dos autocarros que se baixassem para vermos se de facto aquilo tinha sido um golo tão bom quanto nos pareceu. E era ainda melhor. Aumentávamos o golo ao seu expoente máximo: eram dois golos! E depois três golos! E eram golos que nunca mais acabavam, naquela lama de onde saltávamos agarrados ao autocarro a bater com os pés e com as cabeças e com os litros de vinho todos a saltarem com os adeptos que, lá dentro, festejavam com cigarros e cachecóis ao rubro a baterem nas luzinhas e nos ares-condicionados.

O golo existia dentro do estádio e propagava-se por nós e entre nós por mais umas horas: falávamos dele, moldávamos-lhe as faces até ao momento em que, por mais repetições, já ninguém sabia se o golo tinha sido do Magnusson ou se tínhamos sido nós que, num acesso de demência, acabámos em frente à baliza e finalizámos. Era assim, junto às paredes dos autocarros que diziam nomes estranhos de empresas regionais de viação: a gente espreitava o golo por entre cabeça de mães de família que procuravam recato dentro da viatura, abria-se uma cratera de esperança de que o golo viesse a ser diferente – algo que mudasse desde o apito final até àquele momento, queríamos novidade -, baixávamos o corpo, a espinha flectia-se, os joelhos flectiam-se, os pés enterravam-se nos baixios da lama, o Gabriel Alves, o Rui Tovar, o Miguel Prates, o Mário Zambujal, o Ribeiro Cristóvão, um deles, já não sei qual nem interessa, começava o resumido relato e nós ali, num silêncio sepulcral mirando as televisões de autocarros à espera de mais um golo que já tinha acontecido.

E a sensação – maravilhosa sensação de ver coisas a passarem na televisão que vimos ao vivo e a cores e a cheiros e sons e nomes e vidas – de estar quase a chegar aquele impulso supremo. O golo vinha, o golo estava quase a vir, e depois o grito, os abraços, os beijos, as entremeadas e as cervejas no ar, tudo doido com um golo em repetição, de dentro do autocarro batiam com força nos vidros, beijavam os cachecóis, levavam os fiozinhos de ouro à mão, agradeciam aos céus por uma fresta em diagonal que se abria lá dentro e cá fora a mesma coisa: gente batendo com força nos pneus e nas letras mal pintadas e mal coladas a dizer TorrExpresso ou alguma coisa parecida com esta que não se pode prometer, visto que o molho das bifanas cortou metade das tintas e colas e adereços.

O golo, aquele golo e aquele momento, que apesar de serem tantos são sempre únicos e nunca se repetem, aconteceram tantas vezes naquele relvado que víamos descendo rampas e depois escadas ou subindo escadas e rampas. O coração acalmava quando os olhos viam o relvado a esperar, sempre a esperar, a entrada dos artistas e as emoções que estavam quase a acontecer. Um golo do Benfica. Um golo do Benfica. Um golo do Benfica. Não há troika que resista a um golo do Benfica.